Marcos Losekann

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Marcos Losekann
Nascimento 8 de janeiro de 1966 (58 anos)
Independência
Nacionalidade brasileiro
Ocupação jornalista

Marcos Losekann (Independência, 8 de janeiro de 1966) é um jornalista e escritor brasileiro.

O início da carreira[editar | editar código-fonte]

Losekann trocou o Direito pelo Jornalismo em 1984, ano em que deu início à sua carreira na RBS TV em Cruz Alta, interior do Rio Grande do Sul. Depois de passar pelas emissoras de televisão de Pelotas e Caxias do Sul, e tendo ainda trabalhado na Rádio Gaúcha de Porto Alegre (RBS Rádio), transferiu-se para Santa Catarina, onde prosseguiu como repórter da RBS TV Florianópolis. Lá, aos 22 anos, tornou-se um dos mais jovens repórteres da TV Globo, passando a ser responsável pelas reportagens estaduais (SC) que eram veiculadas em rede nacional. Nessa condição, entre 1988 e 1990, Marcos Losekann emplacou mais de 200 reportagens de interesse nacional sobre Santa Catarina nos telejornais da Rede Globo.

Em 1990, a própria Rede Globo o convidou para integrar seu time de repórteres especiais, desta vez na TV Globo Brasília, onde permaneceria até 1992. Seu próximo destino foi a Amazônia. Vivendo em Manaus, Marcos Losekann tornar-se-ia correspondente da emissora em todo o território amazônico, cobrindo Acre, Rondônia, Amazonas, Amapá, Roraima, parte do Tocantins e o Pará, além dos países ao redor da Amazônia brasileira. Nesse período, como enviado especial à Quito, fez sua primeira cobertura de guerra Equador X Peru, em 1994. Destacou-se ainda como repórter investigativo, tendo sido responsável pela divulgação de inúmeros casos de corrupção e improbidade administrativa em governos estaduais e municipais da região amazônica. Também na área investigativa, revelou rotas de tráfico de drogas na Amazônia, bem como denunciou incontáveis crimes ambientais praticados especialmente por madeireiros locais e de outras partes do Brasil e do exterior.

Em 1995 foi convidado para trabalhar na sede da emissora no Rio de Janeiro, mas lá ficou cinco meses, sendo transferido à equipe da TV Globo São Paulo, onde ficaria até o começo do ano 2000.

Correspondente de guerra[editar | editar código-fonte]

Entre os meses de janeiro e julho de 2000, Marcos Losekann trabalhou novamente na TV Globo no Rio, de onde foi transferido para o escritório de jornalismo da Globo em Londres, em agosto de 2000. Foi correspondente na capital britânica até 2004, sendo então transferido para Jerusalém, onde seria o primeiro correspondente de uma televisão brasileira para o Oriente Médio. Losekann cobriu o conflito entre palestinos e israelenses, com reportagens em Israel, Cisjordânia e Faixa de Gaza.

A consagração viria em julho de 2006, quando estourou a guerra entre Israel e Líbano, mais precisamente contra os militantes fundamentalistas do grupo libanês Hizbollah. Durante os 33 dias de guerra, Losekann acompanhou a batalha diretamente do front israelense, onde escapou por pouco de ser alvejado por mísseis katiuchas disparados por militantes do Hizbollah. Visando dar o máximo de transparência, equilíbrio e isenção à cobertura, por várias vezes o correspondente driblou a rigorosa segurança israelense e atravessou a fronteira para testemunhar, no lado libanês, o resultado da ofensiva nas cidades, vilas e povoados da região fronteiriça (sul do Líbano). Em Beirute, outro repórter - Munir Safatli - se encarregava de contar as consequências da sangrenta guerra na capital libanesa. Losekann e Safatli tornar-se-iam os primeiros jornalistas da TV Globo, e os primeiros da televisão brasileira, a cobrir uma guerra inteira diretamente do front, sem interrupções na cobertura. Graças ao trabalho de ambos, nas duas trincheiras, a história dessa guerra pode ser contada de forma equilibrada e isenta - segundo atestaram os altos índices de audiência dos programas jornalísticos da Rede Globo durante aquele período.

O escritor[editar | editar código-fonte]

Durante o período que trabalhou na TV Globo São Paulo, Marcos Losekann lançou seu primeiro livro, O Ronco da Pororoca, Histórias de um Repórter na Amazônia, lançado pela Editora Senac.[1]

Antes de deixar o Oriente Médio, Losekann lançou seu primeiro livro não-reportagem, O Dossiê Iscariotes (editora Planeta do Brasil), o primeiro da trilogia Entrevista com Deus, seguido do O Segredo do Salão Verde (2007), e do terceiro e último livro da trilogia, Entre a Cruz e a Suástica, lançado em maio de 2009.[2] Trata-se de obras de ficção, mas com resquícios de realidade.

O repórter-escritor se prepara para escrever sobre sua experiência no Oriente Médio, com foco na Faixa de Gaza. O livro, que já está em fase de preparação e pesquisa, deverá se chamar O taxista de Gaza (título provisório).

Correspondente em Londres[editar | editar código-fonte]

Em dezembro de 2006, Losekann foi convidado pela direção da Central Globo de Jornalismo para voltar à Londres, dessa vez na condição de correspondente-chefe do escritório de jornalismo da emissora em Londres, com abrangência de cobertura em toda a Europa, África, Ásia e Oriente em geral. Assumiu o cargo em janeiro de 2007 e lá ficou até 2013.

Em 2013, Marcos Losekann foi transferido de Londres para Brasilia.

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

O jornalista foi casado com Ana Lélia, uma educadora natural de Ituiutaba, Minas Gerais, com quem tem duas filhas: Helena e Mariana.[3] Os dois se divorciaram em setembro de 2019. Eles também são pais afetivos de Arthur, adotivo. Losekann é um grande fã de futebol, sendo torcedor do Grêmio de Porto Alegre. Em janeiro de 2019, Losekann foi diagnosticado com Mieloma Múltiplo - um tipo de câncer de Medula Óssea. Fez transplante autólogo e se recuperou. Segue se tratando para que o problema não retorne. Losekan costuma dizer que não acredita em sorte, mas em Deus.

Críticas e Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Existem boatos de que Losekann teve supostos atritos com a apresentadora Sandra Annemberg: Sentindo-se desprestigiado pela então chefe dos escritórios de Londres, que privilegiava o marido também correspondente, Ernesto Paglia, Losekann se queixou à própria Sandra. Ela, por sua vez, teria se negado a conversar, sugerindo que Losekann enviasse suas “queixas” via e-mail que, por sua vez, ela repassou à direção do jornalismo no Brasil. Pouco depois do suposto ocorrido, Sandra foi chamada de volta ao Brasil, apesar da Rede Globo inicialmente ter cogitado trazer Losekann e não a jornalista de volta.[4][5]


Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]