Luma Nogueira de Andrade

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Luma Nogueira de Andrade
Nascimento 1977 (47 anos)
Morada Nova

Luma Nogueira de Andrade (Morada Nova) é uma pesquisadora e professora brasileira doutora em educação.[1]

Luma é a primeira travesti a conseguir este título no Brasil, que lhe foi concedido em 2012 pela Universidade Federal do Ceará;[2][3] Primeira travesti a fazer parte do quadro de docentes efetivos em uma universidade pública federal, e;[2][4] Fundadora da Associação Russana da Diversidade Humana (ARDH).[5]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Viveu sua infância em Morada Nova, a 163 km de Fortaleza onde também completou as primeiras séries escolares.[2][6][7] Aos 18 anos entrou no curso de Ciências da Universidade Estadual do Ceará onde concluiu sua graduação. Continuando na área da educação, em 1998 Luma passou no concurso de professora efetiva em sua cidade natal, Morada Nova, onde estendeu sua carreira lecionando também em escolas estaduais e particulares. Isto continuou até que passou no Mestrado em Desenvolvimento do Meio Ambiente em Mossoró, no Rio Grande do Norte onde conseguiu completar seu mestrado enquanto dava aulas em Aracati.[7]

Em 2010, Luma conquistou o direito de retificar seus documentos para aderirem ao seu nome social. Com isso passou a ser a primeira travesti no estado do Ceará a conseguir a mudança dos documentos sem ter feito a cirurgia de redesignação sexual.[7]

Em 2012, a então doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), defendia em sua tese, "Travestis na escola: assujeitamento ou resistência à ordem normativa", a realidade das travestis nas escolas, ao relatar casos de estudantes que vivem situações de aceitação ou repressão.[2][8]

Em 2013, quando tomou posse do cargo de professora na "Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira" (UNILAB), Luma também se tornou a primeira travesti a fazer parte do quadro de docentes efetivos em uma universidade pública federal.[2][4][6]

Luma atua nas seguintes áreas: Direitos Humanos, Diversidade cultural, Etnicorracialidade, gênero e sexualidade, Educação, Políticas públicas e Movimentos Sociais.[5]

Referências

  1. «Plataforma Lattes». buscatextual.cnpq.br. Consultado em 16 de outubro de 2020 
  2. a b c d e CE, Gabriela AlvesDo G1 (11 de abril de 2012). «'Busquei no estudo uma vida melhor', diz 1ª travesti doutoranda do país». Ceará. Consultado em 16 de outubro de 2020 
  3. Alves, Gabriela (11 de abril de 2012). «'Busquei no estudo uma vida melhor', diz 1ª travesti doutoranda do país». G1 Ceará. Consultado em 16 de outubro de 2020 
  4. a b «Educação é única saída para discriminados, diz primeira professora travesti | DW | 19.12.2013». Deutsche Welle - DW. Consultado em 16 de outubro de 2020 
  5. a b «Perfil de Luma Nogueira De Andrade». Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA). Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira" (UNILAB). Consultado em 16 de outubro de 2020 
  6. a b «Luma Nogueira: um feliz (re) encontro com a educação». Centro de Referências em Educação Integral. Consultado em 16 de outubro de 2020 
  7. a b c CE, Do G1 (10 de dezembro de 2013). «Universidade do Ceará dá posse à 1ª professora travesti doutora do país». Ceará. Consultado em 16 de outubro de 2020 
  8. Andrade, Luma Nogueira (2012). «Travestis na escola: assujeitamento ou resistência à ordem normativa». Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). Consultado em 16 de outubro de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]