Morpho athena

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Segundo Luíz Soledade Otero, seu catalogador, a espécie M. athena é semelhante a M. epistrophus (foto).[1]
Segundo Luíz Soledade Otero, seu catalogador, a espécie M. athena é semelhante a M. epistrophus (foto).[1]
Serra do Mar, na região de Petrópolis (Rio de Janeiro). Um dos habitats de M. athena. Esta espécie chega até Campos do Jordão, em São Paulo, em florestas acima de 800 metros.[2]
Serra do Mar, na região de Petrópolis (Rio de Janeiro). Um dos habitats de M. athena. Esta espécie chega até Campos do Jordão, em São Paulo, em florestas acima de 800 metros.[2]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Rafinesque, 1815
Subfamília: Satyrinae[3][4]
Género: Morpho
Fabricius, 1807[5]
Espécie: M. athena
Nome binomial
Morpho athena
Otero, 1966[5]
A lagarta de M. athena vive gregariamente. Segundo Otero, elas permanecerão juntas na ponta de galhos de várias espécies de árvores, preferindo o Ingá.[1]
Sinónimos
Morpho iphitus C. & R. Felder, 1867[6]
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Morpho athena é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae, subfamília Satyrinae[4] e tribo Morphini[3], endêmica da região sudeste do Brasil (Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo) em altitudes acima de 800 metros. Foi descrita em 1966 por Luiz Soledade Otero a partir de material coletado em Teresópolis (Rio de Janeiro).[5][2] Visto por cima, o padrão básico da espécie (macho) apresenta asas translúcidas de coloração azul pálido com as pontas das asas anteriores de coloração enegrecida e com desenhos característicos de mesma tonalidade em sua superfície, semelhantes aos encontrados em Morpho epistrophus (Fabricius, 1796).[1][7][8] Vista por baixo, apresenta asas de igual coloração, onde se destaca uma sequência de seis ocelos com anéis de coloração amarela nas asas posteriores. Estes ocelos são pouco desenvolvidos, chegando a formar uma linha no verso das asas.[7][9] O dimorfismo sexual é acentuado, com as fêmeas maiores e menos frequentes. Em seu estudo, Otero (1966) separou M. athena da espécie de baixada, M. epistrophus (na época classificada com o nome de Morpho laertes), por encontrar diferenças nos ovos e lagartas.[2] Estas últimas são de coloração avermelhada, em grupos de até cinquenta na ponta de árvores de Ingá[1], diferindo de epistrophus apenas por não haver ocelos sobre a linha branca que está em seu dorso.[carece de fontes?] Crisálida de coloração verde.[10]

Hábitos[editar | editar código-fonte]

Adrian Hoskins cita que a maioria das espécies de Morpho, quando adultas, passa as manhãs patrulhando trilhas ao longo dos cursos de córregos e rios. Nas tardes quentes e ensolaradas, às vezes, podem ser encontradas absorvendo a umidade da areia, visitando seiva a correr de troncos ou alimentando-se de frutos em fermentação.[11] Segundo Otero, M. athena voa de março a abril na região serrana do Rio de Janeiro.[1]

Nomenclatura[editar | editar código-fonte]

O seguinte nome vernáculo é citado para esta espécie: "Azulão branco".[10]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

De acordo com o professor Patrick Blandin (2007), a denominação científica de M. athena passou a ser M. iphitus (C. Felder & R. Felder, 1867).[6]

Referências

  1. a b c d e OTERO, Luiz Soledade; MARIGO, Luiz Claudio (1990). Borboletas. Beleza e comportamento de espécies brasileiras 1ª ed. [S.l.]: Marigo Comunicação Visual. p. 72/73. 128 páginas. ISBN 85-85352-01-9 
  2. a b c José Fernando Pacheco; Claudia Bauer (dezembro de 1995). «Predação de Morpho athena (Lepidoptera: Nymphalidae) por Falco femoralis (Falconiformes: Falconidae) no Rio de Janeiro, Brasil». Ararajuba – Revista brasileira de ornitologia. 1 páginas. Consultado em 3 de julho de 2015 
  3. a b «Morphinae» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 3 de julho de 2015 
  4. a b M. A. Marín; C. Peña; A. V. L. Freitas; N. Wahlberg; S. I. Uribe (2011). «From the phylogeny of the Satyrinae butterflies to the systematics of Euptychiina (Lepidoptera: Nymphalidae): history, progress and prospects» (em inglês). Neotropical Entomology (Scielo.br). 1 páginas. Consultado em 3 de julho de 2015 
  5. a b c «Morpho» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 3 de julho de 2015 
  6. a b BLANDIN, Patrick (2007). The Systematics of the Genus Morpho, Fabricius, 1807 (Lepidoptera, Nymphalidae, Morphinae) (em inglês) 1ª ed. Canterbury: Hillside Books. 277 páginas 
  7. a b «Morpho athena Otero, 1966 macho» (em inglês). Lepidoptera brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 3 de julho de 2015 
  8. Gerardo Lamas. «Morpho athena Otero, 1966 - macho, vista superior» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 3 de julho de 2015 
  9. Gerardo Lamas. «Morpho athena Otero, 1966 - macho, vista inferior» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 3 de julho de 2015 
  10. a b Sidnei Recco. «Casulo de "Azulão branco" (Morpho athena. Panoramio. 1 páginas. Consultado em 3 de julho de 2015 
  11. Adrian Hoskins. «Sickle-winged Morpho - Morpho rhetenor cacica (Staudinger, 1876)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 3 de julho de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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