Luís Antônio de Carvalho Ferraz

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Luís Antônio de Carvalho Ferraz
Nascimento 21 de fevereiro de 1940
São Luís, Maranhão, Brasil
Morte 11 de agosto de 1982 (42 anos)
Halifax, Nova Escócia, Canadá
Nacionalidade brasileiro
Serviço militar
Serviço Marinha do Brasil
Patente Capitão-de-fragata

Luís Antônio de Carvalho Ferraz (São Luís, 21 de fevereiro de 1940Halifax, 11 de agosto de 1982) foi um engenheiro, hidrógrafo, oceanógrafo e militar pioneiro brasileiro da exploração da Antártica.

Oficial hidrógrafo e Capitão-de-fragata, Ferraz chefiava o departamento de Geofísica da Diretoria de Hidrografia e Navegação quando foi incumbido em 1975 pela Marinha a visitar o continente antártico a bordo dos britânicos Bransfield e Endurance. Posteriormente, também visitou estaleiros no exterior para a aquisição do primeiro navio de apoio polar brasileira, o Navio de Apoio Oceanográfico Barão de Teffé, em 1982.[1]

Com o sucesso das duas missões, a Marinha desenvolveu no mesmo ano o PROANTAR, Programa Antártico Brasileiro.[2] Ferraz desempenhou importante papel ao persuadir o Brasil a desenvolver um programa antártico, participando da subcomissão encarregada de elaborar o PROANTAR sob responsabilidade da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM).[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Ferraz nasceu em 1940, no Maranhão. Era filho de Cícero da Silva Ferraz e Carmem Valente de Carvalho Ferraz. Ingressou na Escola Naval, no Rio de Janeiro, em 1958, e foi promovido a Guarda-Marinha em 1962. No ano seguinte, em 22 de dezembro, casou-se com Alice Rosa Nezi Ferraz com quem teve três filhos: Eliza, Marcos André (morto em 2022 devido a um câncer) e Antonio Fábio.[1]

Especializou-se em oceanografia pela Naval Postgraduate School, em Monterey, na Califórnia. Esteve em missão oficial no Ártico, além de ter acompanhado várias missões estrangeiras à Antártica. Participou de vários simpósios, congressos e encontros internacionais, representando o Brasil em vários eventos internacionais relacionados a temas antárticos. Ferraz realizou as primeiras Operações Antárticas (OPERANTAR).[1]

Morte[editar | editar código-fonte]

A estação antártica brasileira Comandante Ferraz, na Ilha do Rei George.

Ferraz viajara para Halifax, no Canadá, para participar da V Assembleia Oceanográfica Conjunta e a reunião geral do Comitê Científico para Pesquisas Oceânicas (SCOR). Durante o evento, Ferraz passou mal, sofrendo de um infarto agudo do miocárdio e morreu em 11 de agosto de 1982, aos 42 anos, quatro meses antes da partida da primeira expedição brasileira à Antártica.[1]

Homenagem[editar | editar código-fonte]

Em homenagem póstuma às suas qualidades cientificas e dedicação ao programa antártico, a base brasileira na Antártica foi batizada com seu nome: Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).[3]

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Referências

  1. a b c d e «Comandante Ferraz (in memoriam)». Marinha do Brasil. Consultado em 16 de julho de 2023 
  2. «Programa Antártico Brasileiro». Marinha do Brasil. Consultado em 16 de julho de 2023 
  3. «Estação Antártica Comandante Ferraz». Marinha do Brasil. Consultado em 16 de julho de 2023