Marcha para o Peru de 2018

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Marcha para o Peru de 2018
Marcha para o Peru de 2018
Rota usada pela maioria dos venezuelanos para emigrar para o Peru
Nome nativo Marcha a Perú
Data 21/08/2018 - presente
Local  Peru
 Colômbia
Equador
Tipo Crise migratória
Causa Crise na Venezuela desde 2013

A Marcha para o Peru de 2018 é um desdobramento da crise migratória venezuelana que descreve a intensificação da chegada de um grande número de refugiados venezuelanos - seja pela Colômbia ou pelo Equador - à República do Peru devido à crise política, situação social e econômica sofrida pela Venezuela. A chegada de cidadãos venezuelanos vem se crescendo desde 2016, mas o governo peruano informou que a partir de 25 de agosto de 2018 começará a exigir um passaporte. Além disso, a marcha também está risco porque o presidente do Equador Lenín Moreno não ratificou o Cartão Andino de Imigração, que permite o trânsito livre através dos países membros da Comunidade Andina (na qual o Equador e o Peru fazem parte, assim como a Bolívia e a Colômbia).[1][2]

Percurso[editar | editar código-fonte]

Colômbia[editar | editar código-fonte]

Imigrantes venezuelanos na Colômbia se registram na cidade fronteiriça de Rumichaca.

A marcha no território colombiano vai do município de Cúcuta até a cidade equatoriana de Tulcán, a uma distância de 1.500 quilômetros.[3] Neste setor, foram registrados acampamentos de imigrantes venezuelanos nos acostamentos da Rota Nacional 25.[4] Segundo as autoridades locais, metade dos migrantes viaja apenas com uma cédula devido à escassez de papel em seu país para imprimir o passaporte internacional.[5]

Equador[editar | editar código-fonte]

Rumichaca, primeiro setor[editar | editar código-fonte]

Imigrantes venezuelanos entrando no Equador.

Os venezuelanos entram através da Ponte Internacional de Rumichaca, onde as autoridades registram cerca de 4.000 pessoas por dia, o cantão mais afetado pelo fluxo de refugiados é Tulcán.[6][7] Segundo estatísticas do Ministério do Interior, entre janeiro de 2017 e janeiro de 2018, entraram no Equador 350.490 venezuelanos, e de lá saíram 279.517 com rumo ao Peru.[8]


Carchi e Imbabura, segundo setor[editar | editar código-fonte]

Um ponto de encontro entre os venezuelanos são as províncias equatorianas de Carchi e Imbabura, onde dezenas de imigrantes foram registrados, a maioria deles famílias com crianças de colo.[9] No mesmo setor, as autoridades governamentais lidaram com casos de desidratação e problemas respiratórios e digestivos nos imigrantes.[10]

Corredor cidadão de Pichincha[editar | editar código-fonte]

O governo provincial de Pichincha criou uma espécie de corredor humanitário civil, ao disponibilizar seis ônibus capazes de transportar 42 imigrantes cada para Huaquillas.[11]

Huaquillas, último sector[editar | editar código-fonte]

No setor da fronteira entre o Equador e o Peru, há cerca de 1.500 imigrantes venezuelanos que querem atravessar para Aguas Verdes; para as autoridades equatorianas, trata-se de uma quantidade muito pequena, mas importante, pois são as pessoas que esperar entrar no Peru antes de 25 de agosto.

Peru como país de trânsito[editar | editar código-fonte]

Para um grupo indeterminado de venezuelanos, o Peru é um país de trânsito para alcançar outros países, em particular os do Cone Sul (Argentina, Chile e Uruguai), e em menor escala Bolívia e Paraguai. No caso do Chile, o governo de Sebastián Piñera modificou em 2018 sua política de vistos para os cidadãos venezuelanos, não permitindo a mudança de status migratorio e obrigando os venezuelanos a solicitar, ainda no exterior, um visto especial e temporal de residência (Visa de Responsabilidade Democrática) para os que queiram permanecer no território chileno sem fins turísticos.[12]

Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]