Manduca da Praia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Manoel Joaquim do Nascimento, vulgo Manduca da Praia, é, talvez, o capoeira mais famoso da história do Rio de Janeiro, quase uma lenda.[1]

Manduca nasceu por volta das décadas de 1810 e 1820, na freguesia de Santana, no Rio de Janeiro. Seus pais se chamavam Manoel do Nascimento e Joaquina Maria da Conceição.[2][3][4][5]

Em 1851, o capoeira já vendia peixes na Praça do Mercado. Anos depois, em abril de 1866, Manduca da Praia alugou a banca nº 29 da praça, onde continuou vendendo peixes.[6][7]

Em janeiro de 1852, o capoeira foi preso durante uma confusão na praça de touros da rua do Lavradio.[8]

A luta mais famosa de Manduca foi contra um português conhecido como Santana, que esteve no Rio de março de 1847 a maio de 1849. Após o confronto, os dois se tornaram amigos.[9][10][11][12]

Em dezembro de 1861, Manduca e capoeiras nagôs teriam sido derrotados por praças do Exército liderados por um jovem Floriano Peixoto.[13]

Na década seguinte, no dia 10 de julho de 1872, Manduca registrou um testamento, deixando seu filho adotivo, Daniel Stain, como seu herdeiro. Cinco anos depois, solteiro e sem filhos biológicos, o capoeira morreu de pneumonia, precisamente, no dia 11 de setembro de 1877.[2][3]

Referências

  1. SILVA, Theodoro José da (1891). A ultima nau portugueza: reminiscencias. Lisboa: Livraria Editora da Tavares Cardoso & Irmão. p. 240 
  2. a b «Obtuario». A reforma: orgão democratico. 15 de setembro de 1877 
  3. a b «Testamento». Jornal do commercio. 16 de setembro de 1877 
  4. «Chronica judiciaria». Correio mercantil. 7 de janeiro de 1863 
  5. «Tribunal dos jurados». Diario do Rio de Janeiro. 1 de agosto de 1851 
  6. «Tribunal do jury». O guasca na Corte. 7 de agosto de 1852 
  7. «Illma. Camara Municipal». Correio mercantil. 19 de abril de 1866 
  8. «Os touros e o Mercantil». Correio da tarde. 21 de janeiro de 1852 
  9. FILHO, Alexandre José de Mello Moraes (1895). Festas e tradições populares do Brazil. [S.l.: s.n.] p. 412 
  10. CARVALHO, Pinto de (1903). História do fado. Lisboa: Empresa da História de Portugal. p. 36 
  11. «Movimento do porto». Diário do Rio de Janeiro. 4 de março de 1847 
  12. «Movimento do porto». Correio mercantil. 2 de maio de 1849 
  13. «Marechal Floriano Peixoto». O malho. 11 de maio de 1939 
Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.