Minoo Khaleghi

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Minoo Khaleghi
Minoo Khaleghi
Nascimento 1985
Isfahan
Cidadania Irã
Alma mater
  • University of Isfahan
  • Universidade Islâmica Azad
Ocupação política, advogada

Minoo Khaleghi (em persa: مینو خالقی; nascida em 1985, em Isfahan) é uma jurista e ativista reformista iraniana.[1] Nas eleições parlamentares de 2016, Minoo Khaleghi conquistou um assento, no entanto, ela foi desclassificada pelo Conselho dos Guardiães após a eleição.[2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Minoo Khaleghi nasceu em 1985, em Isfahan. Ela vem de uma família bem conhecida, cujo tio - Nasser Khaleghi - serviu no gabinete do presidente Mohammad Khatami.[4] Formada em Direito pela Universidade de Isfahan e pós-graduada em Direito Islâmico pela Universidade Allameh Tabataba'i, Minoo Khaleghi é PhD em Ciência e Investigação pela Universidade Islâmica Azad. Seus campos de pesquisa incluem o Direito Público e o Direito à Comunicação. Ela tem sido uma jornalista na mídia local e ativista em organizações não-governamentais locais, com foco nos direitos das mulheres e ambientalismo. Minoo Khaleghi é também membro do "Comitê de recursos naturais e mudanças climáticas" e da Câmara de Comércio, Indústrias, Minas e Agricultura de Isfahan.[5]

Eleição legislativa de 2016[editar | editar código-fonte]

Como uma candidata autodeclarada moderada-reformista, ela recebeu a terceira maior votação na região de Isfahan e foi eleita como membro do parlamento. Em uma entrevista com o Financial Times, Minoo Khaleghi afirmou que seu objetivo é "lutar pelos direitos das mulheres que chefiam famílias e aumentar o apoio que recebem da lei".[6]

Desqualificação[editar | editar código-fonte]

Em 20 de março de 2016, o último dia do Noruz, de acordo com o calendário iraniano, o Conselho de Guardiães decidiu que Minoo Khaleghi não poderia tomar seu assento porque seus votos são "nulos e sem efeito", e não deu uma razão para a decisão.[4] Em uma carta aberta, Khaleghi disse que não tinha encontrado nenhum membro do conselho nos dias antes ou após a eleição, e ela rejeitou "rumores sem limites", que questionaram a sua "dignidade e caráter", como uma muçulmana.[6] De acordo com rumores cotados em múltiplas fontes iranianas, ela foi desqualificada por causa de uma suposta foto onde ela é vista sem o uso do hijab, o conjunto de vestimentas preconizado pela doutrina islâmica, que permite a privacidade, a modéstia e a moralidade, ou ainda "o véu que separa o homem de Deus".[4]

Referências

  1. (em inglês). Iran bars female MP for 'shaking hands with unrelated man': Reformist politician Minoo Khaleghi denies the handshake, which would be illegal under country’s Islamic law. 15 de abril de 2016 http://www.theguardian.com/world/2016/apr/15/iran-bars-female-mp-for-shaking-hands-with-unrelated-man. Consultado em 17 de maio de 2016  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  2. THOMAS ERDBRINK (11 de maio de 2016). «She Won a Seat in Iran's Parliament, but Hard-Liners Had Other Plans» (em inglês). The New York Times. Consultado em 17 de maio de 2016 
  3. Harriet Sinclair (12 de maio de 2016). «Female Iranian MP sacked from parliament 'for taking her veil off on holiday'» (em inglês). International Business Times. Consultado em 17 de maio de 2016 
  4. a b c Mehrnaz Samimi (6 de abril de 2016). «Guardian Council to Elected MP, "No Seat For you!» (em inglês). Atlantic Council. Consultado em 6 de abril de 2016 
  5. «سوابق و زندگینامه نمایندگان اصفهان در مجلس دهم» (em persa). Esfahan Emrooz. 28 de fevereiro de 2016. Consultado em 21 de março de 2016 
  6. a b «Top Iran Council Challenges Rouhani With Lawmaker Rejection» (em inglês). Bloomberg L.P. 26 de março de 2016. Consultado em 26 de março de 2016. Arquivado do original em 8 de abril de 2016