Movimento Acredito

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Movimento Acredito
Movimento Acredito
Tipo movimento político
Fundação 2017
Estado legal Ativo
Línguas oficiais Português
Organização
Sítio oficial www.movimentoacredito.org/

O Movimento Acredito é um movimento brasileiro fundado em 2017, em meio à crise política e econômica no país, que declaradamente visa combater a polarização política e a desigualdade social no país. Segundo o movimento, seu objetivo é a "renovação política", conforme manifesto divulgado em julho de 2017.[2]

O movimento se define como suprapartidário,[3][4] e que pretende, entre outros objetivos, uma nova política anti-privilégios, um Congresso transparente e participativo, redução de desigualdades, e políticas sociais universais.[5] É favorável ao Impeachment de Jair Bolsonaro e apoiou a instalação da CPI da COVID-19.[6][7]

Em 2018, o Acredito possuía núcleos em treze estados do Brasil. Nas eleições de 2018, pretendia lançar um candidato a deputado federal e três a deputado estadual em cada um dos estados onde tinha atuação, negociando com PPS, PSB, Rede e PV a filiação independente de seus membros, de forma a preservar a plataforma do movimento.[8]

O Acredito já se autodenominou como um "MBL progressista", em referência ao Movimento Brasil Livre.[9]

Semelhanças com outros movimentos[editar | editar código-fonte]

O movimento compartilha muitas características com outros movimentos criados na mesma época, como o RenovaBR, sendo as diferenças apenas muito secundárias. Muitos integrantes de um movimento também fazem ou já fizeram parte de outros movimentos. Tabata Amaral, além de participar do Acredito, foi aprovada no programa Jovem RAPS (Rede de Ação Política por um Brasil Sustentável)[10] e no programa RenovaBR, também de lideranças políticas jovens.[11]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Após uma deputada do movimento, Tabata Amaral, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), ter votado a favor da reforma da previdência do governo Bolsonaro, o vice-presidente do PDT, Ciro Gomes, criticou-a por fazer "militância dupla" e disse que o movimento Acredito é um "partido clandestino".[12]

Todo mundo pode participar de qualquer movimento, mas se você tem um partido clandestino para burlar a legislação que proíbe financiamento empresarial, isso é uma coisa muito mais grave[...]


[...]Você pega um partido clandestino, que tem suas regras próprias, seu programa próprio, você se infiltra nos outros partidos e usa os outros partidos, fundo partidário, tempo de TV, quociente eleitoral para se eleger e fazer o serviço do outro partido? Aí é um problema de dupla militância, não tem nada a ver com a compreensão de reforma da Previdência que nós temos
— Ciro Gomes, em evento em São Paulo

Felipe Rigoni (PSB-ES), outro integrante do movimento, também contrariou seu partido e votou a favor da reforma.[12]

Diversos membros do Acredito deixaram o movimento após o voto favorável de Rigoni ao chamado "PL do Veneno" (PL 6299/02), que flexibiliza a entrada de agrotóxicos no Brasil.[13][14]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Tabata dá nó na lógica da polarização, diz movimento que lançou deputada». Folha de S.Paulo. 13 de julho de 2019. Consultado em 14 de julho de 2019 
  2. «Com discurso contra polarização, grupo Acredito lança manifesto - 29/07/2017 - Poder». Folha de S.Paulo. Consultado em 14 de julho de 2019 
  3. «Grupo de jovens lança o 'Acredito', um 'MBL progressista'». Folha de S.Paulo. 28 de março de 2017. Consultado em 28 de abril de 2019. Cópia arquivada em 29 de março de 2019 
  4. Abrantes, Talita (26 de março de 2018). «7 perguntas para o movimento Acredito, que mira eleição de 2018». Exame. Consultado em 28 de abril de 2019. Cópia arquivada em 25 de abril de 2019 
  5. «Movimento Acredito – Posicionamento». www.movimentoacredito.org. Consultado em 25 de abril de 2019 
  6. Siqueira, André (8 de maio de 2020). «Movimento de renovação política defende impeachment de Bolsonaro». VEJA. Consultado em 14 de fevereiro de 2022 
  7. Cândido Júnior, José (22 de março de 2021). «Outdoors contra Bolsonaro em BH cobram impeachment e CPI da pandemia». Estado de Minas. Consultado em 14 de fevereiro de 2022 
  8. Krakovics, Fernanda (1.º de abril de 2018). «'Tribalistas' na política: pré-candidatos fazem parte de até três grupos distintos». O Globo. Consultado em 28 de abril de 2019. Cópia arquivada em 31 de março de 2019 
  9. «Grupo de jovens lança o 'Acredito', um 'MBL progressista' - 28/03/2017 - Poder». Folha de S.Paulo. Consultado em 14 de julho de 2019 
  10. Resultado do processo de seleção 2017 RAPS
  11. Tabata Amaral de Pontes, Bolsista RenovaBR
  12. a b «Ciro diz que movimento de Tabata é 'partido clandestino' e que ela faz dupla militância». Folha de S.Paulo. 13 de julho de 2019. Consultado em 14 de julho de 2019 
  13. Ragazzi, Lucas (11 de fevereiro de 2022). «Voto favorável de deputado ao 'PL do Veneno' gera debandada em movimento de renovação política». Rádio Itatiaia. Consultado em 14 de fevereiro de 2022 
  14. «'PL do Veneno': Câmara aprova projeto que flexibiliza entrada de mais agrotóxicos no país». Rádio Itatiaia. 10 de fevereiro de 2022. Consultado em 14 de fevereiro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]