Manuel de Melo, alcaide-mor de Olivença

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Manuel de Melo
Capitão de Tânger
Período 1484 ?-1486
Antecessor(a) Rui de Melo
Sucessor(a) D. João de Meneses
Dados pessoais
Nascimento c. 1440
Morte 26 de setembro de 1493 (53 anos)
Progenitores Mãe: Margarida de Vilhena
Pai: Martim Afonso de Melo

Manuel de Melo (c. 1440 - 26 de Setembro de 1493), senhor de Vagos, capitão de Tânger, de aproximadamente 1484, a1486, e reposteiro-mor do rei D. João II.

Filho de Martim Afonso de Melo, alcaide-mor de Olivença, e de Margarida de Vilhena. Casou com D. Beatriz da Silva, e teve como filhos, Rui de Melo, alcaide-mor de Elvas, João de Melo, Francisco de Melo, Branca de Vilhena, Catarina da Silva, e Maria Manuel.

Tânger[editar | editar código-fonte]

Do Conde de Olivença (Rui de Melo) foi irmão, e sucessor na capitania de Tânger, «onde o enviamos e esteve por capitão certos anos (sic)», como declara a carta de 27 de Dezembro de 1484 de cinquenta mil reais brancos de tença, em satisfação do seu serviço[1]. O que significaria que nas ocasiões em que seu irmão Rui estava ausente, voltando a Portugal chamado pelo rei ou para negócios próprios, ficava Manuel para o substituir, já que sabemos que foi apenas esse mesmo ano de 1484 que Rui de Melo deixou oficialmente a capitania de Tânger.

Olivença[editar | editar código-fonte]

Também sucedeu a seu irmão na alcaidaria mor de Olivença, da qual teve carta em 8 de Janeiro de 1488 [2].

Já então era do conselho e reposteiro mor de D. João II, cargo para que fora nomeado por carta de 21 de Junho de 1482, «assi e per a guisa que o até qui foi por nossa carta, que lhe delo tinhamos dada e assinada em sendo príncipe» (Brasões da sala de Sintra, de Anselme Braamcamp Freire, (2a edição), Coimbra, imprensa da Universidade1921[3]).

Morte[editar | editar código-fonte]

Morreu, segundo declara o seu epitáfio, a 26 de Setembro de 1493, tendo casado com D. Beatriz da Silva, filha de João da Silva, 4.° senhor de Vagos e camareiro mor do príncipe D. João, e de sua mulher D. Branca Coutinho.

Sobreviveu D. Beatriz a seu marido de quem herdou duas tenças, as quais deu a sua filha D. Margarida de Vilhena, em casamento com João Gomes de Abreu,(filho de Rui de Abreu, alcaide-mor de Elvas, a não se confundir com o seu homónimo poeta do Cancioneiro) e lhe foram confirmadas por carta de 14 de Março de 1503. D. Beatriz da Silva faleceu a 4 de Junho de 1543, conforme o seu epitáfio[4].

Notas e referências

  1. Chancelaria de D. João II, liv. 22.", fl. 101
  2. Chancelaria de D. João II, liv. i8.°, fl. 48 v. — Esta alcaidaria tornou, em tempos de D. Manuel, por morte de Manuel de Melo, a sua sobrinha D. Felipa de Melo
  3. Chancelaria de D. João II, liv. 2°, fl. 42 v. —Nesta ocasião e por carta de 26 do mesmo mês, confirmara-lhe D. João II a carta de 23 de Agosto de 1480, pela qual D. Afonso V fizera doação a Manuel de Melo, fidalgo da casa do Príncipe e seu reposteiro mor, em duas vidas, da renda das boticas, vento e açougagem de Évora, como as tivera D. Margarida de Vilhena, mulher de João Rodrigues de Sá (Ibidem). D. Margarida era irmã de Manuel de Melo e casara com Rui Dias Lobo, herdeiro de Alvito, e depois, em 1467, com João Rodrigues de Sá, alcaide mor do Porto. Esta senhora é a «dona Margarida» a quem Álvaro Barreto se refere numas trovas a D. Afonso V, na estância «O grande Lobo de Alvyto» (Cancioneiro geral, fl. 36, col. 2)
  4. Brasões da sala de Sintra, de Anselme Braamcamp Freire, (2a edição), Coimbra, imprensa da Universidade1921


Precedido por
Rui de Melo
Capitão de Tânger
14841486
Sucedido por
D. João de Meneses