Lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade na Rússia

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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) propôs um plano de proteção ao patrimônio cultural do mundo, através da Convenção sobre o Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, cujo processo de implementação teve início em 1997 e foi oficializado em 2003.[1] Esta é uma lista do Patrimônio Cultural Imaterial existente na Rússia, especificamente classificada pela UNESCO visando catalogar e proteger manifestações da cultura humana no país. A Rússia não ratificou a convenção, no entanto, suas manifestações culturais são consideradas elegíveis para inclusão na lista.[2]

As manifestações Espaço e cultura orais dos Semeiskie e Olonkho, épico heróico dos Iacutos foram as primeiras manifestações da Rússia incluídas na lista do Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO por ocasião da 3.ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Proteção do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, realizada em Istambul (Turquia) em 2008.[3] Desde a mais recente adesão à lista, a Rússia totaliza 2 elementos culturais classificados como Patrimônio Cultural Imaterial.

Bens imateriais[editar | editar código-fonte]

A Rússia conta atualmente com as seguintes manifestações declaradas como Patrimônio Cultural Imaterial pela UNESCO:

Espaço e cultura oral dos Semeiskie
Bem imaterial inscrito em 2008.
As comunidades Semeiskie são formadas por um grupo dos chamados "Velhos Crentes", uma comunidade confessional originária da época da Instigação da Igreja Ortodoxa Russa no século XVII. Sua história é marcada pela repressão e exílio. Durante o reinado de Catarina, a Grande, os crentes no "velho sistema" de várias regiões da Rússia tiveram que se mudar para a região de Transbaikal na Sibéria, onde ainda vivem hoje. Nesta área remota, eles preservaram elementos de sua respectiva cultura, formando uma identidade de grupo distinta. (UNESCO/BPI)[4]
Olonkho, épico heróico dos Iacutos
Bem imaterial inscrito em 2008.
Uma das artes épicas mais antigas dos povos turcos, o termo Olonkho refere-se a toda a tradição épica Yakut, bem como ao seu épico central. Hoje, ainda é incidentalmente realizado na República Sakha, situada no extremo leste da Federação Russa. Os contos poéticos, que variam de 10 a 15.000 versos de extensão, são executados pelo cantor e contador de histórias Olonkho em duas partes: uma parte cantada em verso alternada com a parte prosaica composta de recitativos. Além de possuir boas habilidades de atuação e canto, o narrador deve ser um mestre da eloquência e da improvisação poética. O épico consiste em inúmeras lendas sobre guerreiros antigos, divindades, espíritos e animais, mas também aborda eventos contemporâneos, como a desintegração da sociedade nômade. (UNESCO/BPI)[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências