Luiz Cezar Fernandes

Luiz Cezar Fernandes
Nascimento	1945 Santa Rita do Passa Quatro
Cidadania	Brasil
Ocupação	banqueiro, investidor
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Luiz Cezar Fernandes

Influente empresário, banqueiro e palestrante, referência mundial no mercado de capitais, com mais de 60 anos de experiência, reconhecido como uma referência em fusões e aquisições, debt/equity fundraising, reestruturação financeira, split-offs, reorganização corporativa, joint ventures, bankruptcy protection, bank financing, issuing debt and short-term investment funds, and exotic debt.

Experiência Profissional:

• Manager of Open Market, Libra Corretora de Valores S/A (1971)

• Fundador do Banco de Investimentos Garantia S/A (1971 - 1983)

• Diretor Internacional, Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (ANBID)

(1980 - 1983): Liderou as operações internacionais da ANBID (atual ANBIMA),

representando o setor de bancos de investimento brasileiro no cenário global.

• Fundador e presidente do Banco Pactual (1983 – 1999), maior banco de

investimentos da América Latina.

• General Manager, Bolsa Brasileira de Futuros (BM&F) (1987 - 1988)

• Fundados do Disque Denúncia – Rio de Janeiro (1993 – 2013), totalmente privado.

• Fundador da CL Convergence S/A (2001), empresa dedicada a soluções inovadoras

no setor financeiro.

• Fundador da INVIXX (2002) Investimentos e Participações S/A, empresa focada em

investimentos estratégicos e participações em diversos setores.

• Fundador da TAHO Telecomunicações (2002), empresa pioneira no setor de

telecomunicações.

Além disso, Luiz Cezar Fernandes possui diversas contribuições para a formação do

Mercado de Capitais nacional:

• Consultor para a Lei das Sociedades por Ações.

• Primeiro negociador no mercado secundário da Dívida Externa do Brasil antes da

renegociação.

• Consultor para a Renegociação da Dívida Externa do Brasil (1985/87).

• Abertura do mercado brasileiro para investidores estrangeiros.

• Criação e implementação do Mercado de Ouro no Brasil.

• Introdução da Moeda Flutuante no Brasil.

• Criação e implementação do CDI que virou indexador de dívida privada.

• Criação e implementação do SELIC que virou taxa de referência do Banco Central

realizar política monetária.

• Criação e implementação do CETIP.

• Criação e implementação do Banco Multiplo.

• Consultor para a criação do MERCOSUL.

• Organizou a primeira privatização do setor elétrico.

• Fundador da CEAL (Conselho Regional da America Latina).

• Realização de vários empreendimentos imobiliários no Rio de Janeiro.

• Loteamento da Fazenda Marambaia (Atual Casa Marambaia).

• Compra da licença para a criação do BBA (Atual Itaú BBA).

• Criação da primeira seguradora de performance do Brasil (CBF – hoje: Suisse Re Brazil).

• Criação da primeira Asset do Brasil no Banco Pactual.

Reestruturação de Empresas:

• Fundição TUPY (maior fundição de blocos de motores do mundo);

• Alpargatas (reestruturação e venda);

• Portugal Telecom;

• Lacta (reestruturação e venda para Philip Morris International);

• Mesbla (reestruturação e venda para Mappim);

• Grupo Horita (Agricultura);

• São Rafael;

• Varig;

• Ecelsa (reestruturação e privatização);

• Kimberly Clark (reestruturação e IPO);

• Grupo Masonave (reestruturação e venda);

• Negociação da dívida fiscal da General Eletric (GE), White Martins e outras;

• Negociação da dívida fiscal da Schindler.

Participações em Aquisições proprietárias pelo Banco Garantia e Banco Pactual:

• Ecelsa;

• Brahma (atual Ambev);

• Alpargatas;

• Lojas Americanas;

• Auto Modelo.

Aquisição para terceiros:

• Compra do Pão Americano para Bunge & Born;

• Compra da Kimblerly Clark para a Melhoramentos;

• Compra da Mesbla para Grupo Mappin;

• Compra da Fedrigoni Brasil para RGF;

• Compra da Coopercitrus para o Grupo Dreyfus;

• Contratado pela China International Capital Corporation - CICC para compra da Namisa;

• Compra do Samitri/Samarco do Grupo Arbed (Atual Arcelor Mittal) para Vale;

• Participação na compra para a Global na telefonia celular nos estados Paraná,

Santa Catarina e Rio Grande do Sul;

• Compra do Banco Crédito Real de Minas Gerais para o BCN;

• Venda da Parmalat Brasil para a Lactalis;

• Compra da Elevadores Atlas para a Schindler.

Contatos

E-mail: lcf@marambaia.com

LinkedIn:https://www.linkedin.com/in/luiz-cezar-fernandes9606b425/ originalSubdomain=br

Este currículo destaca a extensa experiência e as realizações impressionantes de Luiz Cezar Fernandes ao longo de sua carreira no mercado financeiro, bem como suas contribuições significativas para o desenvolvimento e abertura do mercado de capitais brasileiro.

História

Luiz Cezar Fernandes nasceu no ano de 1945, na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, interior do estado de São Paulo. Aos 12 anos começou sua carreira como mensageiro do Nossa Caixa e aos 14 passou a trabalhar no Banco Brasileiro de Descontos, atual Bradesco. Aos 16, foi promovido a procurador, e aos 17, transferido para o Rio, trabalhando em uma agência em Madureira. Foi promovido a gerente de uma agência em Minas Gerais, mas pediu demissão. Um primo lhe apresentou aos donos do Banco Campina Grande, que o contratou. Trabalhou por alguns meses e foi contratado pelo Escritório Levy, uma corretora, depois no Banco União Comercial, e depois na corretora Libra. Lá, conheceu Jorge Paulo Lemann.

Em 1971, Lemann fundou a corretora Garantia, com Fernandes como sócio. Nesse período, Luiz Cezar estagiou também no JPMorgan e no Goldman Sachs, em Nova Iorque, levando consigo o então estagiário da Garantia, Marcel Telles. De lá, voltaram com ideias que levariam à criação da Cetip e da Selic, bem como a digitalização dos CDBs, até então de posse física. Fernandes incentivou seus sócios a tornar o Garantia um banco, e em 1976 obteve patente junto ao Banco Central, formando o Banco Garantia. Devido a ideias e métodos heterodoxos, os sócios do Garantia romperam com Fernandes em 1982, pressionados por Carlos Alberto Sicupira.

Depois do Garantia, em 1983 Fernandes criou o Banco Pactual, inicialmente como DTVM, financiando dois jovens economistas a associarem-se no empreendimento, André Jakurski e Paulo Guedes. O nome do banco vem das iniciais dos sócios, Paulo, André, e Cezar. O banco teve rápido crescimento, aproveitando-se dos spreads no mercado de títulos públicos durante um período de crise fiscal e juro alto, bem como numa previsão de Guedes sobre a falha do Plano Cruzado, que concretizou-se no mesmo ano. Desde sempre as ideias heterodoxas de Fernandes iam de encontro com os sócios, mas Luiz Cezar detinha 51% das ações, o que permitia que seguisse com seus projetos. Em 1997, quando Fernandes decidiu transformar o Pactual em banco de varejo, Guedes e Jakurski deixaram a sociedade. Eduardo Plass, outro sócio trazido por Fernandes, juntava-se com outros jovens como os principais sócios do banco: André Esteves, Marcelo Serfaty, e Gilberto Sayão.

Luiz Cezar tocara seus projetos de investimentos pessoais através da Latinpart. Enquanto o Pactual prosperava, os investimentos de Fernandes na Latinpart se deterioravam. Em 1998, o rombo na Latinpart era de 142 milhões de dólares, e Fernandes buscou financiamento com os então sócios do Pactual, que lhe concederam sob a condição de Luiz Cezar desfazer-se de parte de suas ações do banco a cada parcela, episódio que Fernandes considera como uma traição por parte dos sócios que ele trouxera ao banco. Em 1999, a participação de Fernandes no Pactual reduzira para 14%, e em setembro desse ano, Luiz Cezar vendera as últimas ações que lhe restavam. Aos poucos, a sociedade foi se dissolvendo, restando apenas Esteves no Pactual. Fernandes então se afastou do mercado financeiro, mudando-se para a Fazenda Marambaia, na serra fluminense, onde hoje se dedica a criação de ovelhas.

Ligações externas

• «De elefante a formiga, Revista Piauí.» 
• «Sem banco e (quase) sem casa, IstoÉ Dinheiro.»