Narses V Camsaracano
Narses V Camsaracano | |
---|---|
Etnia | Armênio |
Religião | Catolicismo |
Narses V Camsaracano (em armênio/arménio: Ներսեհ Կամսարական; romaniz.:Nersēh Kamsarakan), chamado Narses II por Cyril Toumanoff,[1] foi príncipe da Armênia da família Camsaracano de 689 a 691.
Vida[editar | editar código-fonte]
O historiador Ananias de Siracena cita-o em sua Geografia como governador de três cidades bizantinas na Tripolitânia cerca de 654-660. Um selo bizantino de meados do século VII, apresenta-o como patrício e estratego.[2] Em 688, com a ajuda do exército bizantino, o príncipe Asócio II Bagratúnio lutou contra os árabes, mas foi morto na luta. O imperador Justiniano II (r. 685-695; 705-711) continuou a luta e submete a Armênia e retorna ao Império Bizantino para nomear Narses príncipe.[3] Alguns anos depois, Simbácio VI sucede-o, mas não há indícios de que Narses morreu nesse momento e pode ser identificado com o conde, ex-cônsul e patrício homônimo mencionado no colofão de uma tradução feita em 696 da História Eclesiástica de Sócrates Escolástico.[4]
Família[editar | editar código-fonte]
Nenhum texto menciona diretamente sua família imediata, que teve que ser reunida por sobreposição e hipótese. Anianas indica que um ancestral do príncipe era outro Narses, filho de Archavir, um general que lutou contra os Bals em favor dos persas e que então dividiu o saque com seu irmão mais velho Isaac e seu sobrinho mais novo Afraates. Foi estabelecido que este episódio ocorreu em 614.[5] Christian Settipani considera que o general de 615 é o avô do príncipe Narses, mas ignora o nome do pai do último.[6] Uma inscrição na catedral de Talin[7] menciona "Narses, ex-cônsul, patrício, senhor de Siracena e Arsarúnia (...) marido de Susana e pai de Afraates", um personagem que Settipani identifica com o príncipe. Outra inscrição menciona um Gregório, filho de Narses.[8]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Precedido por Asócio II Bagratúnio |
Príncipe da Armênia 688–691 |
Sucedido por Simbácio VI Bagratúnio |
Referências
- ↑ Toumanoff 1990, p. 513.
- ↑ Settipani 2006, p. 376.
- ↑ Grousset 1947, p. 307-308.
- ↑ Settipani 2006, p. 378.
- ↑ Settipani 2006, p. 375.
- ↑ Settipani 2006, p. 383-384.
- ↑ Donabédian 1987, p. 581.
- ↑ Settipani 2006, p. 380 e 383.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Donabédian, Patrick; Thierry, Jean-Michel (1987). Les arts arméniens. Paris: Éditions Mazenod. ISBN 2-85088-017-5
- Grousset, René (1947). Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot
- Settipani, Christian (2006). Continuité des élites à Byzance durant les siècles obscurs. Les princes caucasiens et l'Empire du vie au ixe siècle. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8
- Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle : Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila