Neopaganismo semítico

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O neopaganismo semítico é um grupo de novas religiões baseadas em ou tentando reconstruir as antigas religiões semíticas, sendo um movimento cultural praticado no Ocidente, principalmente entre judeus étnicos recentemente nos Estados Unidos.

Neopaganismo judaico[editar | editar código-fonte]

A noção de politeísmo israelita ou judeu histórico foi popularizada nos Estados Unidos durante a década de 1960 por Raphael Patai em A Deusa Hebraica, concentrando-se no culto às deusas femininas, como o culto a Asherah no Templo de Salomão.

Durante o crescimento do neopaganismo nos Estados Unidos ao longo da década de 1970, surgiram vários grupos menores de orientação cananeia ou israelita. A maioria continha elementos sincretísticos do esoterismo ocidental.

Formas de religiões inspiradas em bruxaria no meio semítico, como a Jewitchery, também podem ser incluídas no movimento neopagão semítico. Esses grupos são particularmente influenciados pelo feminismo judeu, concentrando-se nos cultos das deusas dos israelitas.[1]

Um notável grupo contemporâneo levantino neopagão é conhecido como Am Ha Aretz (עם הארץ , lit. "Povo da Terra", um termo rabínico para judeus sem instrução e sem religião), "AmHA", abreviado, com sede em Israel. Este grupo nasceu de Ohavei Falcha, "Amantes do Solo", um movimento fundado no final do século XIX.[2]

Elie Sheva, de acordo com seu próprio testemunho, um "líder eleito da AmHA" teria fundado um ramo americano do grupo, conhecido como Assembleia Hebraica Primitiva.[3][4]

Beit Asherah ("Casa de Asherah") foi um dos primeiros grupos neopagãs judeus, fundado no início dos anos 90 por Stephanie Fox, Steven Posch e Magenta Griffiths. Magenta Griffiths é a Alta Sacerdotisa do coven de Beit Asherah e ex-membro do conselho da Aliança da Deusa.[5][6]

Movimentos neopagãos semitas também foram relatados em Israel[7] e no Líbano.[8]

Um Chai rosa visto em Jewitchery

Relações com a história[editar | editar código-fonte]

O judaísmo esotérico tem uma relação íntima com o feminismo do século XX e com a solidariedade contra a inquisição na época da caça as bruxas.[1] É um movimento calcado em solo e sangue com inspiração romântica do século XIX.[2] Existe pessoas que comparam este movimento com a transição da igreja primitiva para a igreja católica.[3][9] Nos anos 90 esse movimento cresceu com a migração de judeus do bloco comunista caído para Israel.[10][11] Esse culto também é praticado por árabes de matriz cristã e demais povos semitas associais.[7] Além disso esses cultos são associados a políticas de secularismo étnico.[12][7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Jenny Kien, Reinstating the Divine Woman in Judaism (2000), ISBN 978-1-58112-763-8.
  2. a b Jennifer Hunter, Magickal Judaism: Connecting Pagan and Jewish Practice. Citadel Press Books, Kensington Publishing Corp., New York, New York, 2006, pp. 18–19.
  3. a b Interview with Elie in Being a Pagan: Druids, Wiccans, and Witches Today, by Ellen Evert Hopman and Lawrence Bond (2001), p. 105.
  4. «Witchvox Article» 
  5. Lewis, James R. «Witchcraft Today: An Encyclopedia of Wiccan and Neopagan Traditions». ABC-CLIO – via Google Books 
  6. «Covenant of the Goddess - Representing Witches and Wiccans since 1975» 
  7. a b c Ofri Ilani. Paganism returns to the Holy Land. Haaretz, 2009.
  8. «الباطنيـون والوثنيـون فـي لبنـان: هـذه هـي معتقداتنـا». As-Safir 
  9. «Witchvox Article». Consultado em 8 de dezembro de 2016 
  10. Lewis, James R. (1 de janeiro de 1999). «Witchcraft Today: An Encyclopedia of Wiccan and Neopagan Traditions». ABC-CLIO. Consultado em 8 de dezembro de 2016 – via Google Books 
  11. «Covenant of the Goddess - Representing Witches and Wiccans since 1975». Consultado em 8 de dezembro de 2016 
  12. Naim, Hani (31 de março de 2010). «الباطنيـون والوثنيـون فـي لبنـان: هـذه هـي معتقداتنـا». As-Safir. Consultado em 9 de janeiro de 2019