Museu do Apartheid

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Museu do Apartheid
Apartheid Museum
Museu do Apartheid
Tipo Museu memorial
Inauguração 2001
Diretor Christopher Till
Website
Área 6,000 m²
Geografia
País África do Sul
Cidade Joanesburgo
Coordenadas 26° 14' 17" S 28° 0' 32" E
Museu do Apartheid está localizado em: África do Sul
Museu do Apartheid
Geolocalização no mapa: África do Sul
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Museu do Apartheid (em inglêsː Apartheid Museum) é um museu memorial que apresenta a história do período de segregação racial ocorrido no país durante o Apartheid. O museu foi inaugurado em 2001 e está localizado na cidade de Joanesburgo, na África do Sul.[1][2]

O museu possui 22 exposições, com fotografias, textos, vídeos, relatos e objetos. As exposições são apresentadas em uma ordem cronológica da história, começando pela mostra da diversidade de origem dos habitantes da África do Sul, passando pela mostra das atrocidades cometidas por causa das leis de segregação, do período da criação das resistências, até chegar ao período em que Nelson Mandela se torna presidente.[3][4]

Exposições[editar | editar código-fonte]

No acesso ao museu, apresenta duas portas de entrada com a sinalização para "brancos" e outra para "não brancos". O ingresso vem indicando em que porta o visitante deve entrar, esta distribuição é aleatória. Ao entrar, o visitante se depara com um corredor repleto de cadernetas que a população negra era obrigada a portar, por lei do Apartheid. Nestas cadernetas era informado a raça e etnia do cidadão, e assim limitando os lugares por onde a pessoa poderia circular.[1][3][5][6]

Em uma exposição, há uma obra de arte, onde estão 131 cordas descendo do teto, semelhantes à forca, cada corda representando um prisioneiro político morto durante o Apartheid.[6]

Para mostrar uma das muitas atrocidades ocorridas durante o Apartheid, o museu apresenta os detalhes da sessão da Comissão de Verdade e Reconciliação, onde há a confissão dos responsáveis pelo interrogatório sob tortura de Steve Biko, que levou a morte do militante da resistência.[7]

Também há a apresentação das biografias de Neil Aggett e Andrew Zondo, militantes da resistência que foram mortos em prisões durante o Apartheid.[6]

De dentro de um Casspir, veículo que foi utilizado para dispersar os motins, o visitante pode assistir um curta-metragem de uma das manifestações contra o Apartheid.[6]

A exibição Mandela conta sobre a vida do líder sul-africano Nelson Mandela, que lutou contra o Apartheid.[1][4]

Na saída do local das exposições, entregam uma cópia da Constituição de 1996, e sai em uma grande área descampada, para transmitir a sensação de liberdade, depois do país passar por tantos anos de sistema do Apartheid.[6][8]

Galeria de fotos[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Museu do Apartheid». Departamento de Turismo na África do Sul. Consultado em 2 de dezembro de 2022 
  2. Khumalo, Thuso (28 de abril de 2014). «Turismo muda Soweto, símbolo antiapartheid». DW - Deutsche Welle. Consultado em 2 de dezembro de 2022 
  3. a b Steiw, Leandro (29 de novembro de 2022). «"Todos os negros deveriam ter o direito de conhecer a África"». Insper: Ensino Superior em Negócios, Direito e Engenharia. Consultado em 2 de dezembro de 2022 
  4. a b «Museu do Apartheid conta a história da segregação racial». (vídeo) TV Estadão. Consultado em 2 de dezembro de 2022 
  5. «Fátima Bernardes mostra o Museu do Apartheid na África do Sul». Jornal Nacional. 9 de junho de 2010. Consultado em 2 de dezembro de 2022 
  6. a b c d e Fassin, Didier (1 de maio de 2007). «« Ce qui s'est vraiment passé »». Gradhiva. Revue d'anthropologie et d'histoire des arts (em francês) (5): 52–61. ISSN 0764-8928. doi:10.4000/gradhiva.724. Consultado em 3 de dezembro de 2022 
  7. Kucinski, Bernardo (4 de abril de 2013). «Apartheid nunca mais». Rede Brasil Atual. Revista do Brasil. Ed. 24. Consultado em 2 de dezembro de 2022 
  8. Andrade, Ramon (7 de julho de 2010). «O Museu do Apartheid». JC. Consultado em 2 de dezembro de 2022