Mânio Otacílio Crasso

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mânio Otacílio Crasso
Cônsul da República Romana
Consulado 263 a.C.
246 a.C.

Mânio Otacílio Crasso (em latim: Manius Otacilius Crassus) foi um político da gente Otacília da República Romana eleito cônsul por duas vezes, em 263 e 246 a.C. com Mânio Valério Máximo Corvino Messala e Marco Fábio Licino respectivamente. Foi o primeiro membro de sua família a chegar ao consulado e provavelmente era irmão de Tito Otacílio Crasso, cônsul em 261 a.C..

Primeiro consulado (263 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Teatro de operações da Primeira Guerra Púnica entre 264 e 262 a.C..
  Território siracusano
  Território cartaginês
1. Desembarque romano e avanço contra os siracusanos em Messana (264 a.C.).
2. Romanos derrotam um exército aliado siracusano e púnico e avançam até Siracusa.
3. Romanos protegem seu flanco tomando Hadranon e cercando Kentoripa.
3. Catânia se rende.
4. Romanos cercam, sem sucesso, Siracusa. Hierão pede a paz e se alia aos romanos (263 a.C.).
5. Romanos tomam Agrigento (262 a.C).
6. Enna e Halaisa se rendem a Roma.

Foi eleito cônsul pela primeira vez em 263 a.C. com Mânio Valério Máximo Corvino Messala, o segundo ano da Primeira Guerra Púnica.[1] Os dois cônsules marcharam para a Sicília comandando duas legiões cada um. Aparentemente a campanha na Sicília foi comandada por Messala, apesar da coordenação entre os dois, e apenas ele recebeu um triunfo.[2]

Os romanos conquistaram muitas cidades sicilianas e firmaram um tratado de paz com Hierão II de Siracusa que limitava a soberania siracusana à região sudeste da Sicília.

Segundo consulado (246 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Teatro de operações da Primeira Guerra Púnica entre 248 e 241 a.C..
  Território siracusano
  Território cartaginês
  Territórios romanos
1. Amílcar Barca apóia Drépano, que esta sitiada, e saqueia a costa italiana.
2. Amílcar desembarca em monte Ercte.
3. Amílcar muda sua base de monte Ercte para Érice (Eryx).
4. Vitória naval romana nas ilhas Égadas e queda de Drépano. Cartago pede a paz (241 a.C.).

Foi eleito novamente em 246 a.C., o décimo-nono ano da Primeira Guerra Púnica, desta vez com Marco Fábio Licino.[1] Os dois continuaram as operações militares contra os cartagineses liderados por Amílcar. Apesar disto, não há relatos de batalhas importantes neste período, assim como já havia ocorrido no ano anterior e ocorreria novamente no ano seguinte.[3][4]

Com os dois cônsules empenhados na campanha na Sicília, foi necessário nomear Tibério Coruncânio como ditador comitiorum habendorum causa para realizar as eleições consulares.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Ápio Cláudio Cáudice

com Marco Fúlvio Flaco

Mânio Valério Máximo Corvino Messala
263 a.C.

com Mânio Otacílio Crasso

Sucedido por:
Lúcio Postúmio Megelo

com Quinto Mamílio Vítulo

Precedido por:
Lúcio Cecílio Metelo II

com Numério Fábio Buteão

Marco Fábio Licino
246 a.C.

com Mânio Otacílio Crasso II

Sucedido por:
Marco Fábio Buteão

com Caio Atílio Bulbo


Referências

  1. a b F. X. de Feller, Dizionario storico; ossia, Storia compendiata degli uomini memorabili per ingegno, dottrina, virtù, errori, delitti, dal principio del mondo fino ai nostri giorni vol. 1, G. Tasso, 1830, pp. 491 e 608
  2. Fastos Triunfais
  3. Políbio, Histórias I, 16
  4. Eutrópio, Breviarium ab Urbe condita, II, 10

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Fontes primárias[editar | editar código-fonte]

Fontes secundárias[editar | editar código-fonte]

  • Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas 
  • Este artigo contém texto do artigo "Manius Otacilius Crassus" do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).
  • G. De Sanctis - Storia dei Romani vol. 3 Parte II - Firenze, La Nuova Italia, 1969. (em italiano)
  • G. Giannelli - Roma nell' età delle guerre puniche - Bologna, Ceppelli, 1938. (em italiano)
  • E. Pais - Storia di Roma - Le guerre puniche - Torino, Unione tipografico-editrice torinese, 1935. (em italiano)