Locais de sepultamento da família imperial brasileira

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Túmulo do Imperador Dom Pedro I do Brasil na Cripta Imperial do Monumento à Independência, em São Paulo.

Esta é uma lista dos locais de sepultamento dos membros da família imperial brasileira atuantes à época do Império do Brasil.

No Brasil[editar | editar código-fonte]

Cripta Imperial do Monumento à Independência do Brasil, em São Paulo[editar | editar código-fonte]

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Pedro I do Brasil & IV de Portugal
Imperador do Brasil
Rei de Portugal
24 de setembro de 1834 (35 anos) Portugal Palácio Nacional de Queluz, Portugal Conforme seu pedido, seu coração foi colocado na Igreja da Lapa no Porto, enquanto seu corpo foi inicialmente enterrado no Panteão da Dinastia de Bragança na Igreja de São Vicente de Fora, Lisboa.[1][2] Em 1972, aniversário de 150 anos da independência, o seu corpo foi levado para o Brasil – acompanhado de grande pompa e honras dignas de um chefe de Estado. Seus restos foram reenterrados na Cripta Imperial no Monumento à Independência do Brasil na cidade de São Paulo, junto com os de suas duas esposa.[1][3]

Maria Leopoldina da Áustria
Imperatriz Consorte do Brasil
Rainha Consorte de Portugal
11 de dezembro de 1826 (29 anos) Brasil Palácio de São Cristóvão, Rio de Janeiro Foi sepultada inicialmente no Convento da Ajuda, na atual Cinelândia. Quando o convento foi demolido, em 1911, os restos foram transladados para o Convento de Santo Antônio, também no Rio de Janeiro, onde foi construído um mausoléu para ela e alguns membros da família imperial. Em 1954, foram transferidos definitivamente para um sarcófago de granito verde ornado de ouro, na Cripta Imperial, sob o Monumento à Independência do Brasil, na cidade de São Paulo.

Amélia de Leuchtenberg
Imperatriz Consorte do Brasil
26 de janeiro de 1873 (60 anos) Portugal Palácio das Janelas Verdes, Lisboa, Portugal Foi sepultada inicialmente no Panteão da Dinastia de Bragança, em Lisboa, ao lado do corpo marido, D. Pedro I, e da filha, D. Maria Amélia. Seus restos mortais foram trasladados para o Brasil em 1982, onde jazem na cripta do Monumento à Independência do Brasil, em São Paulo.[4]

Mausoléu Imperial da Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, Rio de Janeiro[editar | editar código-fonte]

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Pedro II do Brasil
Imperador do Brasil
5 de dezembro de 1891 (66 anos) França Hotel Bedford, Paris, França Sepultado inicialmente no Panteão dos Braganças em 12 de dezembro de 1891.[5][6] Em 1921 seus restos mortais e de sua esposa, Teresa Cristina foram repatriados, por ocasião do centenário da Independência do Brasil, e passaram alguns anos abrigados na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, àquela época a Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo. Posteriormente, em 1939, foi finalmente trasladado para o Mausoléu Imperial, inaugurado pelo presidente Getúlio Vargas.

Teresa Cristina das Duas Sicílias
Imperatriz Consorte do Brasil
28 de dezembro de 1889 (67 anos) Portugal Grande Hotel do Porto, Porto, Portugal[7] Foi sepultada inicialmente no Panteão dos Braganças, de acordo com o um pedido de D. Pedro II.[8] Em 1921 seus restos mortais e do imperador foram repatriados, por ocasião do centenário da Independência do Brasil, e passaram alguns anos abrigados na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, àquela época a Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo. Posteriormente, em 1939, foi finalmente trasladado para o Mausoléu Imperial.

