Lufe Steffen

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Lufe Steffen
Nascimento 10 de setembro de 1975
São Paulo (Brasil)
Cidadania Brasil
Ocupação cineasta

Lufe Steffen (São Paulo, SP, Brasil, 10 de setembro de 1975) é cineasta, roteirista, escritor, jornalista, ator e cantor brasileiro.

Seus trabalhos mais conhecidos são os filmes de curta e longa-metragem que abordam a temática LGBT, vários deles premiados em festivais e mostras de cinema nacionais e internacionais, e exibidos em canais de TV no Brasil e de outros países. Formado em Comunicação Social - Rádio e Televisão, atuou como jornalista nos sites Mix Brasil, A Capa, iG e Virgula. Na internet, roteirizou, produziu e apresentou os programas de TV "Boa Noite Bee" (2007/2008), "Bola Dentro" (2010), "Direto da Redação" (2010/2011), "Tricotando Lurex" (2014) e "Naftalufe" (2015). A partir do início de 2019, passou a produzir e apresentar programas sobre a memória das telenovelas brasileiras, em parceria com Nilson Xavier, no canal homônimo. Em 2020, Lufe resgatou seu canal Naftalufe e voltou a produzir programas sobre a cultura pop das décadas de 1950, 60, 70, 80 e 90.

Como ator e cantor, atuou em espetáculos adultos, infantis, institucionais e musicais. Dirigiu e integrou o elenco do grupo performático-musical Frenéticos, Molhados & Croquettes, inspirado no universo das Frenéticas, Secos & Molhados e Dzi Croquettes e dedicado ao resgate da cultura LGBT. O grupo nasceu em 2011 e em 2016 comemorou 5 anos de atividades.[1] Em 2019 Lufe voltou a dirigir para o teatro, lançando o espetáculo "As Drags Devem Estar Loucas".

Como escritor, publicou em 2008 o livro-reportagem "Tragam os Cavalos Dançantes", sobre a festa Grind, pioneira em tocar rock para o público LGBT, festa que aconteceu aos domingos na casa noturna paulistana A Lôca durante 19 anos, de 1998 a 2017, mudando-se em seguida para a casa noturna Desmanche.[2] Em 2016 lançou seu segundo livro, "O Cinema que Ousa Dizer Seu Nome", sobre a produção brasileira de cinema com temática LGBT no século XXI, publicado pela Editora Giostri.

Como cineasta, dirigiu dez curtas-metragens de ficção e dois longas. Entre seus curtas mais conhecidos e premiados estão "Os Clubbers Também Comem" ( 1999 ), "Rasgue Minha Roupa" ( 2002 ) e "Meu Namorado é Michê" ( 2006 ). Seus dois longas são os também premiados documentários "A Volta da Pauliceia Desvairada" (2012)[3] e "São Paulo em Hi-Fi" (2013/2016). "São Paulo em Hi-Fi" circulou por festivais e mostras entre 2013 e 2015, sendo remontado e estreando em circuito comercial em 2016, circulando pelas principais capitais brasileiras. O filme foi lançado em DVD em agosto de 2016 e atualmente está disponível em plataformas virtuais ( SpCinePlay, Looke e RevryTV ).

O livro "O Cinema que Ousa Dizer Seu Nome" deu origem à série documental "Cinema Diversidade", ampliando o escopo do livro - o original focalizava 24 realizadores, enquanto a série retratou 60 cineastas de todo o Brasil. Escrita e dirigida por Lufe e produzida pela Cigano Filmes, a série teve 10 episódios e sua 1ª temporada foi exibida no canal a cabo Prime Box Brasil entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018. Atualmente está disponível na plataforma Looke.

Filmografia[editar | editar código-fonte]

  • 2016 / 2017 - Cinema Diversidade - série em 10 episódios de 25' cada
  • 2016 - Baile de Formatura (24')
  • 2016 - Manifesto LGBT / Vaca Profana ( 6' ) - clipe produzido com o coletivo Elas por Eles
  • 2013 / 2016 - São Paulo em Hi-Fi (100')
  • 2012 - A Volta da Pauliceia Desvairada (95')
  • 2012 - Arlequinal! (7')
  • 2009 - Fumaça em Formatos Bizarros (19')
  • 2006 – Beija‐me se for Capaz (21')[4]
  • 2006 – Meu Namorado é Michê (3')[5][6]
  • 2002 – Rasgue minha Roupa (10')[7]
  • 2000 – A Cama do Tesão (20')
  • 1999 – Os Clubbers Também Comem (10')
  • 1998 – A Hora da Caiçara (25')
  • 1997 – Ame, Antes que o Filme Acabe (35')

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Prado, Miguel Arcanjo (17 de maio de 2013). «Por trás do pano – Rapidinhas teatrais - Se Joga!». R7 - Atores & Bastidores. Consultado em 26 de Agosto de 2014 
  2. MARTÍ, SILAS (27 de julho de 2008). «"Tragam os Cavalos Dançantes" traz relatos de freqüentadores de casa que já teve até gente pegando fogo - literalmente». Folha de S. Paulo. Consultado em 26 de Agosto de 2014 
  3. «LGBT Fazem uma Parada no Cinema». Folha de S.Paulo - Guia da Folha. 31 de maio de 2013. Consultado em 26 de Agosto de 2014 
  4. «Beija‐me se for Capaz - Kiss me if you can» (PDF). 15 de agosto de 2007. Consultado em 16 de setembro de 2007 
  5. «Prêmio Porta Curtas Petrobras: 4.4 - Festivais de Cinema». 7 de setembro de 2007. Consultado em 20 de setembro de 2007 
  6. «Prêmio Porta Curtas Petrobras: 4.4.3 Mix Brasil 2005 - Festival de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual». 7 de setembro de 2007. Consultado em 20 de setembro de 2007 
  7. «7º Festival de Cinema Super-8 de Campinas - melhor filme do júri-oficial». 2002. Consultado em 20 de setembro de 2007 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]