Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul

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Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul
Marsul
Tipo Arqueologia
Inauguração 12 de agosto de 1966 (57 anos)
Proprietário atual Secretaria da Cultura - Estado do Rio Grande do Sul
Website https://marsul.rs.gov.br/
Geografia
País  Brasil
Cidade Taquara
Coordenadas 29° 39' 03" S 50° 46' 33" O
Fotografia do prédio da reserva técnica do Marsul (2024).

O Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul) é um museu brasileiro, localizado na cidade de Taquara, no Rio Grande do Sul. Foi criado no dia 12 de agosto de 1966.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

O Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul) foi criado em 1966, por meio do Decreto Estadual 18.009/66, com o objetivo de reunir e preservar o patrimônio arqueológico do estado do Rio Grande do Sul. Seu fundador e idealizador foi o professor estadual Eurico Miller, que realizava pesquisas na área arqueológica. Para poder participar do Programa Nacional de Pesquisa Arqueológicas (PRONAPA), ele necessitava estar ligado a uma instituição. Assim, em acordo com o Estado do Rio Grande do Sul, Eurico Miller doou seu acervo arqueológico resultante de pesquisas anteriores em troca da criação de uma instituição voltada à arqueologia.

Inicialmente, o Marsul teve como sede a própria residência de Eurico Miller, conforme mencionado nas informações entre parênteses. Posteriormente, o museu foi sediado em um frigorífico abandonado, onde permaneceu por doze anos. Somente em 1977, o Marsul foi transferido para sua sede atual, a partir da doação de um terreno por parte da prefeitura do município de Taquara.

Ao longo dos anos, o Marsul se consolidou como um dos museus arqueológicos mais importantes do Brasil. O Marsul tem desempenhado um papel fundamental na profissionalização da Arqueologia e da Museologia no Rio Grande do Sul e no Brasil. Além de preservar e salvaguardar o acervo arqueológico reunido ao longo das décadas de pesquisa, o museu realiza atividades culturais e educativas. No entanto, atualmente, encontra-se em obras, o que resultou na suspensão temporária da visitação pública. Atualmente, o museu está atendendo apenas pesquisadores mediante agendamento pelo e-mail: marsul@sedac.rs.gov.br

Atualmente, o acervo do museu é formado por:

Espaço Físico[editar | editar código-fonte]

O museu passou por obras de requalificação com recursos do programa Avançar na Cultura, num total de R$ 1,5 milhão. As obras de requalificação incluíram a revitalização das estruturas prediais, instalações elétricas e hidrossanitárias, e ainda, a aquisição de bens e materiais para a instituição.

Essa reforma teve como objetivo modernizar e aprimorar as instalações do museu, proporcionando um ambiente mais adequado para a preservação, exposição e interpretação do seu acervo arqueológico.

A requalificação do Marsul também pôde indicar um compromisso com a valorização do patrimônio arqueológico e cultural, bem como com a melhoria da experiência dos visitantes. Um esforço para atualizar e enriquecer as ofertas do museu, tornando-o mais atrativo e educativo para o público.

Em resumo, a reforma do Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul) ocorrida entre os anos de 2022 e 2024, representou um investimento significativo na melhoria das instalações e na expansão das atividades do museu.

Acervo[editar | editar código-fonte]

O acervo do Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul) é composto por uma variedade de artefatos e materiais arqueológicos provenientes de pesquisas em sítios pré-coloniais, com datações de até 12 mil anos atrás, abrangendo artefatos de grupos caçadores-coletores, pescadores-coletores do litoral, horticultores e também de sítios do período colonial. Além disso, o museu abriga vestígios materiais das ocupações do período colonial, oriundos de pesquisas como o Projeto Arqueológico de Santo Antônio da Patrulha (Pasap).

O acervo inclui uma variedade de materiais, tais como vasilhas cerâmicas da Tradição Guarani, evidências de ocupações lusitanas na região, entre outros artefatos que fornecem insights valiosos sobre a história e a evolução das populações pré-coloniais e coloniais na região do Rio Grande do Sul.

Devido à importância e diversidade do acervo, o Marsul tem sido um ponto de referência para pesquisadores e estudiosos interessados na história e arqueologia da região. O museu desempenha um papel fundamental na preservação e divulgação do patrimônio arqueológico do estado, contribuindo para o conhecimento e compreensão da história e cultura da região.

Musealização do Acervo[editar | editar código-fonte]

O patrimônio arqueológico representa um testemunho fundamental das atividades humanas do passado. Sua preservação e administração são de extrema importância, uma vez que permitem aos arqueólogos e outros cientistas estudá-lo e interpretá-lo em benefício das gerações presentes e futuras, garantindo assim o seu desfrute.

As perspectivas museológicas do Marsul incluem a preservação e divulgação do patrimônio cultural e histórico, permitindo que os objetos e as informações sejam apresentados de forma significativa e acessível ao público. A musealização desempenha um papel importante na construção de narrativas e na transmissão de conhecimento sobre a história, a cultura e a sociedade. As exposições são uma forma de musealização que permite que os museus mostrem ao público o resultado de todo o trabalho que ocorre em seu interior. Elas são uma maneira de conectar as coisas criadas pela natureza e pelo homem e de interpretar essas coisas para o público. Em outras palavras, as exposições são uma forma de musealização que permite que os museus compartilhem com o público o conhecimento e a história que eles preservam.

