Luiz Antonio Sacconi

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Luiz Antonio Sacconi é um gramático e lexicógrafo brasileiro, professor de Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP).[1]

Sacconi procura trabalhar em suas obras a interdisciplinaridade e os termos atuais que permanecerão no léxico.[2]

Na década de 1980 lançou a revista Gafite, na qual ensinava português a partir de erros ou transgressões da norma culta, encontrados nos principais jornais e revistas do país. Gafite foi uma obra de cinco volumes.[3]

Críticas[editar | editar código-fonte]

Sacconi é um autor polêmico; sua produção é alvo de críticas positivas e negativas. Em 2010, a decisão de incluir em seu dicionário o termo petralha, neologismo de uso generalizado, causou as mais diversas reações.[4]

Anos antes, em 2004, em análise detalhada dos minidicionários escolares publicados no Brasil, o de Sacconi foi aprovado, com ressalvas, pelo ministério da educação brasileiro.[5] Os avaliadores apontaram alguns senões pontuais, além do fato de o autor registrar aportuguesamentos questionáveis, como píteça para pizza.[5][6] Ressalte-se que os portugueses registram esse italianismo desta forma: piza. Por outro lado, Delfim Netto, num artigo no jornal Valor Econômico, referiu-se ao Grande Dicionário Sacconi como "o sofisticado Sacconi."[7] Sua gramática está na 33.ª edição e continua sendo uma das mais adotadas e indicadas para concursos de quaisquer naturezas (v. Diário Oficial da União do dia 10/01/2018). O livro "Não erre mais!", cuja primeira edição saiu em 1973, sendo o pioneiro no gênero, continua servindo de referência a estudantes e estudiosos da língua portuguesa.

De acordo com a Associação Brasileira dos Autores de Livros Didáticos, a Abrale, Sacconi é um dos autores mais plagiados do país.

Publicações[editar | editar código-fonte]

Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa, de 2010, uma das obras de Luiz Antonio Sacconi

Sacconi é autor de mais de 80 livros na área de língua portuguesa e gramática.[4] Dentre eles destacam-se os seguintes títulos:

  • Nossa Gramática Completa (32.ª edição)
  • Novíssima Gramática Ilustrada (25.ª edição)
  • Não erre mais! (33.ª edição)
  • Míni Sacconi (12.ª edição)
  • Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa (3.ª edição)[8][9]
  • Corrija-se! de A a Z (2.ª edição)
  • Gramática para todos os cursos e concursos (5.ª edição)
  • Português mais fácil - minigramática Sacconi (2.ª edição)
  • "Gramática básica" (2.ª edição)
  • Guia Ortográfico e Ortofônico (esgotado)[10]

Referências

  1. Skoob, Sacconi, página visitada em 15 de setembro de 2015.
  2. Ciência Hoje - UOL, Análise Arquivado em 22 de dezembro de 2015, no Wayback Machine., página visitada em 15 de setembro de 2015.
  3. Olga Tavares, Fernando Collor (Google Books), página visitada em 15 de setembro de 2015.
  4. a b Reinando Azevedo, [1], Veja (2012), página visitada em 04 de julho de 2016.
  5. a b «Ministério da Educação: avaliação dos dicionários brasileiros» (PDF) 
  6. «Folha da Região de Araçatuba - Todo mundo lê». www.folhadaregiao.com.br. Consultado em 2 de julho de 2016. Arquivado do original em 18 de agosto de 2016 
  7. Delfim Netto, 2014 poderá ser diferente, por Delfim Netto, página visitada em 8 de setembro de 2016.
  8. Revista Veja Atualização de verbete Arquivado em 30 de março de 2012, no Wayback Machine., página visitada em 15 de setembro de 2015.
  9. Revista Isto É, O dicionário que fala uma nova língua, página visitada em 15 de setembro de 2015.
  10. Prefeitura de São Paulo, Livros novos da sala de pesquisa, página visitada em 15 de setembro de 2015.


Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Gafite, página visitada em 15 de setembro de 2015.
  • Nossalingua.com.br. Blog Oficial de Luiz Antônio Sacconi, página visitada em 18 de janeiro de 2019.
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