Lipsanoteca

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Lipsanoteca de Brescia

Uma lipsanoteca é um relicário, especificamente uma pequena caixa contendo as relíquias reais dentro de um relicário[1]. O termo deriva do grego até o latim tardio. Também passou a ser aplicado a exposições monumentais de relíquias[2].

Lipsanoteca (também chamada de capsella,(em italiano), por sua vez, é derivado do grego λείπσανον e τέκα, que significa custódia de relíquias. É um estojo, ou uma caixa, ou em qualquer caso, um recipiente que tem a tarefa de guardar objetos preciosos destinados à adoração. Um armário ou sala contendo relicários e objetos preciosos, como Bíblias iluminadas, também é chamado de lipsanoteca.

História[editar | editar código-fonte]

A arte lipsanográfica foi produzida a partir do século IV, quando o culto ao cristianismo tornou-se livre. São exemplos da arte cristã primitiva[3], objetos preciosos, cobertos com prata cinzelada - ou com placas de marfim finamente trabalhadas - representando cenas do Antigo e Novo Testamento e da vida dos santos. Outras lipsanotecas antigas são mais simples, esculpidas em blocos de mármore e depois fechadas com tampas de madeira.

A arte lipsanográfica se expandiu pelo continente europeu. Um exemplo são as produzidas em Portugal na Idade Média[4].

Algumas lipsanotecas derivam de sarcófagos; outros são esculpidas em um bloco de pedra bruta. Em certos períodos, o estilo de decoração foi influenciado pelas culturas copta-egípcias, lombarda e arabaica.

Ver também[editar | editar código-fonte]


Referências

  1. Catholic Encyclopedia, "Lipsanotheca"
  2. Catholic Encyclopedia, "Lipsanotheca"
  3. [1] Lipsanothèque - Encyclopædia Universalis
  4. BARROCA, Mário Jorge. A Madeira e o Sagrado: as lipsanotecas medievais portuguesas.
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