Leonardo Mota

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Leonardo Mota(Leota)
Nascimento Leonardo Ferreira da Mota Filho
10 de maio de 1891
Pedra Branca, Ceará
Morte 2 de janeiro de 1948 (56 anos)
Fortaleza
Nacionalidade Brasileira
Cônjuge Luíza Laura de Araújo
Alma mater Liceu do Ceará, Faculdade de Direito do Ceará
Ocupação Professor,Folclorista, Paremiologista, escritor Crítico literário e Advogado
Movimento literário Modernista, Movimento Armorial

Leonardo Mota (Pedra Branca, 10 de maio de 1891Fortaleza, 2 de janeiro de 1948) foi um escritor, professor, advogado, promotor de justiça, secretário de governo, tabelião, jornalista e historiador. Formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Ceará no ano de 1916.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Muito cedo mudou-se de sua terra natal junto com sua família. O interesse de Leonardo Mota pela sabedoria sertaneja teve início quando foi morar na cidade de Ipu, Ceará, onde a convite de seu irmão, Cônego Aureliano Mota, dirigiu um Instituto Educacional.

Membro da Academia Cearense de Letras e do Instituto do Ceará, Leota (era assim que gostava de ser chamado; "Cresci nas banhas e encurtei no nome", dizia), era um nome requisitado para proferir palestras para plateias de estudiosos e interessados folcloristas. Era também um animador de rodas de amigos e intelectuais da antiga Praça do Ferreira (coração da cidade de Fortaleza). Para essa platéia declamava versos e contava histórias e pequenas anedotas.

"Fui um intransigente na defesa do sertão esquecido, do sertão caluniado e só lembrado quando dele se quer o imposto nos tempos de paz ou o soldado nos tempos de guerra. E fui sobretudo, contra o labéu de cretinice do sertanejo nordestino que orientei a minha documentada contradita: em todo o meu "Cantadores" e nas conferências que proferi, de Norte a Sul, pus o melhor dos meus empenhos em fazer ressaltar a acuidade, a destreza de espírito, a vivacidade da desaproveitada inteligência sertaneja, de que os menestréis plebeus são a expressão bizarra e esquecida, apesar de digna de estudos."

Obras[editar | editar código-fonte]

O "último boêmio do Ceará" ou "judeu errante do folclore nacional", como se intitulava, publicou:

  • "Cantadores" (1921),
  • "Violeiros do Norte" (1925),
  • "Sertão Alegre" (1928),
  • "No Tempo de Lampião" (1930),
  • "Prosa Vadia" (1932)
  • "Padaria Espiritual" (1938).
  • "Notas para a História Eclesiástica do Ceará"

Obra póstuma[editar | editar código-fonte]

O ruge-ruge em sua casa decorrente de seu falecimento suscitou o furto dos originais de "Adagiário Brasileiro", obra a seguir reconstituída pacientemente por seus filhos Moacir e Orlando Mota a partir de anotações e rascunhos coletados em seu escritório. "Adagiário Brasileiro" foi publicado em 1980 pela editora José Olympio e republicado em 1991 com edição do Banco do Nordeste do Brasil.[1]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Em sua terra natal, Pedra Branca, existe a Biblioteca Municipal Leonardo Mota em sua homenagem e um monumento na praça que também leva seu nome, em frente ao local onde existiu a casa onde o "Princípe dos folcloristas brasileiros" nasceu um dia. No dia 20 de fevereiro de 1952, por iniciativa do Intituto do Ceará, foi batizada com o nome do escritor uma rua de Fortaleza.

Referências

  1. MOTA, Leonardo. Adagiário Brasileiro. Fortaleza; Divisão de monografia do Banco do Nordeste do brasil S/A, 1991.
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