Mirour de l'Omme

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Túmulo de John Gower na Catedral de Southwark, Southwark, Londres, Inglaterra. Sua cabeça é apoiada por três livros: Vox Clamantis, Speculum Meditantis e Confessio Amantis, dos quais é o autor.

Mirour de l'Omme (lit. "espelho da humanidade") é um poema anglo-normando escrito por John Gower (Kent, c. 1330Southwark, 1408). Sendo seu tema principal a salvação do homem, evidências internas (sem menção ao rei Ricardo II de Inglaterra) sugerem que a composição da obra foi concluída antes de 1380. Foi descoberto um único manuscrito por George Campbell Macaulay na Biblioteca da Universidade de Cambridge.[1]

Enredo[editar | editar código-fonte]

A união entre Diabo e o pecado gera sete filhos: orgulho, inveja, ira, preguiça, avareza, gula e luxúria. A Razão e a Consciência são incapazes de salvar a humanidade de seus filhos e netos. No segundo terço de Mirour, Deus envia as sete Virtudes que possuem netos que se opõem às forças do Diabo. Grande parte no final do terço é um "teste extensivo da corrupção dos três estados da sociedade — igreja, estado e o trabalho". O arrependimento requer a intercessão da Virgem.[N 1][2]

Mérito literário[editar | editar código-fonte]

Macaulay afirmou: "seria um absurdo reivindicar o poema como de grande mérito literário, mas não deixaria de ser um tanto notável e interessante".[1] R. F. Yeager o comparou com as obras de Milton; "Mirour não é fácil de ler e tampouco de se apreciar". A magnitude e o ecletismo criativo de Gower tornam-se único.[2]

Notas

  1. A conclusão do poema foi perdida.

Referências

  1. a b G.C. Macaulay (ed.). «Introduction». The Complete Works of John Gower, Vol 1 The French Works (PDF). [S.l.: s.n.] p. xiii 
  2. a b Yeager, R. F. (2004). «John Gower's French». In: Siân Echard. A Companion to Gower. [S.l.]: D. S. Brewer. 286 páginas. ISBN 1 84384 000 6