Isabel do Brasil
Princesa Imperial do Brasil
14 de novembro de 1921 (75 anos) França Castelo d'Eu, Eu, França Foi inicialmente enterrada no Mausoléu dos Orléans em Dreux, na França. Os restos mortais de Isabel e seu marido Gastão foram repatriados para o Brasil em 6 de julho de 1953, sendo sepultados na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé e reenterrados em 12 de maio de 1971 na Catedral de São Pedro de Alcântara em Petrópolis ao lado de D. Pedro II e de Teresa Cristina.[9][10]

Gastão de Orléans, Conde d'Eu
Príncipe Imperial Consorte do Brasil
28 de agosto de 1922 (80 anos) Oceano Atlântico Falecido a bordo do navio Massilia, a caminho do Brasil para a celebração do centenário da independência. Foi inicialmente enterrado no Mausoléu dos Orléans em Dreux, na França. Os restos mortais dele e da princesa Isabel foram repatriados para o Brasil em 1953, sendo sepultados na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé e reenterrados em 12 de maio de 1971 na Catedral de São Pedro de Alcântara em Petrópolis ao lado de D. Pedro II e de Teresa Cristina.[9]

Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança
Príncipe do Grão-Pará
29 de janeiro de 1940 (64 anos) Brasil Palácio do Grão-Pará, Petrópolis, Rio de Janeiro Sepultado inicialmente no cemitério municipal de Petrópolis com honras de chefe de Estado. Em 1990, seus restos mortais foram trasladados junto com os de sua esposa Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz para o Mausoléu Imperial, na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, onde repousam ao lado das tumbas de seus pais e avós, num jazigo simples.

Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, RJ[editar | editar código-fonte]

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Paula de Bragança
Princesa do Brasil
16 de janeiro de 1833 (9 anos) Brasil Palácio de São Cristóvão, Rio de Janeiro À pedido do pai, D. Pedro I, foi sepultada junto com a mãe no Convento da Ajuda. Em 1911, por ocasião dos preparativos da demolição do prédio para a abertura da Cinelândia, os corpos foram transferidos para o Convento de Santo Antônio.

Afonso Pedro de Bragança
Príncipe Imperial do Brasil
11 de junho de 1847 (2 anos) Brasil Palácio de São Cristóvão, Rio de Janeiro Um grande funeral de Estado —não visto desde a morte da irmã de Dom Pedro II, a princesa Dona Paula Mariana, em 1833— foi realizado em homenagem ao príncipe às 7 horas, três dias depois de seu falecimento. Dom Afonso foi enterrado ao lado de outros membros da família imperial no mausoléu do Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro.[11]

Pedro Afonso de Bragança
Príncipe Imperial do Brasil
9 de janeiro de 1850 (1 ano) Brasil Fazenda Imperial de Santa Cruz, Rio de Janeiro Um grande funeral foi realizado em memória ao príncipe imperial dois dias depois de sua morte.[12] As ruas ficaram repletas de pessoas comuns que entristeceram-se com a morte prematura do herdeiro.[13] Pedro foi sepultado em um mausoléu no Convento de Santo Antônio.[14][12]

Maria Amélia de Bragança
Princesa do Brasil
4 de fevereiro de 1853 (21 anos) Portugal Funchal, Ilha da Madeira, Portugal O corpo da princesa permaneceu em uma capela ao lado da casa onde ela morreu, até ser levado de volta ao continente, 7 de maio de 1853.[15] Em 12 de maio, o caixão foi desembarcado em Lisboa, seguindo-se um grandioso funeral.[16] Seus restos mortais foram enterrados ao lado dos de seu pai no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora.[17][18] Quase 130 anos depois, em 1982, seu corpo foi trasladado para o Brasil, sendo definitivamente sepultado na cripta do Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, junto a outros membros da família imperial brasileira.[19]

Em Portugal[editar | editar código-fonte]

Panteão da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa[editar | editar código-fonte]

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Maria II de Portugal
Princesa Imperial do Brasil
15 de novembro de 1853 (34 anos) Portugal Palácio das Necessidades, Lisboa, Portugal Falecida após o início do trabalho de parto do natimorto infante Dom Eugénio, seu 11.º filho. Sepultada no dia 19 de novembro de 1853.

