Monarquia de Liechtenstein

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Príncipe-soberano de Liechtenstein
Monarquia

Brasão de Armas do Liechtenstein
Titular:
Hans-Adam II do Liechtenstein
Título: Sua Alteza Sereníssima
Herdeiro aparente: Alois de Liechtenstein
Primeiro monarca: Carlos I de Liechtenstein
Formação: 1608

O Liechtenstein é um estado democrático, uma monarquia constitucional, encabeçada actualmente pelo príncipe Hans Adam II, seguido pelo príncipe regente, Alois, seguido pelo primeiro-ministro Otmar Hasler.

Poder do Príncipe[editar | editar código-fonte]

Principado do Liechtenstein

Este artigo é parte da série:
Política e governo de
Liechtenstein



 · Atlas

Liechtenstein tem um parlamento de chamado Landtag, com 25 membros eleitos por voto popular. Cada serve um mandato de quatro anos. Os membros do Landtag escolhem um primeiro-ministro para liderar o governo. O príncipe deve aprovar sua escolha; ele também aprova os quatro administradores que o primeiro-ministro seleciona para formar um gabinete.

O príncipe de Liechtenstein tem o poder de demitir qualquer membro do governo ou o Landtag inteiro, e substituí-lo por um governo provisório. Ele pode vetar leis e nomeações judiciais, cancelar investigações governamentais, e conceder clemência a criminosos condenados.

Como tal, a monarquia de Liechtenstein tem maior poder do que qualquer outra na Europa de hoje. Os críticos descrevem-na como uma ditadura em potencial. Os defensores apontam que a família principesca esbanja sua grande riqueza do país e usam suas conexões de negócios internacionais para ajudar a tornar o principado próspero. Os cidadãos de Liechtenstein retêm o direito de abolir a monarquia, embora eles precisem de uma maioria de dois terços para fazê-lo.

História[editar | editar código-fonte]

A família vem do Castelo de Liechtenstein, na Baixa Áustria, que ela possuiu de 1140 até o século XIII e, novamente, de 1807 em diante. Ao longo do tempo, a dinastia adquiriu várias terras, predominantemente na Morávia, na Baixa Áustria, na Silésia e na Estíria. Contudo, muitos desses territórios estavam contidos em feudos de outros senhores feudais, particularmente de várias linhagens da Casa de Habsburgo, à qual muitos príncipes da Casa de Liechtenstein serviram como conselheiros. Consequentemente, não faziam parte do Reichstag.

Os Liechtenstein aspiraram bastante aos poderes que uma posição no governo imperial traria e, como resultado, buscaram somente propriedades com o Sacro Imperador Romano-Germânico como autoridade direta, sem suseranos intermediários. Em 1699, a família pôde adquirir o senhorio (em alemão: Herrschaft) de Schellenberg e, em 1712, o condado de Vaduz. As possessões foram compradas da família Hohenems e tinham exatamente o status político requerido pelos Liechtesntein.

No dia 23 de janeiro de 1719, Carlos VI, Sacro Imperador Romano-Germânico, decretou a unificação de Schellenberg e Vaduz e elevou toda a área à dignidade de principado (em alemão: Fürstentum), com o nome de "Liechtenstein", em honra da família soberana, na pessoa de Anton Florian de Liechtenstein (1656-1721). Com a dissolvição do Sacro Império Romano Germânico em 1806, o principado de Liechtenstein, em 12 de julho do mesmo ano, tornou-se independente, após o tratado de Pressburg, assinado pelo príncipe Johann I Josef.

A família, para além de soberana do principado, é dona do Liechtenstein Global Trust - LGT, um grupo bancário bilionário.

O atual príncipe soberano é Hans-Adam II.

Sucessão[editar | editar código-fonte]

O príncipe soberano Hans-Adam II do Liechtenstein.
A princesa consorte Marie de Liechtenstein.
O príncipe herdeiro Alois de Liechtenstein.
A Princesa Sophie de Liechtenstein, esposa do príncipe Alois.

A linha de sucessão ao trono liechtensteinense usa a primogenitura agnatícia. As leis do Liechtenstein permitem a linha de sucessão ao trono (que foram regulamentadas em 1606) seja feita por primogenitura agnática, ou seja, herdada pelo primogénito do sexo masculino, excluíndo totalmente as herdeiras do sexo feminino.

Linha de sucessão[editar | editar código-fonte]

Atual monarca: Hans-Adam II

  1. SAS o Príncipe Hereditário do Liechtenstein, filho do atual monarca.
  2. SAS Joseph Wenzel de Liechtenstein, filho do anterior.
  3. SAS Jorge do Liechtenstein, irmão do anterior.
  4. SAS Nicolau de Liechtenstein, irmão do anterior.
  5. SAS Maximiliano do Liechenstein, segundo filho do atual monarca.
  6. SAS Afonso do Liechtenstein, filho do anterior.
  7. SAS Constantino do Liechtenstein, filho mais novo do atual monarca.
  8. SAS Moritz do Liechtenstein, filho do anterior
  9. SAS Benedito do Liechtenstein, irmão do anterior.
  10. SAS Filipe Erasmus do Liechtenstein, irmão do atual monarca.
  11. SAS Alexandre do Liechtenstein, filho do anterior.
  12. SAS Wenzeslaus do Liechtenstein, irmão do anterior.
  13. SAS Rudolfo do Liechtenstein, irmão do anterior.
  14. SAS Nicolau do Liechtenstein, irmão do atual monarca.
  15. SAS José Emanuel do Liechtenstein, filho do anterior.

Títulos e Estilos[editar | editar código-fonte]

  • SAS o Príncipe-soberano
  • Duque de Troppau e Jägerndorff
  • Duque de Opava e Krnov
  • Conde de Rietberg

Príncipes Soberanos do Liechtenstein[editar | editar código-fonte]

Patrimônio[editar | editar código-fonte]

O príncipe Hans-Adam II é dono do grupo bancário Liechtenstein Global Trust - LGT, tendo uma fortuna pessoal estimada em mais de £2 bilhões ($3,9 bilhões). Ele também possui uma grande e valiosa coleção de arte, a qual é exibida ao público em museus em Vaduz, em Liechtenstein, e em Viena, na Áustria. Em dezembro de 2006, foi relatado que Hans-Adam II era um dos chefes de Estado mais ricos do mundo.

Residências Reais[editar | editar código-fonte]

A Família Principesca do Liechtenstein tem à sua disposição algumas residências, mas actualmnte reside no Castelo de Vaduz. O Castelo de Valtice costumava ser a principal residência da família até a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]