Miguel de Zalba

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Miguel de Zalba
Cardeal da Santa Igreja Romana
Bispo de Pamplona
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Pamplona
Nomeação 25 de maio de 1406
Predecessor Martín de Zalba
Sucessor Sancho Sánchiz de Oteiza
Mandato 1406
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal 25 de maio de 1406
Cardinalato
Criação 9 de maio de 1404
por Papa de Avinhão Bento XIII
Ordem Cardeal-diácono
Título São Jorge em Velabro
Dados pessoais
Nascimento Pamplona
ca. 1374
Morte Mônaco
24 de agosto de 1406 (32 anos)
Nacionalidade navarro
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Miguel de Zalba[nota 1] (Pamplona, cerca de 1374 – Mônaco, 24 de agosto de 1406) foi um pseudocardeal navarro da Igreja Católica, que foi bispo de Pamplona.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Natural de Pamplona, Miguel seguiria os passos do tio, Martín de Zalba, também bispo e cardeal de Pamplona, que morreu em 28 de outubro de 1403. Em 1386 já era bacharel em decretos e gozava de dois priorados (na Espanha e na França) e dois benefícios (Peralta e Falces). Um ano antes de receber a dignidade episcopal, obteve o doutorado em utroque iure, tanto em direito canônico como civil, na Universidade de Bolonha.[1][2]

Foi cônego do capítulo da catedral de Segóvia em 1390. Quatro anos depois, em 1394, foi cônego dos capítulos das catedrais de Tudela, Segóvia e Calahorra, racionero de Peralta e pároco de Sara. Também foi professor de direito na Universidade de Avinhão.[1]

Foi criado cardeal pelo Papa de Avinhão Bento XIII no Consistório de 9 de maio de 1404, em Avinhão, recebendo o título de cardeal-diácono de São Jorge em Velabro. Nessa ocasião, Bento XIII concedeu-lhe os benefícios que estavam vagos por causa da morte de seu tio, sendo também o administrador apostólico de Pamplona.[1][3]

Apesar de ser o chefe da sé de Pamplona, Miguel optou por permanecer próximo do Papa, delegando suas funções a dois vigários gerais: o arquidiácono da mesa, seu homônimo Miguel de Zalba, e o arquidiácono de Valdonsella, García de Aibar. Esta ausência poderia ter sido uma fonte de atrito com os reis de Navarra; no entanto, as relações não poderiam ter sido mais cordiais. De fato, o próprio Miguel contribuiu com 1500 florins para as despesas da viagem que Carlos III empreendeu em 1404 à França a fim de resolver seus assuntos patrimoniais, ocasião em que pediu ao Papa a categoria de sé metropolitana para Pamplona. O projeto não foi realizado, dadas as circunstâncias do cisma.[2]

Com a sé vacante de Pamplona, o monarca navarro Carlos III optou pela candidatura de seu filho bastardo Lancelotus de Navarra, notário apostólico, arquidiácono de Calahorra e sacristão de Vic e que mais tarde se tornaria Patriarca latino de Alexandria, embora Bento XIII tenha finalmente optado por conceder a mitra a Miguel de Zalba. Assim, foi eleito bispo de Pamplona, sucedendo seu tio, em 25 de maio de 1406.[1][2][3]

Ele era o único cardeal que acompanhava o Papa Bento XIII em sua viagem à Itália (1405-1406), que precisou ser modificada diante das notícias que chegaram em relação à pandemia na costa franco-italiana. Acabou por morrer quando estava em Mônaco, em 24 de agosto de 1406. O seu corpo foi transportado para Nice e sepultado na igreja de Saint Franc e mais tarde, seus restos mortais foram transferidos para o Mosteiro Cartuxo de Sainte-Marie de Bon Pas, em Avinhão e enterrado ao lado do túmulo de seu tio.[1][2]

Referências

  1. a b c d e The Cardinals of the Holy Roman Church
  2. a b c d Diccionario biográfico español
  3. a b Catholic Hierarchy

Notas

  1. Também conhecido como Miguel de Salva, Miguel Salba, além de ter o sobrenome gravado como Salegiis.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Galeotto Tarlati da Petramala
Cardeal
Cardeal-diácono de
São Jorge em Velabro

14041406
Em oposição a Oddone Colonna
Sucedido por
Carlos Jordán de Urriés
Precedido por
Martín de Zalba
Brasão episcopal
Bispo de Pamplona

1406
(de 1404 a 1406, como administrador apostólico)
Sucedido por
Sancho Sánchiz de Oteiza