Lista de reis de Elão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A seguir é uma lista de reis que governaram em Elão desde a Idade do Bronze até o Império Aquemênida. Algumas datas contemporâneas podem estar incertas.

Os elamitas[editar | editar código-fonte]

Os elamitas eram um povo localizado no sudoeste do Irã, no que hoje são as províncias do Cuzistão, Ilão, Fars, Buxer, Lorestão, Chaharmahal e Bactiari e Kohkiluyeh e Buyer Ahmad. Sua língua não era semítica nem indo-européia, e eles foram geograficamente os precursores do Império Aquemênida, que apareceu mais tarde.

Rei elamita na mitologia suméria[editar | editar código-fonte]

Este semideus abaixo foi considerado rei elamita por alguns historiadores:

Período Paleoelamita (ca. 2390–1465 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Dinastia de Avã[editar | editar código-fonte]

Ver artigos principais: Avã e Dinastia de Avã
Estela listando os reis da dinastia Avã e Simasqui no Museu do Louvre

Avã era uma cidade-estado ou possivelmente uma região de Elão cuja localização exata é incerta, mas tem sido várias conjecturas como sendo ao norte de Susã, no sul do Lorestão, perto de Dezful ou Godim Tepe.[2][3]

Após o declínio, houve dois reis da dinastia que governaram Avã até 1 954 a.C., onde foi extinta a cidade:

Dinastia de Simasqui[editar | editar código-fonte]

Lamentação de Ur citando o rei elamita Quindatu

Após a queda da dinastia anterior, a dinastia de Simasqui (ou somente Simasqui) se levantou. O historiador Touraj Daryaee sugere que, apesar da impressão da lista de reis de que os governantes de Simasqui eram uma dinastia de governantes sequenciais.[6]

Dinastia epartida (ou Sucalmá)[editar | editar código-fonte]

A dinastia epartida ou Sucalmá foi uma dinastia que era contemporâneo da anterior. Acredita-se que o fundador desta dinastia deva ser Ebarate II de Simasqui. Ela foi aproximadamente contemporânea ao Antigo Império Assírio e ao período da Antiga Babilônia na Mesopotâmia.

Período Médioelamita[editar | editar código-fonte]

Dinastia quidinuída[editar | editar código-fonte]

A dinastia quidinuída (ou somente quidinuídas) foi primeira dinastia do Período Médioelamita. A partir disto, os reis elamitas passam a ter um título de "Rei de Susã e Ansã" e a língua acádia é substituída pela elamita.[9]

Dinastia iguealquida[editar | editar código-fonte]

A dinastia iguealquida (ou dos iguealquidas) surgiu após a queda da anterior. Acredita-se que os reis desta dinastia se casaram com princesas cassitas.

Dinastia sutrúquida[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Dinastia sutrúquida

A dinastia sutrúquida foi umas das importantes dinastias de Elão, apesar de ser contemporânea das dinastias cassita e de Isim da Babilônia.

Governante Reinado Linhagem e principal evento
Halutus-Insusinaque I ca. 1210–1 185 a.C.
Sutruque-Nacunte I ca. 1185–1 155 a.C. Filho de Halutus-Insusinaque. Saqueou a Babilônia.
Cutir-Nacunte II/III ca. 1155–1 150 a.C. Filho de Sutruque-Nacunte. Depôs Enlilnadinaque da Babilônia.
Silaque-Insusinaque ca. 1150–1 120 a.C. Filho de Sutruque-Nacunte. Contemporâneo de Marduquecabiteaquesu da Babilônia.
Hutelutus-Insusinaque ca. 1120–1 110 a.C. Filho de Cutir-Nacunte ou Silaque-Insusinaque. Contemporâneo de Nabucodonosor I da Babilônia.
Silinacanru-Lagamar ca. 1 110 a.C. (?)
Humbã-Numena II c. século XI a.C.
Sutruque-Nacunte II c. século XI a.C. Filho de Humbã-Numena II.
Sutur-Nacunte I c. século XI a.C. Filho de Humbã-Numena II.
Marbitipolassar[Nota 1] c. 983 a.C. - c. 978 a.C. "Filho de Elão". Fez uma dinastia na Babilônia.

A partir disto, houve três reis cujos reinados não foram identificados e o fim do Período Médioelamita.

Período Neoelamita[editar | editar código-fonte]

Dinastia Humbã-Taride[editar | editar código-fonte]

Governante Reinado Comentários
Humbã-Tará 760–743 a.C.
Humbã-Nicas I 743–717 a.C.
Sutruque-Nacunte III 717–699 a.C.
Halutus-Insusinaque II 699–693 a.C.
Cutir-Nacunte IV 693–692 a.C.
Humbã-Numena III 692–689 a.C.
Humbã-Haltas I 689–681 a.C.
Humbã-Haltas II 680–675 a.C.
Urtaque 675–664 a.C.
Tempiti-Hubã-Insusinaque 664–653 a.C. Filho de Silaque-Insusinaque II.
Humbãnicas III 653–651 a.C. Filho de Urtaque.
Tamaritu I 651–649 a.C.
Indabibi 649–648 a.C.
Humbã-Haltas III c. 648 a.C.
Umbacabua c. 647 a.C.
Tamaritu II c. 647 a.C.

A partir disto, Elão é capiturado por Assurbanípal (r. 668–627 a.C.) da Assíria.[11]

Notas e referências

Notas

  1. Ele foi considerado rei da Babilônia e ter fundado a dinastia elamita nela, ou seja, pode ser um rei elamita.

Referências

  1. Paton, Lewis Bayles (6 de dezembro de 2000). Esther (em inglês). [S.l.]: A&C Black 
  2. Gershevitch, I. (1985). The Cambridge History of Iran (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press 
  3. Hansen, Donald P. (2002). Leaving No Stones Unturned: Essays on the Ancient Near East and Egypt in Honor of Donald P. Hansen (em inglês). [S.l.]: Eisenbrauns 
  4. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah ai aj ak al Gertoux, Gerard (26 de setembro de 2015). Abraham and Chedorlaomer: Chronological, Historical and Archaeological Evidence (em inglês). [S.l.]: Lulu.com. p. 9 
  5. a b Gertoux, Gerard (26 de setembro de 2015). Abraham and Chedorlaomer: Chronological, Historical and Archaeological Evidence (em inglês). [S.l.]: Lulu.com. p. 32 
  6. Daryaee, Touraj (16 de fevereiro de 2012). The Oxford Handbook of Iranian History (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press 
  7. a b Gertoux, Gerard (26 de setembro de 2015). Abraham and Chedorlaomer: Chronological, Historical and Archaeological Evidence (em inglês). [S.l.]: Lulu.com. p. 26 
  8. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x Gertoux, Gerard (26 de setembro de 2015). Abraham and Chedorlaomer: Chronological, Historical and Archaeological Evidence (em inglês). [S.l.]: Lulu.com. p. 8 
  9. «Susa». www.ancient.eu. Consultado em 25 de outubro de 2020 
  10. Gertoux, Gerard (26 de setembro de 2015). Abraham and Chedorlaomer: Chronological, Historical and Archaeological Evidence (em inglês). [S.l.]: Lulu.com. p. 7 
  11. Jan Tavernier-Leuven: Some Thoughts on Neo-Elamite Chronology. In: Arta. 3, 2004, S. 1–44.