Mitologia Zulu

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A mitologia Zulu contém inúmeras divindades, comumente associadas com animais ou classes gerais de fenômenos naturais.[1] Unkulunkulu é o mais alto Deus e é o criador da humanidade. Unkulunkulu ("o maior") foi criado em Uhlanga, um enorme pântano de juncos, antes de vir à Terra. Unkulunkulu é por vezes confundido com o pai do céu Umvelinqangi (que significa "Aquele que estava no início"), deus do trovão e terremotos. Outro nome dado para o ser supremo é uThixo.

Outras divindades incluem Mamlambo, a deusa dos rios, e Nokhubulwane, às vezes chamado de Zulu Deméter, que é uma deusa do arco-íris, agricultura, chuva e cerveja (que ela inventou).

Divindades e personagens míticos[editar | editar código-fonte]

  • Unkulunkulu - o criador da humanidade.[2]
  • Umvelingangi - deus do Céu, do trovão e terremotos.[2]
  • Chattily - raça de deuses que deram ao homem o dom da fala.[3]
  • Unwaba - camaleão mítico.[2]
  • Mamlambo - deusa dos rios.[2]
  • Mbaba Mwana Waresa ou Nomkhubulwane - deusa da fertilidade.[2]
  • Inkosazana - deusa da agricultura.[4]
  • Amadlozi - espíritos dos ancestrais Zulu.[4]

Cosmogonia e Antropogonia[editar | editar código-fonte]

Segundo a mitologia Zulu, no princípio, a Terra era só rocha, sem vida e em total escuridão. O deus Umvelingangi criou uma pequena semente e lançou à Terra. Esta semente caiu em terras pantanosas chamada Uthlanga. Da semente, brotou um grande junco, e deste junco caiu mais sementes no solo, cobrindo toda a Uthlanga. Deste primeiro junco, nasceu Unkulunkulu. Andando por Uthlanga, Unkulunkulu percebeu que nas pontas dos juncos brotavam outros homens e mulheres, animais, florestas e montanhas. Unkulunkulu começou a colhê-los. Colheu o sol e a lua, trazendo a luz para a Terra. Também colheu seres míticos, bons e ruins.[5]

Origem da morte[editar | editar código-fonte]

De uma das palhetas de Uthlanga, Unkulunkulu colheu o primeiro camaleão, e pediu para que entregasse uma mensagem aos homens, dizendo que seriam imortais. Mas esse camaleão era lento, e Unkulunkulu, impaciente, colheu um lagarto para levar uma outra mensagem, dizendo que os homens seriam mortais agora. O lagarto foi mais rápido que o camaleão.[5][6][7]

Dom da fala[editar | editar código-fonte]

Inicialmente não existia as palavras, os homens se comunicavam através da mente. Quando desejavam comer algo, era só pensar, e o alimento surgia de alguma maneira. Um dia os Chattily, uma raça de deuses ruins, chegaram na Terra em forma de bola de fogo; criaram a linguagem com uma grande variedade de línguas; e deram aos homens o dom da fala. Com as diversas línguas, os homens foram divididos em grupos, e cada grupo com ideias diferentes. Com isso, passaram a ter conflitos entre os grupos.[8]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Patricia Ann Lynch, Jeremy Roberts. African Mythology, A to Z Infobase Publishing, 2010 pg. 138

Referências

  1. Mitologia Zulu
  2. a b c d e «Arco-íris, moradia da deusa das águas na mitologia Zulu (África Austral)». Espaço Ciência Viva. Consultado em 8 de novembro de 2022 
  3. Sousa, Marcos Antônio De (11 de fevereiro de 2022). Deuses E Deusas. [S.l.]: Clube de Autores 
  4. a b Lynch, Patricia Ann; Roberts, Jeremy (2010). African Mythology, A to Z (em inglês). [S.l.]: Infobase Publishing 
  5. a b Baker, David. «Origin Story: Zulu (article)». Khan Academy (em inglês). Consultado em 8 de novembro de 2022 
  6. Ngobese, WRM. The continuity of life in Africa religion with reference to marriage and death among the Zulu people. Unisa Institutional Repository.
  7. Makhubo, Buyisile (30 de novembro de 2017). «Myths and superstitions about reptiles and amphibians». National Museum Publications (em inglês). Consultado em 8 de novembro de 2022 
  8. Bartlett, Sarah (2009). The Mythology Bible: The Definitive Guide to Legendary Tales (em inglês). [S.l.]: Sterling Publishing Company, Inc. 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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