Manuel Rojas (líder da independência)

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Manuel Rojas
Manuel Rojas (líder da independência)
Nome completo Manuel Rojas Luzardo
Nascimento 1831
Cidade de Obispos, no estado de Barinas, Venezuela
Morte 14 de outubro de 1903 (72 anos)
Cidade de Boconó, no estado de Trujillo, Venezuela
Nacionalidade venezuelano
Progenitores Mãe: Bruna María Luzardo
Pai: José Antonio Rojas
Cônjuge Obdulia de los Ríos
Filho(a)(s) Filomena, Narcisa, Lastenia, María Obdulia, Manuel, Ramón
Ocupação Comandante
Filiação "Comitê da Revolução de Porto Rico"

Comandante Manuel Rojas (1831 — 14 de outubro de 1903) foi um comandante venezuelano do Exército de Libertação de Porto Rico, foi um dos principais líderes da revolta Grito de Lares contra o domínio espanhol em Porto Rico.

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Rojas (nome de nascimento: Manuel Rojas Luzardo[nota 1]) nasceu na cidade de Obispos, no estado de Barinas, na Venezuela, de pai porto-riquenho e mãe venezuelana. Lá ele recebeu sua educação primária (ensino fundamental) e secundária (ensino médio). Rojas era um lavrador dedicado e quando tinha guardado dinheiro suficiente se mudou para Valência, Espanha, onde se tornou empresário bem-sucedido.[1] No início do século XIX a economia venezuelana estava em crise devido às guerras internas. Rojas decidiu ir a Porto Rico, onde conheceu e se casou com Obdulia de los Ríos.[1]

A família Rojas se mudou perto da vila de Lares onde se estabeleceu. A região era montanhosa e sua renda principal vinha da colheita do café. Rojas e seu irmão, Miguel eventualmente compraram e cultivaram uma plantação de café de trezentos acres (1,2 km²). A plantação bem-sucedida foi chamada de "El Triunfo", e ambos se tornaram ricos comerciantes.[2] Seu irmão Miguel conheceu Mariana Bracetti durante uma viagem de negócios à Añasco. Miguel e Mariana se casaram e se mudaram para "El Triunfo", onde o Rojas viveu.[3]

Movimento de independência de Porto Rico[editar | editar código-fonte]

A casa de Miguel Rojas em 1965.

Rojas admirava o médico porto-riquenho Ramón Emeterio Betances e, junto com seu irmão Miguel, se juntou ao advogado em sua luta pela independência de Porto Rico. O "Comitê da Revolução de Porto Rico" foi formado e dirigido por Betances e Segundo Ruiz Belvis, que estavam exilados, da República Dominicana. Várias células revolucionárias foram formadas nas vilas e cidades na parte ocidental da ilha; elas foram apoiar a invasão armada da República Dominicana, planejada por Betances.[2]

Duas das mais importante células foram a de Mayagüez, cujo líder era Mathias Brugman, e codinome "Capa Prieta"; e a de Lares, codinome "Centro Bravo", liderado por Manuel Rojas. O "Centro Bravo" foi o principal centro de operações e estava localizado no cafezal de Rojas. Manuel Rojas foi nomeado "Comandante do Exército de Libertação", por Betances. Mariana bracetti (esposa de Miguel) foi nomeada "Líder do Conselho Revolucionário de Lares". A pedido de Betances, Bracetti conduziu a bandeira revolucionária de Lares, conhecida como "La Bandeira de Lares".

O Comitê Revolucionário nomeou doze dos seus membros generais da revolução. Eles foram:[4]

  • Manuel Rojas, Comandante em chefe do Exército de Libertação
  • Andres Pol, General de divisão
  • Juan de Mata Terraforte, General de divisão
  • Joaquín Parrilla, General de divisão
  • Nicolás Rocafort, General de divisão
  • Gabino Plumey, General de divisão
  • Dorvid Beauchamp, General de divisão
  • Mathías Brugman, General de divisão
  • Rafael Arroyo, General de divisão
  • Francisco Arroyo, General de divisão
  • Pablo Rivera, General da Cavalaria
  • Abdón Pagán, General da Artilharia

As autoridades espanholas descobriram sobre o plano e foram capazes de confiscar o navio armado que Betances teve, antes de chegar em Porto Rico. O prefeito da cidade de Camuy, Manuel González (também passou a ser o líder da célula revolucionária da cidade) foi preso e acusado de traição. González chegou a ouvir que o exército espanhol estava ciente do plano de independência. Em seguida, ele escapou e foi capaz de avisar ao Manuel Rojas.[2]

O Grito de Lares[editar | editar código-fonte]

Devido a este evento, os revolucionários decidiram começar a revolução logo que possível e definiram a data para 23 de setembro de 1868.[carece de fontes?]

Notas e referências

Notas

  1. Este nome usa costumes hispânico de nomenclatura: O primeiro ou nome paternal de família é Rojas e o segundo ou nome maternal de família é Luzardo.

Referências

  1. a b UN VENEZOLANO PROMOTOR DE LA INDEPENDENCIA DE PUERTO RICO'
  2. a b c Manuel Rojas
  3. Search of a National Identity: Nineteeth- and Early-Twentieth-Century Puerto Rico
  4. "Historia militar de Puerto Rico, Coleccion Encuentros"; Por Negroni, Hector Andres (1992) (em espanhol); publicado: Sociedad Estatal Quinto Centenario. ISBN 84-7844-138-7.