Mathieu Gascongne

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mathieu Gascongne
Nascimento século XVI
Morte 1518
Cidadania França
Ocupação compositor
Movimento estético música clássica

Mathieu Gascongne foi um compositor francês do Renascimento. Autores seus contemporâneos, tal como Adrian Willaert, que segundo a citação do famoso teorista veneziano Zarlino, o agrupava com Josquin des Prez, Johannes Ockeghem e Jean Mouton para a listagem dos melhores compositores desse tempo. Em comparação com esses, contudo, da obra de Mathieu Gascongne pouco sobreviveu.

Vida[editar | editar código-fonte]

Pouco se sabe da sua vida e existem duas teorias principais sobre o seu local de residência e trabalho. A primeira refere que estaria associado com a corte real francesa para a qual escreveu vários motetes para ocasiões oficiais (como a coroação de Francisco I em 1515); Assim, seria colocado no mesmo local e tempo que Jean Mouton e pouco depois de Antoine de Févin. Adicionalmente, um documento descreve-o como sacerdote da diocese de Meaux e associa-o também à Catedral de Tours; também o menciona como cantor na Capela Real francesa entre 1517 e 1518. A segunda teoria associa-o com um grupo de compositores ativos em Cambraia, visto que a sua música surge em manuscritos da zona. Possivelmente ambas as teorias estão corretas, e ele esteve, de facto, ativo em Paris nas primeiras décadas do século XVI e só depois em Cambraia.

Música e influência[editar | editar código-fonte]

Gascongne escreveu missas, motetes e chansons. Nove missas têm-lhe sido atribuídas, mas nem todas subsistem de forma completa. Dos seus motetes, dois são versões de magnificat. As suas chansons foram famosas; Gascongne têm sido chamado, juntamente com Antoine de Févin, o inventor da chanson rustique parisiense. Adrian Willaert, o fundador da escola veneziana de música, também tinha elevada consideração por Gascongne, dizendo que estava ao nível de Josquin des Prez, Johannes Ockeghem e Jean Mouton (seu próprio mestre). A maioria da sua música sacra é destinada à interpretação a cappella em quatro vozes; Utilizou como fontes chansons de Pierre de la Rue, Jean Mouton e Josquin des Prez. As suas chansons são principalmente para três vozes, mas existem numerosos trabalhos que lhe são atribuídos numa fonte mas a outro compositor noutros documentos (Mouton é um competidor comum pela atribuição). Estilisticamente, a sua música é representativa da música francesa do início do século XVI, com uma polifonia suave e equilibrada e penetrante imitação.

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Lawrence Bernstein, Cantus Firmus in the French Chanson for Two or Three Voices, 1500-1550. Ph.D. dissertation, New York University, 1969.

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Artigo "Mathieu Gascongne," em The New Grove Dictionary of Music and Musicians, ed. Stanley Sadie. 20 vol. Londres, Macmillan Publishers Ltd., 1980. ISBN 1-56159-174-2
  • Gustave Reese, Music in the Renaissance. Nova Iorque, W.W. Norton & Co., 1954. ISBN 0-393-09530-4
  • Peter Gram Swing: "Mathieu Gascongne", Grove Music Online ed. L. Macy (Accessed November 14, 2005), (acesso por subscrição)

Gravações[editar | editar código-fonte]

  • Capilla Flamenca, The A-La-Mi-Re Manuscripts, Flemish Polyphonic Treasures for Charles V. Naxos CD 8.554744. Contêm uma porção da sua Missa Myn hert.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]