Monumento da Família Jafet

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Monumento da Família Jafet
Monumento da Família Jafet
Tipo tumba
Inauguração 1932 (92 anos)
Geografia
Coordenadas 23° 33' 1.66" S 46° 39' 27.83" O
Mapa
Localidade Cemitério da Consolação
Localização São Paulo - Brasil
Criador/Fabricante Marmoraria Pedro Porta

O Monumento da Família Jafet é um túmulo localizado no Cemitério da Consolação, na cidade brasileira de São Paulo. O monumento foi encomendado pela própria Família Jafet em memória do industrial Nami Jafet,[1] o mais velho de seis irmãos da família.[2] Trata-se de uma obra do escultor italiano Materno Giribaldi construída em bronze e granitos e que, após sua conclusão, foi tema de um livreto comemorativo editado pelo artista gráfico Elvino Pocai.[1] Tal obra recebeu o título de "Simbologia do Monumento da Família Jafet".[1] A obra contém diversos corpos apresentando nudez, esta por sua vez associada ao lirismo e sensualidade, combinando elementos simbolistas e do art nouveau.[3]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Encomenda e fundição[editar | editar código-fonte]

Em 1925, ano em que chegou ao Brasil, desembarcando no Porto de Santos, o escultor italiano Materno Giribaldi foi contratado para a criação do monumento em memória de Nami Jafet.[1] Em janeiro daquele ano, a viúva do industrial havia adquirido os terrenos destinados a este fim no Cemitério da Consolação.[1] Desse modo, Giribaldi pode inicar a modelagem em barro, a partir da maquete em gesso, em um ateliê construído especialmente para a realização da obra, no interior da fábrica Fiação Tecelagem e Estamparia Ypiranga “Jafet”.[1] Pouco depois, o projeto foi interrompido em razão de uma disputa relativa aos terrenos no cemitério.[1] Após cerca de 4 anos de entraves devido a problemas na conceções dos lotes no cemitério, em agosto de 1931, Julio Paperetti foi contratado para dar início à fundição em bronze do monumento, empregando uma equipe de operários gerenciada em parceria com Giribaldi.[1] Para o retoque e finalização dos modelos em gesso, assim como para a modelagem dos elementos do interior da capela, sabe-se que Giribaldi foi auxiliado por seu aprendiz, Ernesto Portante, que também fora seu aluno no Liceu de Artes e Ofícios.[1]

Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h i Catelli, Eva Pralon (2021). «Materno Giribaldi e o Monumento da Família Jafet: antecedentes e processo de elaboração (1925-1932)». Universidade Estadual de Campinas. Revista de História da Arte e da Cultura. v.2, n.1: pp. 221-240. ISSN 2675-9829. doi:10.20396/rhac.v2i1.15083. Consultado em 16 de janeiro de 2023 
  2. «Revista Portfolio | Família Jafet mantém tradição e comemora 130 anos de imigração». Revista Portfolio. Consultado em 16 de janeiro de 2023 
  3. Carneiro, Maristela (2016). Desnudando a masculinidade: representações de nudez e seminudez na estatuária funerária paulistana (1920-1950) (PDF). Goiânia: Universidade Federal de Goiás 

Leituras adicionais[editar | editar código-fonte]

  • CATELLI, Eva Pralon. Materno Giribaldi e o Monumento da Família Jafet: antecedentes e processo de elaboração (1925-1932), in: Revista de História da Arte e da Cultura, Campinas SP, v.2, n.1, jan-jun 2021.