Nothoprocta curvirostris

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Nothoprocta curvirostris
Classificação científica
Reino:
Filo:
Classe:
Ordem:
Família:
Gênero:
Espécies:
N. curvirostris
Nome binomial
Nothoprocta curvirostris
(Sclater & Salvin, 1873)[2]
Subespécies[2]

N. c. curvirostris (Sclater & Salvin, 1873)
N. c. peruviana (Taczanowski, 1886)

O inhambu-do-páramo,[3] também conhecido por tinamu-do-páramo, ou alternativamente inambu-do-páramo, (nome científico: Nothoprocta curvirostris) é uma espécie de ave tinamiforme pertencente à família dos tinamídeos. Comumente, pode ser encontrado nos planaltos e florestas montanhosas dos Andes da América do Sul.[4]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Todas as espécies de inhambu, incluindo o inhambu-do-páramo, pertencem à família Tinamidae, que por sua vez pertence à ordem dos Tinamiformes, sendo também, de modo mais amplo, ratitas, embora sejam capazes de voar curtas distâncias.[5]

É um dos seis representantes do gênero Nothoprocta, introduzido em 1873, pelos naturalistas ingleses Philip Lutley Sclater e Osbert Salvin. O epíteto específico foi nomeado pelos mesmos ornitólogos, no mesmo ano de introdução do gênero.[2]

O nome do gênero combina os termos do grego antigo κρυπτός "kruptós", que significa 'coberto', 'escondido'; οὐρά, "ourá", 'cauda'; e -ellus, um sufixo latino que significa 'diminutivo', provavelmente em referência à cauda curta, coberta por pequenas plumas, fazendo-a parecer escondida.[6]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

São reconhecidas duas subespécies:[7]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O inhambu-do-páramo possui aproximadamente 28 centímetros de comprimento. Suas partes superiores são marrom-escuras listradas de branco e manchadas de preto. Seu peito é avermelhado e manchado de branco, a barriga é marrom-amarelada e sua crista é preta, os lados de sua cabeça e sua garganta e pescoço são brancos. Finalmente, suas pernas são amarronzadas.

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Assim como outros tinamus, o inhambu-do-páramo se alimenta de frutas do chão ou arbustos baixos. Eles também comem pequenas quantidades de invertebrados, botões de flores, folhagens, sementes e raízes. O macho incuba os ovos que podem vir de até 4 fêmeas diferentes e, em seguida, os cria até que estejam prontos para ficarem sozinhos, o que leva cerca de 2 a 3 semanas. O ninho está localizado no chão em arbustos densos ou entre contrafortes de raízes levantadas.[5]

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

Esta espécie se distribui nos Andes do centro e sul da Colômbia, seguindo ao Equador e norte e centro do Peru.[4][8] Possui preferência por pastagens em 2800 a 3700 metros (9,200–12,100 pés) acima do nível do mar. Também pode ser encontrado em matagais e pastagens de alta altitude.[9]

Conservação[editar | editar código-fonte]

O inhambu-do-páramo se encontra na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas como uma espécie pouco preocupante,[1] com uma área de ocorrência de mais de 30 mil quilômetros quadrados (12,000 mi²), além de populações estáveis em sua distribuição.[9]

Referências

  1. a b BirdLife International (2016). «Nothoprocta curvirostris». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T22678268A92764282. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22678268A92764282.enAcessível livremente. Consultado em 12 de novembro de 2021 
  2. a b c Brand, Sheila (14 de agosto de 2008). «Systema Naturae 2000 / Classification, Genus Nothoprocta». Project: The Taxonomicon. Consultado em 12 de junho de 2022 
  3. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 95. ISSN 1830-7809. Consultado em 1 de setembro de 2022 
  4. a b c d Clements, James F. (2007). The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell Laboratory of Ornithology; American Birding Association 6.ª ed. Ithaca, Nova Iorque: Comstock Publishing Associates; Cornell University Press. ISBN 978-0-8014-4501-9. OCLC 77573859 
  5. a b Davies, S.J.J.F (2003). «Tinamous». In: In Hutchins, Michael. Grzimek's Animal Life Encyclopedia. Birds I Tinamous and Ratites to Hoatzins. 8 2.ª ed. Farmington Hills: Gale Group. pp. 57–59. ISBN 0-7876-5784-0 
  6. Gotch, A. F. (1979). «Tinamous». Latin Names Explained. A Guide to the Scientific Classifications of Reptiles, Birds & Mammals. Nova Iorque: Facts on File (publicado em 1995). p. 183. ISBN 0-8160-3377-3 
  7. Gill, Frank; Donsker, David; Rasmussen, Pamela, eds (2020). «Ratites: Ostriches to tinamous». IOC World Bird List Version 10.2 (em inglês). International Ornithologists' Union. Consultado em 17 de abril de 2022 
  8. McMullan, Miles (2018). Field guide to the birds of Colombia. Thomas M. Donegan, Avery Bartels, Trevor Ellery. Bogotá: Rey Naranjo Editores. OCLC 1132871148 
  9. a b BirdLife International (2008). «Curve-billed Tinamou - BirdLife Species Factsheet». Data Zone. Consultado em 1 de agosto de 2022