Ladeira do Carmo e Aterrado do Braz (1887)

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Ladeira do Carmo e Aterrado do Braz, 1887
Ladeira do Carmo e Aterrado do Braz (1887)
Autor Militão Augusto de Azevedo
Data 1887
Técnica papel albuminado
Dimensões 21 centímetro x 30 centímetro

Ladeira do Carmo e Aterrado do Braz é umas das duas fotografias tiradas por Militão Augusto de Azevedo que integra o Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo 1862-1887. A imagem, registrada em 1887, captura vista da Ladeira do Carmo, a Avenida Rangel Pestana e o Aterro do Brás, em São Paulo.[1][2]

Descrição e análise[editar | editar código-fonte]

A fotografia monocromática de Militão tem dimensões 21 centímetros de altura por 30 centímetros de largura, com impressão em papel albuminado. A fotografia integra a Coleção Museu Paulista, em São Paulo, e faz parte do Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo, considerado importante registro fotográfico do desenvolvimento urbano da capital paulista na segunda metade do século XIX.[1][2][3]

O fotógrafo está posicionado de forma a capturar vista da Ladeira do Carmo pela Avenida Rangel Pestana, alcançando o Aterro do Brás. Na época, a ladeira demarcava o trecho limítrofe da capital paulista, sendo ponto de referência para visitantes que chegavam a São Paulo e um ponto de conexão com a capital, Rio de Janeiro. Na época, as cheias ocasionais do rio Tamanduateí impediam a integração do Brás ao núcleo urbano de São Paulo. [1][3][4]

Ladeira do Carmo e Aterrado do Braz é dupla comparativa de fotografia homônima, tirada em 1862 por Militão. A partir da comparação das duas, é possível verificar os processos de urbanização da cidade de São Paulo em um intervalo de duas décadas e meia. Na fotografia de 1887, nota-se vestígios de intervenções na via, com montes de areai, blocos e homens trabalhando. Comparativamente à primeira imagem da Ladeira do Carmo e do Aterrado do Brás de Militão, agora em 1887, nota-se a construção de um edifício à esquerda da ladeira, junto a outras casas que não existiam em 1862. Na primeira fotografia, é possível visualizar a cheia da Várzea do Carmo, enquanto que na versão de 1887, mais aproximada do convento do Carmo que a de duas décadas atrás, nota-se que o leito estava aparentemente sem água. É provável que Militão tenha feito o primeiro registro em época de cheia e o segundo em épica de seca. [1][5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «"Fotografias de rua para a antropologia: o Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo, 1862-1887, de Militão Augusto de Azevedo"» 
  2. a b Americana, Photographia; Azevedo, Militão Augusto de (16 de abril de 2015). «Álbum comparativo da cidade de São Paulo 1862-1887 - Ladeira do Carmo». Mestres do Séc. XIX 
  3. a b Americana, Photographia; Azevedo, Militão Augusto de (16 de abril de 2015). «Álbum comparativo da cidade de São Paulo 1862-1887 - Rua do Imperador». Mestres do Séc. XIX 
  4. Frehse, Fraya (2001). «Fotografias de rua para a antropologia: o Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo, 1862-1887, de Militão Augusto de Azevedo». XXV ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS  line feed character character in |titulo= at position 63 (ajuda)
  5. Araújo, Íris Morais (1 de julho de 2009). «Um Espetáculo do "Progresso" Muito Particular: o Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo (1862-1887), de Militão Augusto de Azevedo». Ponto Urbe. Revista do núcleo de antropologia urbana da USP (4). ISSN 1981-3341. doi:10.4000/pontourbe.1466