Maria Lygia Quartim de Moraes

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Maria Lygia Quartim de Moraes
Maria Lygia Quartim de Moraes
Nascimento 18 de maio de 1943
São Paulo
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação socióloga, professora universitária
Empregador(a) Universidade Estadual de Campinas

Maria Lygia Quartim de Moraes (São Paulo, 18 de maio de 1943) é uma socióloga, militante feminista e professora universitária brasileira.

Formação e trajetória profissional[editar | editar código-fonte]

Fez graduação em Ciências Sociais na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (1963 a 1966) e concluiu o doutorado em Ciência Política na mesma instituição (1982). Tem livre-docência pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp com a tese “Vinte anos de Feminismo” (1997).[1]

É viúva de Norberto Nehring, economista e professor da Universidade de São Paulo que foi preso, torturado e morto pela Ditadura militar no Brasil (1964–1985).[2] [3]

Foi uma das fundadoras do grupo “Nós Mulheres” (1976-1978), pioneiro na imprensa alternativa da época ao se posicionar como jornal feminista.[4]

Atualmente é professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp[5] e pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero – Pagu,[6] ambos na Unicamp, onde também presidiu a Comissão da Verdade e Memória “Octavio Ianni”.[7] Integra o Grupo de Trabalho Estado Laico da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e coordena o Grupo de Pesquisa Teorias e Militâncias Feministas.[8]

É autora de diversos artigos e livros sobre família, feminismo, marxismo, relações de gênero e direitos humanos.


Principais livros publicados[editar | editar código-fonte]

  • Marxismo, psicanálise e o feminismo brasileiro. Tomo 1: A crítica feminista às teorias sobre a família e ao “eterno feminino”. Campinas: IFCH- UNICAMP, 2017. 328 páginas.[9]
  • Marxismo, psicanálise e o feminismo brasileiro. Tomo 2: Movimentos sociais, cidadania e democracia no Cone Sul. Campinas: IFCH- UNICAMP, 2017. 352 páginas.[10]
  • Relatório final da Comissão da Verdade e Memória "Octavio Ianni" da Unicamp. Com Ângela Araújo, Caio Navarro Toledo, Danielle Tega e Wilson Cano. Campinas: Editora da Unicamp, 2015.[11]
  • Memórias da Repressão Militar e da Resistência Política. Campinas: IFCH/UNICAMP, 2009.
  • Gênero nas Fronteiras do Sul. Campinas: Núcleo de Estudos de Gênero - Pagu, 2005.
  • A experiência feminista nos anos 70. Araraquara: UNESP, 1990.
  • Mulheres em movimento: o balanço da década da mulher do ponto de vista do feminismo, das religiões e da política. São Paulo: Nobel-Conselho da Condição Feminina, 1985.


Principais artigos publicados[editar | editar código-fonte]

  • Os feminismos de Mariza Corrêa. Cadernos Pagu n. 54, Campinas, 2018.[12]
  • Políticas do corpo e os fundamentalismos religiosos. In: D’AVILA-LEVY, Claudia Masini; CUNHA, Luiz Antônio Cunha (Orgs.). Embates em torno do Estado laico. São Paulo: SBPC, 2018.[13]
  • Relatos de 1968. Margem Esquerda, v.30, São Paulo, 2018.
  • As origens do feminismo marxista (e da Revolução de 1917). Margem Esquerda, v.28, São Paulo, 2017.
  • O que é possível lembrar?. Cadernos Pagu, n.40, Campinas, 2013.[14]
  • A nova família e a ordem jurídica. Cadernos Pagu, n.37, Campinas, 2011.[15]
  • O feminismo político do século XX. Margem Esquerda, v.9, São Paulo, 2007.[16]
  • Pós-modernismo, marxismo e feminismo. Margem Esquerda, v.2, São Paulo, 2003.[17]
  • Desdobramento do Feminismo. Cadernos Pagu, n.16, Campinas, 2001.[18]

Referências