Segundo Scheiner “Exposições são uma janela que o museu abre para a sociedade - uma janela que mostra o resultado de tudo o que ocorre no seu interior. Podem ser também uma ponte, um elo de ligação e entendimento entre as coisas criadas pela Natureza e pelo Homem e o modo como tais coisas são interpretadas pelos museus. Exposições são o espelho e a síntese dos caminhos que o Homem vem trilhando, na marcha da Evolução” , as exposições são uma forma de musealização que permite que os museus mostrem ao público o resultado de todo o trabalho que ocorre em seu interior. As exposições são uma maneira de conectar as coisas criadas pela natureza e pelo homem e de interpretar essas coisas para o público. Elas são uma forma de espelho e síntese dos caminhos que o homem vem trilhando na marcha da evolução, permitindo que as pessoas vejam como a sociedade evoluiu ao longo do tempo. Em outras palavras, as exposições são uma forma de musealização que permite que os museus compartilhem com o público o conhecimento e a história que eles preservam.

Dificuldades[editar | editar código-fonte]

O Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul) enfrentou desafios relacionados ao espaço físico limitado para acomodar seu extenso acervo. De acordo com o relatório técnico de 2015, a Reserva Técnica do museu abriga diversos materiais referentes a pesquisas arqueológicas executadas entre as décadas de 1960 e 1980, além de materiais provenientes de pesquisas realizadas por arqueólogos de diversas instituições de pesquisa do Estado.

No entanto, o relatório também destacou que existem caixas contendo material arqueológico cuja identificação foi comprometida devido à ação do tempo, o que faz com que esses materiais percam seu valor científico. Além disso, o museu enfrentou problemas estruturais em sua sede, incluindo a necessidade de reforma geral, novo sistema hidráulico e elétrico, reformulação em sua área de exposições e móveis adequados para a exposição do acervo.

Esses desafios indicaram a necessidade de investimentos em infraestrutura e gestão do acervo para garantir a preservação adequada e a acessibilidade para pesquisadores e o público em geral. A busca por soluções para otimizar o espaço físico e a conservação do acervo é crucial para a continuidade das atividades do museu e para a preservação do valioso patrimônio arqueológico que ele abriga.

Futuro[editar | editar código-fonte]

A equipe do museu está trabalhando para catalogar e organizar o acervo, conforme descrito no relatório técnico de 2015, é importante destacar que a análise e a publicação de materiais arqueológicos são processos complexos e que exigem tempo e recursos significativos. A análise envolve a identificação, classificação e interpretação de artefatos e materiais arqueológicos, bem como a contextualização desses materiais em relação a sítios arqueológicos e contextos históricos mais amplos. A publicação, por sua vez, envolve a preparação de relatórios, artigos e outros materiais que apresentem os resultados da análise de forma clara e acessível ao público.

No ano de 2022 o museu recebeu mais dois arqueólogos em seu quadro de servidores permanentes, somando um total de 03 (três) profissionais de carreira atuando no museu, além de estagiários. No início do ano de 2024 o museu abriu as suas portas para pesquisadores sob agendamento. Em breve sua reabertura total ao púbico deverá se concretizar.

  1. Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul Secretaria da Cultura do RS - acessado em 11/12/2022

Referências

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Dias, J. L. Z. (2015). Relatório Técnico - MARSUL. https://arqueologiaeprehistoria.files.wordpress.com/2015/02/relatc3b3rio-tc3a9cnico-marsul.pdf

De Paula, B. D., Saladino, A., & Soares, A. L. R. (2020). Revista de Arqueologia. Revista Saber, 33(3), 829. DOI: 10.24885/sab.v33i3.829. https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/7996/5030

CALDARELLI, Solange Bezerra. SANTOS, Maria do Carmo Mattos Monteiro. Arqueologia de Contrato no Brasil. Revista USP. São Paulo, no44, p. 52-73. Dezembro/ fevereiro de 1999.https://www.revistas.usp.br/revusp/article/download/64012/66744/84209

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  1. Dias, J. L. Z. (2015). Relatório Técnico - MARSUL. https://arqueologiaeprehistoria.files.wordpress.com/2015/02/relatc3b3rio-tc3a9cnico-marsul.pdf
  2. De Paula, B. D., Saladino, A., & Soares, A. L. R. (2020). Revista de Arqueologia. Revista Saber, 33(3), 829. DOI: 10.24885/sab.v33i3.829. https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/7996/5030
  3. CALDARELLI, Solange Bezerra. SANTOS, Maria do Carmo Mattos Monteiro. Arqueologia de Contrato no Brasil. Revista USP. São Paulo, no44, p. 52-73. Dezembro/ fevereiro de 1999.https://www.revistas.usp.br/revusp/article/download/64012/66744/84209.   Em falta ou vazio |título= (ajuda)