Nicolas Bouvier

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Nicolas Bouvier
Nicolas Bouvier
Bouvier em 1987.
Nascimento 6 de março de 1929
Morte 17 de fevereiro de 1998 (68 anos)
Nacionalidade Suíça Suíço
Ocupação Escritor, viajante, iconógrafo e fotógrafo

Nicolas Bouvier (6 de março de 192917 de fevereiro de 1998) foi um escritor, viajante, iconógrafo e fotógrafo suíço.

Maiores Viagens[editar | editar código-fonte]

Khyber Pass (1953 - 1954)[editar | editar código-fonte]

Mesmo sem esperar pelos resultados dos seus exames, Bouvier foi com o seu amigo Thierry Vernet em um Fiat Topolino para uma viagem. Foi em Bombain que ele soube que estava licenciado em Letras.

A viagem durou até Dezembro de 1954 e o primeiro destino deles foi Jugoslávia. Os dois foram até a Turquia, mas também ao Irã e Paquistão. Bouvier e Thierry se separam em Pass/Estreito de Khyber. Bouvier continua sozinho, mas as suas palavras e os seus desenhos juntam-se alguns anos mais tarde para recontar esta viagem em "L'usage du monde". O peregrino se expressa com as palavras: "Uma viagem não precisa de razões. Já é há muito uma razão por si própria. Alguém pensa que vai fazer uma viagem, mas a viagem é que o faz ou refaz". O livro foi descrito como uma viagem de auto-conhecimento por On the order of Robert M. Pirsig’s Zen and the Art of Motorcycle Maintenance e mais tarde, em The Paths of Halle-San: "Se não dermos o direito à viagem de nos destruir um pouco, podemos por isso ficar em casa."

Sri Lanka (1955)[editar | editar código-fonte]

Em companhia intermitente, Bouvier atravessa o Afeganistão, o Paquistão e a Índia, antes de chegar ao Ceilão. Aqui perde o seu chão: a solidão e o calor são o seu chão. Levou 7 meses para deixar a ilha e quase trinta anos para se libertar do peso desta aventura com "Le Poisson-Scorpion", um conto mágico oscilando entre a luz e a sombra. Acaba com uma citação de Louis-Ferdinand Céline: "A maior derrota de todas é esquecer e especialmente a coisa que te derrotou."

Japão (1955-1956)[editar | editar código-fonte]

Depois do Ceilão, parte para o Japão e encontra um país em mudança, voltando alguns anos mais tarde. Estas experiências levaram à criação de "Japon", que se transformou em "Chroniques Japonaises" depois de uma terceira estadia em 1970. Nele há uma mistura de suas experiências pessoais e re-escreve a história do Japão de uma perspectiva ocidental.

Bouvier produziu alguns livros para o pavilhão suíço na Expo de Osaka, mas houve uma re-edição mais tarde. Na sua visão "o Japão é uma aula de economia. Não é considerado bom ocupar muito espaço".

Irlanda (1985)[editar | editar código-fonte]

A partir de reportagens para um jornal das ilhas Aran, Bouvier escreveu "Journal d'Aran et d'autres lieux", um conto de viagens que às vezes tende para o supernatural, onde o viajante sofre de tifóide. Como ele mesmo disse, "dilatam, tonificam, intoxicam, tornam mais leve e libertam na cabeça os espíritos animais, que se dão a jogos desconhecidos, mas divertidos. Conglomera as virtudes da champanhe, cocaína, cafeína, arrebatamento amoroso e o escritório de turismo comete um grande erro em esquecer isso nos seus prospectos."

Obras[editar | editar código-fonte]

  • L'Usage du monde, 1963, Payot poche, 1992.
  • Japon, éditions Rencontre, Lausanne, 1967.
  • Chronique japonaise, 1975, éditions Payot, 1989.
  • Vingt cinq ans ensemble, histoire de la television Suisse Romande, éditions SSR, 1975.
  • Le Poisson-scorpion, 1982, éditions Gallimard, Folio, 1996.
  • Les Boissonas, une dynastie de photographes, éditions Payot, Lausanne, 1983.
  • Journal d'Aran et d'autres lieux, éditions Payot, 1990.
  • L'Art populaire en Suisse, 1991.
  • Le Hibou et la baleine, éditions Zoé, Genève, 1993.
  • Les Chemins du Halla-San, éditions Zoé, Genève, 1994.
  • Comment va l'écriture ce matin?, éditions Slatkine, Genève, 1996.
  • La Chambre rouge et autres textes, éditions Métropolis, 1998.
  • Le Dehors et le dedans, éditions Zoe, Genève, 1998.
  • Entre errance et éternité, éditions Zoé, Genève, 1998.
  • Une Orchidée qu'on appela vanille, éditions Métropolis, Genève, 1998.
  • La Guerre à huit ans, éditions Mini Zoé, Genève, 1999.
  • L'Échappée belle, éloge de quelques pérégrins, éditions Métropolis, Genève, 2000.
  • Histoires d'une image, éditions Zoé, Genève, 2001.
  • L'Oeil du voyageur, éditions Hoëbeke, 2001.
  • Charles-Albert Cingria en roue libre, éditions Zoé, Genève, 2005.

Referências[editar | editar código-fonte]

  • "A Master Traveler (Nicolas Bouvier)", 'Paths to Contemporary French Literature', volume 1, by John Taylor, New Brunswick, New Jersey: Transaction Publishers, 2004, pp. 60–61.