Na França[editar | editar código-fonte]

Capela real de Dreux, em Dreux[editar | editar código-fonte]

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Francisca de Bragança
Princesa do Brasil
27 de março de 1898 (73 anos) França Paris, França

Luís de Orléans e Bragança
Príncipe do Brasil
26 de março de 1920 (42 anos) França Cannes, França

Antônio Gastão de Orléans e Bragança
Príncipe do Brasil
29 de novembro de 1918 (37 anos) Reino Unido Edmonton, Londres, Reino Unido

Cemitério do Père-Lachaise, em Paris[editar | editar código-fonte]

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Januária de Bragança
Princesa Imperial do Brasil
18 de março de 1901 (79 anos) França Nice, França Última filha de D. Pedro I e da imperatriz Leopoldina a falecer, encontrando-se sepultada no jazigo dos Condes de Áquila, no Cemitério de Père-Lachaise.

Luís Carlos, Conde de Áquila
Príncipe Imperial Consorte do Brasil
5 de março de 1897 (73 anos) França Paris, França Marido de Januária, encontrando-se sepultado no jazigo dos Condes de Áquila, no Cemitério de Père-Lachaise.[20]

Luís Fernando, Conde de Roccaguglielma
Príncipe do Brasil
27 de setembro de 1909 (64 anos) França Nice, França

Filipe das Duas Sicílias
Príncipe do Brasil
9 de julho de 1922 (74 anos) França Paris, França

Na Itália[editar | editar código-fonte]

Basílica de Santa Clara, em Nápoles[editar | editar código-fonte]

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Leopoldina das Duas Sicílias
Princesa do Brasil
14 de fevereiro de 1859 (12 anos) Reino das Duas Sicílias Nápoles, Duas Sicílias

Emmanuel das Duas Sicílias
Príncipe do Brasil
26 de Janeiro de 1851 (2 dias) Reino das Duas Sicílias Nápoles, Duas Sicílias

Na Alemanha[editar | editar código-fonte]

Igreja de Santo Agostinho, em Coburgo[editar | editar código-fonte]

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Leopoldina de Bragança
Princesa do Brasil
7 de fevereiro de 1871 (23 anos) Áustria-Hungria Palácio Coburgo, Viena, Áustria-Hungria Em homenagem à princesa, o Imperador Francisco José I da Áustria decretou luto oficial de 30 dias. Após as solenes exéquias celebradas pelo núncio apostólico, Monsenhor Mariano Falcinelli Antoniacci, seu corpo foi trasladado para Coburgo, onde representantes das casas reais da Europa assistiram ao seu sepultamento. Seu corpo repousa na cripta da St. Augustinkirche, ao lado dos túmulos de seu marido Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota e filhos.

Augusto Leopoldo de Saxe-Coburgo e Bragança
Príncipe do Brasil
11 de outubro de 1922 (54 anos) Áustria Schladming, Áustria

Pedro Augusto de Saxe-Coburgo e Bragança
Príncipe do Brasil
6 de julho de 1934 (68 anos) Áustria Tulln an der Donau, Áustria

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Macaulay 1986, p. 305.
  2. Sousa 1972c, p. 309.
  3. Calmon 1975, p. 900.
  4. Tirapeli, Percival e Silva, Manoel Nunes da. São Paulo artes e etnias. UNESP, 2007, p. 124
  5. Carvalho 2007, p. 240.
  6. Calmon 1975, pp. 1900–1902.
  7. «A morte da imperatriz». Visão. 10 de junho de 2017. Consultado em 27 de março de 2022 
  8. Calmon 1975, pp. 1749–1750
  9. a b Barman 2002, p. 234
  10. «Princesa Isabel (RJ, 29 de julho de 1846 – Eu,14 de novembro de 1921)». Portal Brasiliana Fotográfica. 21 de julho de 2015. Consultado em 27 de março de 2022 
  11. Calmon 1975, p. 317.
  12. a b Schiavo 1953, p. 135.
  13. Schiavo 1953, p. 135-136.
  14. Moreira de Azevedo 1866, p. 307.
  15. Almeida, p. 86
  16. Almeida, p. 88
  17. Almeida, p. 89
  18. Schmidt, p. 139
  19. «Santuário e Convento de Santo Antônio - Mausoléu Imperial». Consultado em 10 de Março de 2011. Arquivado do original em 10 de Março de 2011 
  20. Botafogo, A. J. S. (1890). O balanço da dinastia. Rio de Janeiro: Imprenssa Nacional. p. 131