Mirabeau (compositor)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mirabeau
Informação geral
Nome completo Mirabeau Pinheiro
Nascimento 31 de julho de 1924
Local de nascimento Alegre, Espírito Santo
Morte 7 de outubro de 1991 (67 anos)
Local de morte Niterói, Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s) MPB
Ocupação(ões) Compositor e baterista
Instrumento(s) Bateria
Gravadora(s) Copacabana

Mirabeau Pinheiro, mais conhecido como apenas Mirabeau (Alegre, 31 de julho de 1924Niterói, 7 de outubro de 1991) foi um baterista e compositor brasileiro.[1] Filho de um músico, mudou-se com a família para Niterói ainda criança. Começou a compor quando atuava como baterista em boates do Rio e de Niterói. Foi casado por cinco anos com a cantora fluminense Carmen Costa, com quem teve sua única filha, Silésia Madriaga Pinheiro.[1] A parceria foi além da vida afetiva, e se consolidou na vida profissional, quando sua esposa gravou 33 músicas de sua autoria.[2]

Dentre seus grandes sucessos, gravados principalmente nos anos 1950, destacam-se a marcha "Cachaça" ("Você pensa que cachaça é água..."), em parceria com Lúcio de Castro, Héber Lobato e Marinósio Filho, gravada em 1953, por Carmen Costa e Colé, na Copacabana. Na época, os autores da melodia foram acusados de plagiar a música "Pierrot Apaixonado", de Joubert de Carvalho.[3] Posteriormente, entretanto, a autoria foi reivindicada por Marinósio Filho, que acabou entrando em acordo com os Mirabeau, Castro e Lobato, ficando os direitos autorais divididos entre os quatro.[4]

Em 1955, foi gravada a sua marcha (parceria com Ayrton Amorim) "Tem nego bebo aí", também por Carmen Costa, na mesma gravadora. "Jarro da saudade" (parceria com Daniel Barbosa e Geraldo Blota) foi o sucesso de meio-de-ano de 1955 ("Iaiá, cadê o jarro? O jarro em que eu plantei a flor? Eu vou te contar o caso. Eu quebrei o jarro e matei a flor"). Em 1956, foi gravado o seu samba "Obsessão" ("Você roubou meu sossego. Você roubou minha paz. Com você eu vivo a sofrer. Sem você vou sofrer muito mais"), posteriormente regravado por Clara Nunes. No mesmo ano, seu samba "Fala Mangueira", composto em parceria com Milton de Oliveira, foi lançado por Ângela Maria (posteriormente regravado por Elis Regina e Gal Costa), e a marcha "Turma do funil" ("Chegou a turma do funil. Todo o mundo bebe mas ninguém dorme no ponto. Ah, ah, ah, ah! Mas ninguém dorme no ponto. Nós é que bebemos, e eles que ficam tontos"), parceria com Milton de Oliveira e Urgel de Castro, foi primeiramente gravada pelos Vocalistas Tropicais, sempre pela Copacabana.[1] Posteriormente, a "Turma do funil" seria regravada por Miúcha e Tom Jobim.

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • Presidiário ( Copacabana, 1955) • LP

Referências

  1. a b c «Biografia no Cravo Albin». dicionariompb.com.br. Consultado em 18 de março de 2014 
  2. «Mirabeau Pinheiro». letras.com.br. Consultado em 18 de março de 2014 
  3. Marchinha Cachaça. Cachaça Vale Verde, 24 de abril de 2013.
  4. A polêmica da marchinha da cachaça. Por Fábio Luporini. Jornal de Londrina, 16 de fevereiro de 2011.


Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) compositor(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.