Milton Parron

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Milton Parron
Nome completo Milton Parron Villega
Pseudônimo(s) Milton Parron
Nascimento 21 de outubro de 1941 (82 anos)
Araçoiaba da Serra, São Paulo
Residência São Paulo
Nacionalidade brasileira
Ocupação jornalista
radialista
Página oficial
https://miltonparron.band.uol.com.br/

Milton Parron Villega[1] (Araçoiaba da Serra, 21 de outubro de 1941[2]) é um jornalista e radialista brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Trabalhou na Rádio Jovem Pan por cerca de 30 anos, onde esteve desde 1959.[1] Foi autor de memoráveis reportagens investigativas, tendo sido agraciado com vários prêmios, entre os quais três Roquette Pinto, em 1966, 1968 e 1969.[2]Também três APCA - 1991, 1999 e 2012 - CNT Nacional de em 1995, um Esso em 1974 e dois Sanyos de jornalismo radiofônico.

Integrou a equipe de reportagem da Jovem Pan e TV Record comandada pelo jornalista Fernando Vieira de Mello.[2]

Em 1969 ficou conhecido nacionalmente por inocentar, com suas reportagens, o pai do menino Carlos Ramires, de 10 anos, que tinha sido preso acusado de ter arquitetado o sequestro do próprio filho. Sua soltura ocorreu 8 horas após a matéria ter ido ao ar, tendo sido, na ocasião, exonerado o secretário de Segurança Pública do Estado do Rio e afastado das funções o delegado de Duque de Caxias responsável pela prisão de João Mello da Costa, o pai de Carlinhos. Também foi o único reporter que entrevistou no próprio xadrez do 3° DP de SP o criminoso Chico Picadinho,[3] que ocupava há semanas as manchetes dos jornais por ter esquartejado uma enfermeira na rua Aurora em 1966. Realizou matérias denúnciando, após as devidas análises que mandou fazer, a má qualidade das águas minerais, do leite, da carne, dos embutidos, também da falta de segurança dos botijões de gás que não eram requalificados, revelou a indústria dos atestados de óbito para obtenção do seguro DPVAT e, ainda, descobriu preços superfaturados no oxigênio hospitalar vendido aos hospitais públicos pelas três empresas que dominavam o mercado, entre outros. Todas as denúncias resultaram em leis, portarias e quebra de contratos para corrigir as distorções. Em 1974 transmitiu durante 8 horas praticamente ininterruptas o incêndio no edifício Joelma tornando-se uma referência em transmissões ao vivo de eventos dessa natureza o que lhe valeu vários diplomas e medalhas e centenas de convites que ainda recebe para fazer palestras sobre aquela cobertura jornalística que marcou o rádio de São Paulo. Entrevistou em 50 anos de carreira grandes personalidades artísticas, políticas, esportivas e científicas do planeta, entre as quais, Sophia Loren, Gina Lollobrígida, Pedro Vargas, Cantinflas, Charles De Gaulle, Albert Sabin, Pelé, madre Thereza de Calcutá, padre Pedro Arrupe, Superior dos Jesuitas, dona Maria dos Anjos, irmã da pastorinha Lúcia, que estava em meio a multidão que assisitiu á última aparição de N.S. Fátima, Vittório Di Sicca, toureiro Manoel Benitez (El Cordobés), Sarita Montiel, Amália Rodrigues, Elis Regina, Jair Rodrigues, Orlando Silva, Vicente Celestino, Roberto Carlos, Marta Rocha, Ayrton Senna, Juan Manuel Fangio, Carlos Monzon.

Foi contratado pela Rádio Bandeirantes em 1994. Além de reportagens, apresentou na emissora os programas Balanço Geral, entre 1997 e 2000 e Ciranda da Cidade entre 2000 e 2015. [3] Também na década de 1990, por 23 anos, esteve na Rádio USP.[3] Na emissora, além de reportagens, apresentou o Jornal da USP e o programa "Memória", tendo chefiado o departamento de jornalismo da emissora nos últimos 11 anos em que esteve na mesma, onde por força estatutária foi aposentado em 2011. Recebeu o Prêmio APCA em 1991, 1999 e 2012. [4] Também foi vencedor dos prêmios Esso e duas vezes o Sanyo de Jornalismo[2][5] além de conquistar Prêmio Nacional CNT de Rádio em sua primeira edição. Condecorado com a Medalha do Pacificador concedida pelo Exército, Imortal do Rádio pela Assembleia Legislativa de SP, Medalha Anchieta e Título de Gratidão da Cidade de São Paulo, ambos pela Câmara Municipal paulistana, Menção Honrosa concedida pelo Corpo de Bombeiros por sua atuação como jornalista nos incêndios dos edifícios Andrauss e Joelma e no gasoduto da Petrobrás na baixada santista, entre outros.

Milton Parron prossegue como diretor do Centro de Documentação e Memória da Rádio Bandeirantes[6][2] e na mesma emissora continua produzindo e apresentando o programa "Memória", por ele mesmo criado em 1982 ainda na Jovem Pan, e atualmente um dos programas mais acessados no Podcast da Band[2].

Referências

  1. a b «Câmara Municipal de São Paulo» (PDF). Consultado em 1 de dezembro de 2022 
  2. a b c d e f «MILTON PARRON». Museu da TV, Rádio & Cinema. Consultado em 1 de dezembro de 2022 
  3. a b c «tudoradio.com - Milton Parron deixa bancada do "Ciranda da Cidade" na Rádio Bandeirantes - Rádio News». tudoradio.com. Consultado em 1 de dezembro de 2022 
  4. «UOL - Folha Online - Veja lista completa dos vencedores da APCA 29/03/2000 13h32». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de dezembro de 2022 
  5. «Amanhã, o troféu Sanyo de Rádio para Gabrielleschi». A Tribuna (SP). 28 de setembro de 1980. Consultado em 1 de dezembro de 2022 
  6. «Milton Parron lança projeto para celebrar 85 anos da Rádio Bandeirantes». www.band.uol.com.br. Consultado em 1 de dezembro de 2022