Morpho hercules

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaMorpho hercules
M. hercules (macho), vista superior.
M. hercules (macho), vista superior.
M. hercules (nomeada diadema) é a terceira ilustração em ordem de leitura nesta gravura de 1924 (apenas a asa esquerda).[1]
M. hercules (nomeada diadema) é a terceira ilustração em ordem de leitura nesta gravura de 1924 (apenas a asa esquerda).[1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Rafinesque, 1815
Subfamília: Satyrinae[2][3]
Género: Morpho
Fabricius, 1807[4]
Espécie: M. hercules
Nome binomial
Morpho hercules
(Dalman, 1823)[4]
Sinónimos
Papilio hercules Dalman, 1823
lphimedeia hercules Dalman, 1823
Morpho penelope Weber, 1963[4][5]
Wikispecies
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Morpho hercules é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae, subfamília Satyrinae[3] e tribo Morphini,[2] descrita em 1823 e nativa do Brasil (Minas Gerais, Espírito Santo,[6] Rio de Janeiro, São Paulo[7] e Santa Catarina[8]) e do Paraguai.[4] Visto por cima, o padrão básico da espécie (macho) apresenta asas de coloração castanho olivácea com duas fileiras de marcações amareladas próximas à margem das asas anteriores e posteriores.[1][9] Vista por baixo, possui asas de coloração castanha com geralmente seis ocelos em cada par (anterior e posterior - dois na asa anterior e quatro na posterior) de asas.[10][9][11] O dimorfismo sexual é pouco acentuado,[12] com as fêmeas menos frequentes.[13][9] O zoólogo Eurico Santos cita o nome vernáculo de "Boia" para esta espécie, dizendo que a envergadura no macho é de 15 a 17 centímetros e na fêmea é de 17.5 a 18.5 centímetros.[14][15] Suas lagartas se alimentam de plantas do gênero Abuta (Menispermaceae).[16]

Hábitos[editar | editar código-fonte]

Adrian Hoskins cita que a maioria das espécies de Morpho passa as manhãs patrulhando trilhas ao longo dos cursos de córregos e rios. Nas tardes quentes e ensolaradas, às vezes, podem ser encontradas absorvendo a umidade da areia, visitando seiva a correr de troncos ou alimentando-se de frutos em fermentação.[17][18] Eurico Santos afirma que nas florestas da Tijuca e Corcovado M. hercules aparece do fim de janeiro a fim de abril, mas principalmente do fim de fevereiro até março, voando a grande altura.[14]

Referências

  1. Adalbert Seitz ed. (1924). «The Macrolepidoptera of the world; a systematic description of the hitherto known Macrolepidoptera Volume V: The American Rhopalocera. Stuttgart 1924 - Page 6 - (MORPHO)» (em inglês). Biodiversity Heritage Library. 1 páginas. Consultado em 14 de julho de 2015 
  2. a b «Morphinae» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 14 de julho de 2015 
  3. a b M. A. Marín; C. Peña; A. V. L. Freitas; N. Wahlberg; S. I. Uribe (2011). «From the phylogeny of the Satyrinae butterflies to the systematics of Euptychiina (Lepidoptera: Nymphalidae): history, progress and prospects» (em inglês). Neotropical Entomology (Scielo.br). 1 páginas. Consultado em 14 de julho de 2015 
  4. a b c d «Morpho» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 14 de julho de 2015 
  5. Olaf H. H. Mielke; Mirna M. Casagrande (1998). «Sobre os tipos de Lepidoptera depositados em museus brasileiros. XXIII. Papilionidae, Pieridae e Nymphalidae (Morphinae, Nymphalinae) descritos por J. F. Zikán (suplemento) e Apatelodidae descritos por M. Draudt» (PDF). Revista Brasileira de Zoologia. 15 (4) (Scielo.br). pp. 1069–1074. Consultado em 14 de julho de 2015 
  6. Keith S. Brown Jr.; André V. L. Freitas (Junho de 2000). «Diversidade de Lepidoptera em Santa Teresa, Espírito Santo» (PDF). Boletim do museu de biologia Mello Leitão. Número 11/12. (Instituto Nacional da Mata Atlântica). pp. 71–118. Consultado em 15 de julho de 2015. Arquivado do original (PDF) em 15 de julho de 2015 
  7. Ronaldo Bastos Francini; Marcelo Duarte; Olaf Hermann Hendrik Mielke; Astrid Caldas; André Victor Lucci Freitas (2011). «Butterflies (Lepidoptera, Papilionoidea and Hesperioidea) of the "Baixada Santista" region, coastal São Paulo, southeastern Brazil» (PDF) (em inglês). Revista Brasileira de Entomologia. Volume 55, número 1. São Paulo (USP). pp. 55–68. Consultado em 14 de julho de 2015 
  8. M. Piovesan; E. Orlandin; M. A. Favretto; E. B. Santos (24 de agosto de 2014). «Contribuição para o conhecimento da lepidopterofauna de Santa Catarina, Brasil». Scientia Plena. Volume 10, número 9. pp. 01–32. Consultado em 14 de julho de 2015 
  9. a b c «Morpho hercules (Dalman, 1823)» (em inglês). Lepidoptera brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 14 de julho de 2015 
  10. Gerardo Lamas. «Morpho hercules (Dalman, 1823); macho, vista inferior» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 14 de julho de 2015 
  11. Douglas Rocha (2 de outubro de 2013). «Nymphalidae - Morpho hercules / borboletas e mariposas de Caratinga» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 14 de julho de 2015 
  12. A. M. da Costa Lima (1950). «LEPIDOPTERA» (PDF). Insetos do Brasil. Volume 6. Lepidópteros. 2ª Parte, Morphidae. pp. 356–361. Consultado em 14 de julho de 2015. Arquivado do original (PDF) em 5 de março de 2016. O dimorphismo sexual é bem accentuado em muitas especies da familia. Exceptuando-se por exemplo os Morpho hecuba (fig. 286), laertes, hercules, em que os sexos são muito semelhantes... 
  13. Gerardo Lamas. «Morpho hercules (Dalman, 1823); fêmea, vista superior» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 14 de julho de 2015 
  14. a b SANTOS, Eurico (1985). Zoologia Brasílica, vol. 10. Os Insetos 2ª ed. [S.l.]: Itatiaia. p. 39. 244 páginas 
  15. «Significado de "boia"» (em inglês). Michaelis: dicionário de português online. 1 páginas. Consultado em 14 de julho de 2015 
  16. Keith Wolfe (1 de dezembro de 2008). «A summary of some records for caterpillar food plants in the genus Morpho» (PDF) (em inglês). Comcast.net. 1 páginas. Consultado em 19 de julho de 2015 
  17. Adrian Hoskins. «Sickle-winged Morpho - Morpho rhetenor cacica (Staudinger, 1876)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 14 de julho de 2015 
  18. Jessie Pereira dos Santos; Andre Victor Lucci Freitas; Pedro de Araujo Lima Constantino; Marcio Uehara Prado. «Guia de identificação de tribos de borboletas frugívoras - Mata Atlântica, Norte» (PDF). Icmbio.gov.br. 1 páginas. Consultado em 14 de julho de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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