Lojas dos 300

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As Lojas dos 300 são a denominação dada na gíria portuguesa a um tipo de estabelecimento comercial que surgiu na década de 90, caraterizado pela venda de artigos diversos a preços iguais ou inferiores a 300 escudos provenientes da China.[1][2]

Uso Moderno[editar | editar código-fonte]

Com a junção de Portugal à Zona Euro em 1999 e a entrada em circulação do Euro em 2002, a designação das lojas perdeu o seu sentido literal, apesar da expressão ainda ser de uso recorrente no país.[1] A expressão é atualmente associada a uma loja de gerência portuguesa que venda uma variedade de produtos para o lar, de alimentação e vestuário a um preço significativamente baixo, importados da China e tidos, por vezes, como de qualidade inferior a bens análogos vendidos noutros locais.[2]

Evolução[editar | editar código-fonte]

Com o sucesso do modelo e a abertura do país, o número de imigrantes chineses em Portugal aumentou ao longo das décadas de 90 e de 2000, culminando na abertura de lojas idênticas geridas por cidadãos chineses, conhecidas coloquialmente como "lojas dos chineses" ou "lojas chinesas".[3] A abertura destas lojas, a crise de 2008 e as alterações nas operações económicas e comerciais causaram o declínio da popularidade das lojas dos 300 e resultaram na diminuição da receita e do número de estabelecimentos.[3]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b «loja dos trezentos - WordSense Dictionary». www.wordsense.eu (em inglês). Consultado em 18 de março de 2021 
  2. a b «... das Lojas dos 300». ... das Lojas dos 300 ~ Ainda sou do tempo. 14 de fevereiro de 2013. Consultado em 18 de março de 2021 
  3. a b «Viagem ao mundo das lojas chinesas». Jornal Expresso. Consultado em 18 de março de 2021