Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição

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Matriz de
Nossa Senhora da Imaculada Conceição
Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição
Vista da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição
Construção 1670-1673
Diocese Diocese de Janaúba
Geografia
País Brasil
Coordenadas 14° 51' 18" S 43° 55' 19" O

A Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, é um templo católico, histórico e localizado no município de Matias Cardoso, no norte de Minas Gerais, no Brasil. Com 33 metros de comprimento, 20 metros de largura e com duas torres de 20 metros de altura, a matriz está situada na Praça Cônego Maurício, no centro da cidade, a 300 metros da margem direita do Rio São Francisco. A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição é a igreja mais antiga do estado de Minas Gerais.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Altar da Igreja de Nossa Senhora da Conceição.

Foi erguida entre 1670 e 1673 [2] e provavelmente a construção mais antiga do Estado que ainda se encontra de pé, com pedra fundamental datando da época do desbravamento dos bandeirantes no atual território mineiro, anterior ao ciclo do ouro e da criação da Capitania de São Paulo e Minas D’Ouro.[3][4] A construção da matriz teve suas origens nas expedições de bandeiras da nova leva de desbravadores oriundos de São Paulo que, além de se dedicarem à agricultura e à pecuária, buscavam também escravos índios e acabaram se fixando naquela região do Norte de Minas, próximo à divisa com a Bahia.[5] Entre estes desbravadores, Mathias Cardoso de Almeida, um bandeirante de origem portuguesa radicado em São Paulo, contratado pelo governo da Capitania Bahia para combater os povos indígenas e os negros aquilombados que ameaçavam invadir as plantações de cana-de-açúcar e os pastos de criação de gado. Em 1660, o grupo de Mathias Cardoso se estabeleceu na região, fundando alguns arraiais, fazendas e o povoado de Morrinhos, onde hoje se situa a sede do município de Matias Cardoso. O lucrativo comércio de gêneros alimentícios com a cidade de Salvador e a existência de um caminho ligando o povoado à cidade baiana, além da criação de gado e da pacificação da área, proporcionou enriquecimento ao povoado de Morrinhos, que construiu uma igreja de grandes dimensões para a época, dedicada à Nossa Senhora da Conceição.[6]

Patrimônio Histórico[editar | editar código-fonte]

Igreja de Nossa Senhora da Conceição após restauração.

Em 1954, a matriz foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.[7] No seu interior, imagens portuguesas esculpidas em madeira policromada do século XVII, como as de Sant'Anna Mestra, Nossa Senhora de Bonsucesso e São Miguel, decoravam o altar. Em 13 de agosto de 2008, estas imagens foram furtadas da igreja, sendo que o trabalho de recuperação das imagens, não encontradas até o momento, envolve a participação da Polícia Federal e da Interpol.[8][9]

Referências

  1. «N.Sra. da Conceição – Matias Cardoso». Diocese de Janaúba. Consultado em 9 de janeiro de 2019 
  2. «Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 9 de janeiro de 2019 
  3. «História de Minas Gerais». Guia Geográfico Minas Gerais. Consultado em 9 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 14 de abril de 2011 
  4. «A História deMinas Gerais». Portal Topgyn. Arquivado do original em 11 de maio de 2008 
  5. «História de Minas Gerais». Ache Tudo e Região. Consultado em 9 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 16 de fevereiro de 2004 
  6. João Batista de Almeida Costa. «Os Berços de Minas Gerais». Prefeitura de Matias Cardoso. Consultado em 9 de março de 2013. Arquivado do original em 6 de julho de 2011 
  7. «Igreja mais antiga de Minas sob risco de ser interditada». Itacarambi Online. Arquivado do original em 17 de abril de 2012 
  8. «Imagens sacras do século XVII são furtados». Jornal de Brasília. 6 de agosto de 2008. Consultado em 9 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 9 de janeiro de 2019 
  9. Eduardo Kattah (5 de agosto de 2008). «Três imagens sacras são roubadas no interior de Minas». Estadão. Cópia arquivada em 7 de março de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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