Museu do Ar

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Museu do Ar
Museu do Ar
Tipo museu da aviação
Inauguração 1968 (56 anos)
Administração
Proprietário(a) Força Aérea Portuguesa
Diretor(a) coronel
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 38° 50' 13" N 9° 20' 33" O
Mapa
Localidade Sintra
Localização Sintra - Portugal

O Museu do Ar é um museu de material aeronáutico da Força Aérea Portuguesa, sediado na Base Aérea n.º 1 (Sintra),[1] com dois polos visitáveis no Aeródromo de Manobra n.º 1 (Ovar)[2] e no Complexo Militar de Alverca (Alverca do Ribatejo).[3]

Criado em 21 de Fevereiro de 1968 (Decreto - Lei nº.48 248) e inaugurado no Dia da Força Aérea (1 de julho) de 1971, o Museu do Ar encontra-se na dependência do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea e tem como objetivo a conservação, segurança e exposição de objetos de valor histórico, artístico e documental, aviões e miniaturas dos mesmos que se consiga e convenha reunir e preservar por constituírem valiosa contribuição para a história da aviação nacional.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Em 1909, os estatutos do Aero Clube de Portugal, aquando da sua fundação, já refletiam sobre a necessidade de se criar um museu dedicado à Aviação.

O Almirante Gago Coutinho, por ordem do Ministério da Marinha começou a juntar artigos que lhe tinham sido oferecidos e a Sacadura Cabral, com vista a criação de um Museu Nacional de Aviação.

A ideia foi fortalecida por Pinheiro Correia, que em 1963 conseguiu que a Câmara Municipal de Lisboa cedesse uma sala do Palácio dos Pimentas, destinada ao Museu da Cidade, para a exposição do acervo aeronáutico nacional.

As instalações não eram adequadas e em 1965, um Despacho do Secretario de Estado da Aeronáutica, cria uma comissão com o objetivo preparar a instalação de um Museu de Aviação.

Em 1968 é publicado o Decreto-lei que cria o Museu do Ar em Alverca que abriu ao público em julho de 1971 com o coronel Edgar Cardoso primeiro diretor.

O rápido crescimento do acervo tornou o espaço em Alverca pequeno não permitindo uma expansão que a qualidade de coleção obrigava.

Esta situação levou a Força Aérea Portuguesa, a por em marcha um projeto para um novo espaço museográfico estabelecido a partir da recuperação de um hangar da Base Aérea nº1 na Granja do Marquês com cerca de 3500 m2, quase o triplo da área disponível em Alverca. Este projeto contou também com o apoio da Câmara Municipal de Sintra e da ANA e TAP.

O novo espaço foi inaugurado oficialmente pelo então General CEMFA Luís Araújo em dezembro de 2009, comemorando-se simultaneamente os 100 anos da Aviação em Portugal e os 300 da demonstração do balão de ar quente que Bartolomeu de Gusmão fez ao rei D. João V e à corte no dia 9 de agosto de 1709 na Sala das Índias no Terreiro do Paço.

Ao novo espaço meusológico, que pretende ser a memória da aviação militar e civil portuguesa, juntou-se também a TAP e a ANA que apresentam os seus acervos em duas áreas com cerca de 1400 m2.

Em 2011 foi inaugurada uma nova área expositiva, que corresponde à segunda fase de expansão do museu, com cerca de 3000 m2 resultante de reestruturação de três hangares cuja matriz arquitetónica remontam a 1920 quando a Escola da Aviação Militar de Vila Nova da Rainha se transferiu para a Granja do Marquês.[1]

Exposição permanente[editar | editar código-fonte]

O Museu do Ar é hoje considerado pela crítica internacional como um dos vinte melhores Museus de Aviação do Mundo graças à conservação de um acervo composto por perto de 10000 peças repartido entre a sua sede e os seus dois pólos: Granja do Marquês - Pêro Pinheiro, Sintra (Base Aérea n.º 1), Alverca e Ovar (Aeródromo de Manobra n.º 1).[4]

A exposição permanente do museu apresenta aviões, hélices, painéis de instrumentos, equipamentos de navegação e uma miríade de outros objectos que constituem uma representação assinalável da evolução histórica da aviação.

Das aeronaves expostas, destacam-se o célebre caça britânico Spitfire, o Tiger Moth, biplano de treino elementar e acrobacia e o Widgeon, um anfíbio bimotor. Existem também algumas réplicas perfeitas que representam aviões célebres dos primeiros tempos da aviação e jactos do passado mais recente, como o F-84.

O Museu do Ar incorpora na sua sede na Granja da Marquês, dois valiosos acervos provenientes da TAP e da ANA, alargando o seu olhar ao mundo da Aviação Civil.

O Museu do Ar é membro da Rede Portuguesa de Museus, da Associação Internacional dos Museus dos Transportes e do Sistema Ibero-Americano de Museus Aeronáuticos e do Espaço. Tem protocolos de cooperação com diversas entidades nacionais e estrangeiras, conta com a dinâmica do seu Grupo dos Amigos do Museu do Ar (GAMA), possui parcerias com o Vintage Aeroclub, com a Associação de Especialistas da Força Aérea (AEFA) e com a Câmara Municipal de Sintra (CMS) e conta com alguns apoios mecenáticos para as suas iniciativas de conservação e restauro.

Venceu (ex aequo) o Prémio Museu Português 2013, pela Associação Portuguesa de Museologia.[5][6]

Aeronaves expostas[editar | editar código-fonte]

Instalações do Museu do Ar, em Sintra.
Avro 631 Cadet.
Sikorsky UH-19A.
Sud Aviation SE3160 Alouette III.

Sintra[editar | editar código-fonte]

Alverca[editar | editar código-fonte]

Ovar[editar | editar código-fonte]

Aviões em depósito[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Museu do Ar - Força Aérea Portuguesa». FAP. Consultado em 18 de fevereiro de 2020 
  2. «Museu do Ar - Polo de Ovar». FAP. Consultado em 18 de fevereiro de 2020 
  3. «Museu do Ar - Polo de Alverca». FAP. Consultado em 18 de fevereiro de 2020 
  4. «Museu do Ar para miúdos e graúdos». Portugal de Lés a Lés. 16 de outubro de 2018. Consultado em 18 de fevereiro de 2020 
  5. Lusa. «Prémio Museu Português 2013 "ex-aequo " para Museu Machado de Castro e Museu do Ar». PÚBLICO. Consultado em 18 de fevereiro de 2020 
  6. «MUSEU DO AR DISTINGUIDO COM PRÉMIO MUSEU PORTUGUÊS 2013 (M1322 - 386PM/2013)». Consultado em 18 de fevereiro de 2020 
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