Ludwig Knorr

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Ludwig Knorr
Ludwig Knorr
síntese de Paal–Knorr, síntese Knorr de pirróis, síntese Knorr de quinolinas
Nascimento 2 de dezembro de 1859
Munique, Confederação Germânica
Morte 4 de junho de 1921 (61 anos)
Jena, Alemanha
Sepultamento Alter Südfriedhof
Nacionalidade alemão
Cidadania Alemanha
Cônjuge Elisabeth Piloty
Alma mater Universidade de Erlangen-Nuremberga
Ocupação químico, professor universitário
Empregador(a) Universidade de Jena, Universidade de Würzburgo
Orientador(a)(es/s) Hermann Emil Fischer
Instituições Universidade de Jena

Ludwig Knorr (Munique, 2 de dezembro de 1859Jena, 4 de junho de 1921) foi um químico alemão. Junto com Carl Paal descobriu a síntese de Paal–Knorr. As sínteses de quinolinas de Knorr e as sínteses de pirrol de Knorr também são nomeadas segundo ele. Em 1883 a síntese da droga analgésica antipirina, atualmente conhecida como Fenazona, foi um sucesso comercial. A antipirina foi a primeira droga sintética e a mais largamente utilizada droga, até que foi substituída pela aspirina, no início do século XX.[1]

Juventude[editar | editar código-fonte]

Ludwig Knorr nasceu de uma rica família mercante. Cresceu na sede da empresa Sabbadini-Knorr, localizada na Kaufingerstraße, no centro de Munique, e na casa da família próximo do Lago Starnberger. Após a morte prematura do seu pai, sua educação e seus quatro irmãos foram deixados nos cuidados de sua mãe. Em 1878 Knorr obteve o Abitur e começou a estudar química na Universidade de Munique.[2][3]

No começo, ele estudou com Jacob Volhard; então, após a saída de Volhard para a Universidade de Erlangen, Hermann Emil Fischer tornou-se seu tutor. No verão de 1880, Knorr trabalhou com Robert Wilhelm Bunsen, na Universidade de Heidelberg, e depois auxiliou Adolf von Baeyer em Munique. Quando Emil Fischer tornou-se professor na Universidade de Erlangen, ele solicitou Knorr a acompanhá-lo.[2][3]

Universidade de Erlangen[editar | editar código-fonte]

Em 1882, Knorr recebeu seu PhD pela tese nomeada de Über das Piperyl-Hydrazin. Sua habilitação seguiu três anos depois, em 1885, com uma tese intitulada Über dir Bildung von Kohlenstoff-Stickstoff-Ringen durch Ein-wirkung von Amin-und Hydrazinbasen auf Acetessigester und seine Derivate ("Sobre a formação de anéis de carbono-azoto através da ação de amina e bases de hidrazina em acetoacetato e seus derivados"). Nesta época, durante suas busca por compostos relacionados com a quinina, Knorr descobriu a Fenazona não-metilada. Como um outro composto relacionado com quinina (kairina) mostrou propriedades analgésicas e antipiréticas, Knorr e Fischer solicitaram a Wilhelm Filehne, da empresa Hoechst AG, para checar a Fenazona não-metilada e a metilada por suas propriedades farmacêuticas. Knorr patenteou o composto em 1883. Filehne sugeriu depois os nomes Höchstin ou Knorrin para a substância, mas Knorr telegrafou de sua lua-de-mel que sua variante do nome, Antipirina, não irá mudar. (alemão: Antipyrin bleibt!).[4] Em 1885, Knorr casou-se com Elisabeth Piloty, a irmã de Oskar Piloty, seu companheiro de laboratório na faculdade da Universidade de Munique.[2]

Universidade de Würzburg[editar | editar código-fonte]

Em 1885, Fischer tornou-se professor na Universidade de Würzburg. Knorr o seguiu e virou professor associado. Knorr descreveu seu tempo em Würzburg como o mais imperturbável e produtivo período da sua vida. As reações de acetoacetato de etila com inúmeros outros compostos foram o principal foco de seu trabalho lá. Após a morte de Johann Georg Anton Geuther, em 1889, a Universidade de Jena estava buscando por um novo professor titular e Ernst Haeckel foi enviado para Würzburg para avaliar se Knorr era qualificado para a posição.[2]

Universidade de Jena[editar | editar código-fonte]

Knorr tornou-se professor titular pela Universidade de Jena, em 1889. Nos próximos dois anos, ele planejou e construiu um novo laboratório adequado para sua pesquisa. Seu foco mudou gradualmente de estruturas de pirazóis ao conceito mais geral de tautomeria. Em colaboração com vários outros químicos, Knorr provou o conceito de que acetoacetato de etila existia em uma cetona e em formas enol. Em seus últimos anos, a conformação estrutural da morfina se tornou o seu principal ponto de interesse. Durante a Primeira Guerra Mundial, Knorr serviu no corpo médico e retornou para a Universidade de Jena, após o fim da guerra. Knorr morreu depois de uma breve doença em 4 de junho de 1921.[2]

Referências

  1. Walter Sneader. (2005). «Plant Product Analogues and Compounds derived from Them». Drug discovery: a history. Chichester: Wiley. pp. 125–126. ISBN 978-0-471-89979-2 
  2. a b c d e «Ludwig Knorr. zum Gedächtnis (1859-1921)». Berichte der deutschen chemischen Gesellschaft. 60 (1): A1–A34. 1921. doi:10.1002/cber.19270600155 
  3. a b Duden (1921). «Ludwig Knorr». Zeitschrift für Angewandte Chemie. 34 (48): 269–269. doi:10.1002/ange.19210344802 
  4. Brune, K (1997). «The early history of non-opioid analgesics». Acute Pain. 1. 33 páginas. doi:10.1016/S1366-0071(97)80033-2