Mytilus

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mexilhões e similares
Mytilus edulis na zona intertidal da costa da Cornualha, Inglaterra.
Mytilus edulis na zona intertidal da costa da Cornualha, Inglaterra.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Bivalvia
Subclasse: Pteriomorphia
Ordem: Mytiloida
Família: Mytilidae
Género: Mytilus
Linnaeus, 1798
Espécie-tipo
Mytilus edulis
Linnaeus, 1758
Espécies
Ver texto.
Mexilhões do género Mytilus da Califórnia, mostrando os fios do bisso.
Mexilhão.

Mytilus é um género de moluscos bivalves pertencentes à família Mytilidae da ordem Mytiloida, maioritariamente de água salgada.[1] Com distribuição cosmopolita, o género inclui a maior parte das espécies marinhas conhecidas pelo nome comum de mexilhões, entre as quais algumas espécies comestíveis e com interesse comercial (Mytilus edulis e Mytilus galloprovincialis) por serem de média a grande dimensão.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Os mexilhões são animais sésseis que vivem nas zonas intertidais, fixos pelo bisso às rochas costeiras. A sua concha é negra azulada, sem ornamentação a não ser as linhas de crescimento. A sua charneira é disodonte. Entre os predadores naturais do mexilhão encontra-se a estrela-do-mar.

São usados com frequência como indicador de poluição marinha, devido à sua habilidade de filtração aquática como forma de obter nutrientes.

Tal como a ostra, o mexilhão tem a capacidade de produzir pérolas, algumas delas com grande valor no mercado.

Espécies[editar | editar código-fonte]

O Mytilus edulis existe na costa atlântica da Europa, enquanto que o Mytilus galloprovincialis existe na região mediterrânica e na costa atlântica portuguesa. A espécie atlântica é mais alongada, enquanto que a mediterrânica tem o umbo recurvado para baixo[2]. O género Mytilus inclui as seguintes espécies:[1]

Uso humano[editar | editar código-fonte]

Os mexilhões do género Mytilus são explorados desde há milénios para consumo humano em múltiplas áreas costeiras das regiões temperadas e frias de todos os oceanos. Várias espécies são utilizada em maricultura, que no caso é por vezes referida por mitilicultura.

Os mexilhões fazem parte da dieta dos países europeus onde se encontram naturalmente. Em Portugal, a forma mais típica como os pescadores a consumiam era assada numa telha sobre brasas.

Na região costeira da Califórnia, mexilhões fazem parte da dieta dos ameríndios desde pelo menos há 12 000 anos.[3]

Notas

  1. a b A.W.B. Powell, New Zealand Mollusca, William Collins Publishers Ltd, Auckland, New Zealand 1979 ISBN 0-00-216906-1
  2. Gibson, Chris. Pocket Nature: Seashore. Londres, 2008: Dorling Kindersley.
  3. Erlandson, Jon M., T.C. Rick, T.J. Braje, A. Steinberg, & R.L.Vellanoweth. 2008. Human Impacts on Ancient Shellfish: A 10,000 Year Record from San Miguel Island, California. Journal of Archaeological Science 35:2144-2152.

Referências[editar | editar código-fonte]

Wikispecies
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]