Nikias Skapinakis

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Nikias Skapinakis
Nikias Skapinakis
Nascimento 1931
Lisboa
Morte 26 de agosto de 2020 (89 anos)
Nacionalidade Portugal portuguesa
Prémios Prémio Autores de 2013
Área Pintura
Objecto não Identificado - XLII, 1968, óleo sobre tela, 81 x 100 cm

Nikias Ribeiro Skapinakis GOSE (Lisboa, 1931 - 26 de agosto de 2020[1]) foi um pintor português de ascendência grega.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Frequentou o curso de arquitectura, que abandonou para se dedicar à pintura, actividade que manteve regularmente até ao presente.

Começou por expor em 1948, nas Exposições Gerais de Artes Plásticas e, desde então, realizou inúmeras exposições individuais e participou em diversas exposições colectivas, em Portugal e no estrangeiro.

Além da pintura a óleo (a sua actividade dominante), dedicou-se à litografia, serigrafia e ilustração de livros. Entre outras obras, ilustrou Quando os Lobos Uivam, de Aquilino Ribeiro (Bertrand, 1958 e Andamento Holandês, de Vitorino Nemésio (Imprensa Nacional,1983). Executou litografias para o Congresso de Psicanálise de Línguas Românicas (1968) e para o cinquentenário do Banco Português do Atlântico (1969). Executou serigrafias para a Galeria Kompass (1973).

É autor de um dos painéis do café A Brasileira do Chiado (1971) e participou na execução do painel comemorativo do dia 10 de Junho de 1974.

Em 1963, obteve a Bolsa Malhoa da Sociedade Nacional de Belas-Artes e em 1976 foi-lhe concedido um subsídio para investigação pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Em 1977 foi-lhe atribuído o grau de Comendador da Ordem do Rio Branco, da República Federativa do Brasil.

Em 1981 foi-lhe atribuído o grau de Comendador da Ordem da Fénix, da Republica da Grécia.

Em 1985, o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian mostrou uma exposição antológica da sua pintura, completada com uma retrospectiva da sua obra gráfica e guaches na Sociedade Nacional de Belas-Artes, no mesmo ano.

Encontro de Natália Correia com Fernanda Botelho e Maria João Pires, 1974, Óleo sobre tela, 140 x 110 cm

Em 1990 foi-lhe atribuído o prémio Aica/Sec, instituído pela Associação Internacional de Críticos de Arte e a Secretaria de Estado da Cultura.

Em 1993, apresentou no Palácio Galveias (Biblioteca Municipal de Lisboa da Câmara Municipal de Lisboa), uma antologia de desenhos realizados entre 1985 e 1993.

Em 1996, o Museu do Chiado organizou a exposição intitulada "Para o Estudo da Melancolia em Portugal, Retrospectiva de Retratos, 1955-1974".

Em 2000, o Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, apresentou a exposição antológica "Prospectiva 1966-2000".

Em 2005 foi-lhe atribuído o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, instituído pela Câmara Municipal de Amarante, e realizou um painel em cerâmica para o Metropolitano de Lisboa.

Em 2006, a Fundação Árpád Szenes-Vieira da Silva apresentou a série de pinturas "Quartos Imaginários", baseada nos quartos de dormir e ateliês de diversos pintores e poetas e foi-lhe atribuído o Prémio de Arte do Casino da Póvoa. A 9 de Junho de 2006 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[2]

Em 2007, foi realizado para a televisão, "Nikias Skapinakis: O Teatro dos Outros", um documentário realizado por Jorge Silva Melo sobre o conjunto da sua obra.

Em 2009, realizou no Centro Cultural de Cascais a exposição "Desenho a preto e branco e a cores", abrangendo a sua obra gráfica entre 1958 e 2009. Realizou também a pintura "Paisagem-Bandeira Portuguesa" alusiva à Bandeira Nacional e integrada nas Comemorações do Centenário da República.

Em 2012, o Museu Colecção Berardo apresentou a exposição antológica "Presente e Passado, 2012-1950"

Em 2013, foi-lhe atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores o Prémio de Artes Visuais.

Em 2014, apresentou na Casa Fernando Pessoa a série de guaches “Lago de Cobre” e a série de desenhos “Estudos de Intenção Transcendente”.   Ilustrou a Revista “Colóquio Letras” dedicada a Almada Negreiros.

Em 2017, apresentou na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva a série desenvolvida a partir de 2014,  “Paisagens Ocultas-Apologia da Pintura Pura”.

Em 2018, a Fundação Carmona e Costa apresentou uma antologia de gouaches entre 1950 e aquele ano.

Em 2019, o seu nome foi incluído no painel do Metropolitano de Lisboa, que refere os presos políticos durante o salazarismo.

Tem publicado textos de intervenção crítica em diversos jornais e revistas.

Viveu e trabalhou em Lisboa.

É irmão do Coronel Andreas Ribeiro Skapinakis(n. 1913), Oficial da Ordem Militar de Avis a 20 de Outubro de 1951, Comendador da mesma Ordem a 13 de Fevereiro de 1961 e Comendador da Ordem da Fénix, da Monarquia Helénica, em 1955.[3]

Referências

  1. RTP. «RTP». Consultado em 26 de Agosto de 2020 
  2. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Nikias Skapinakis". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 20 de fevereiro de 2015 
  3. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Andreas Ribeiro Scapinakis". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 8 de setembro de 2015 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • FRANÇA, José AugustoNikias Skapinakis ou Les Images Froides. Paris: Fondation Calouste Gulbenkian, 1972.
  • ALMEIDA, Bernardo Pinto de – Nikias Skapinakis: uma pintura desalinhada. Porto: Campo das Letras, 2006.
  • PERNES, FernandoNikias Skapinakis. Lisboa: Artis, 1972.
  • PERNES, Fernando – Nikias Skapinakis: Prospectiva 1966-2000. Porto: Museu de Serralves, 2000. ISBN: 9789727390755
  • RODRIGUES, António – Nikias Skapinakis: A pintura mirabolante. Lisboa: Editorial Caminho, 2005. ISBN 972-32-1710-6
  • SILVA, Raquel Henriques;SARDO,Delfim - Figuração e Parafiguração na Pintura de Nikias Skapinakis. Lisboa: Imprensa Nacional,2018.
  • PINHARANDA,João - Nikias Skapinakis, Um Pintor No Século. Lisboa: Fundação Carmona e Costa, 2018.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]