Lourival Gomes Machado

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Lourival Gomes Machado
Nascimento 23 de abril de 1917
Ribeirão Preto, SP, Brasil
Morte 17 de março de 1967 (49 anos)
Milão, Itália
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade de São Paulo
Instituições
Campo(s) Ciências sociais
Tese Alguns Aspectos Atuais do Problema do Método, Objeto e Divisões da Ciência Política (1942)

Lourival Gomes Machado (Ribeirão Preto, 23 de abril de 1917Milão, 17 de março de 1967) foi um sociólogo, crítico e historiador da arte, professor universitário, cientista político e jornalista brasileiro.

Professor da Universidade de São Paulo, foi assistente de Paul Arbousse-Bastide nas cátedras de Sociologia e, posteriormente, de Política. Foi diretor do Museu de Arte Moderna de São Paulo e, mais tarde, diretor e delegado da Unesco em Paris. Lourival foi figura importante no cenário artístico brasileiro para a valorização da cultura e do cenário brasileiros, além de formador de pensadores e intelectuais durante sua passagem pela USP.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido no interior paulista, em 1917, Lourival mudou-se para a capital paulista para ingressar no curso de ciências sociais, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP) e no curso de direito, ambos da USP. Formou-se em 1938 em ambos os cursos, com 22 anos. Em 1939, tornou-se assistente da cadeira de sociologia da FFLCH, sob responsabilidade do professor francês Paul Arbousse-Bastide, além de ser professor de sociologia do Colégio Universitário. Em 1941, junto com Antonio Candido, Gilda de Mello e Souza, Paulo Emílio Sales Gomes, Ruy Coelho, Décio de Almeida Prado, entre outros, a revista Clima, com a qual pretendiam renovar a crítica de arte, literatura, cinema e teatro no Brasil.[1]

Em 1942, defendeu a tese de doutorado da cadeira de política, publicada em 1943 no boletim número 1 da cátedra e no boletim 31 da FFLCH. Ainda em 1942, colaborou como crítico de arte na Folha da Manhã e, em 1946, tornou-se redator de política internacional do jornal O Estado de S. Paulo, no qual passa a escrever críticas um ano depois. É neste ano que publicou seu primeiro livro, Retrato da Arte Moderna no Brasil.[1][2]

Defendeu tese de livre-docência em ciência política, em 1949, com o tema Tomás Antonio Gonzaga e o Direito Natural. Com a saída do crítico belga León Degand, Lourival torna-se diretor do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), onde permanece até 1951, quando é nomeado diretor-artístico da 1ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, realizada no Masp. Três anos depois, passou a ministrar aulas de história da arte e estética na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), instituição posteriormente dirigida por ele entre 1961 e 1962.

Em 1953 publicou seu segundo livro, Teorias do Barroco e, no ano seguinte, defendeu a tese Homem e Sociedade na Teoria Política de Jean-Jacques Rosseau, para ingressar na cátedra de política da USP. Entre 1956 e 1962, foi responsável pela seção de artes plásticas no Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo, na qual escreve crítica, além de encomendar artigos a colegas como Mário Pedrosa e Geraldo Ferraz, entre outros. É comissário da representação do Brasil na 29º Bienal de Veneza, em 1958, e diretor-artístico, mais uma vez, da 5ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo.[1][2]

Últimos anos[editar | editar código-fonte]

Mudou-se para Paris em 1962, onde foi diretor de assuntos culturais e, mais tarde, delegado da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) na campanha de preservação dos monumentos e obras de arte de Veneza e Florença, na Itália.[1]

Morte[editar | editar código-fonte]

Lourival morreu subitamente em 17 de março de 1967, em Milão, aos 49 anos.[1][2]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

A biblioteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo chama-se Biblioteca Lourival Gomes Machado em sua homenagem. A Escola Estadual Professor Lourival Gomes Machado, no Jardim Arpoador, na capital paulista, também é em sua homenagem.[3]

Em Ribeirão Preto, sua cidade natal, no Jardim São Luiz, há uma praça pública que leva seu nome.[4]


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Referências

  1. a b c d e f «Lourival Gomes Machado». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 21 de novembro de 2023 
  2. a b c Ferreira, Oliveiros S. (dezembro de 1994). «Lourival Gomes Machado - Perfis de mestres». Revista de Estudos Avançados da USP. 8 (22). doi:10.1590/S0103-40141994000300035. Consultado em 21 de novembro de 2023 
  3. «Lei n° 9.906, de 8 de novembro de 1967». Assembleia Legistaltiva de São Paulo. Consultado em 21 de novembro de 2023 
  4. «Lei Ordinária nº 1975, de 13/07/1967». Câmara Municipal de Ribeirão Preto. Consultado em 21 de novembro de 2023