Nuno de Assis

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Nuno de Assis
Nuno de Assis
O prefeito Nuno de Assis (ao centro) observa o governador Abreu Sodré assinar convênio durante visita a Bauru, 1967.
Arquivo Público do Estado de São Paulo
Prefeito de Avaí[1]
Período 1929 a 1930
Prefeito de Avaí
Período 1931
12º Prefeito de Avaí
Período 1934 a 1935
37º Prefeito de Bauru[2]
Período 1 de janeiro de 1952
1 de janeiro de 1956
41º Prefeito de Bauru
Período 1 de janeiro de 1964
1 de fevereiro de 1969
Dados pessoais
Nascimento 1897
São Fidélis, Rio de Janeiro
Morte 02 de fevereiro de 1977 (80 anos)
Alma mater Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1923)
Profissão Médico

Nuno de Assis (São Fidélis, 1897 — Bauru, 2 de fevereiro de 1977) foi um médico e político brasileiro e prefeito dos municípios de Avaí e Bauru.[2][1][3]

História[editar | editar código-fonte]

Nascido em São Fidelis, Nuno de Assis ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro e formou-se em 1923. Posteriormente transferiu-se para o estado de São Paulo, exercendo a medicina no interior do estado, sendo diretor do Hospital Salles Gomes em Bauru, mantido pela Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Em 1928 tomou posse de seu primeiro cargo público: vereador e presidente da Câmara Municipal de Presidente Alves.[3][4] Em setembro daquele ano, mudou-se de Presidente Alves para a cidade vizinha de Avaí.[5] No ano seguinte, renunciou ao cargo de vereador de Presidente Alves e se elegeu prefeito de Avaí, cargo que ocupou por três vezes entre 1929 e 1935.[1]

Em 1935 foi exonerado da prefeitura de Avaí[6] e foi nomeado professor de história do ginásio estadual de Bauru e médico da Delegacia Estadual de Saúde de Bauru.[7][8] Com a promulgação da lei federal que vedava acumulações de cargos públicos, Nuno de Assis foi exonerado da Delegacia Estadual de Saúde em 1938.[9] Após a queda de Getúlio Vargas, ingressou na recém formada União Democrática Nacional, sendo um de seus líderes em Bauru.[10]

Prefeitura de Bauru (1º Mandato)[editar | editar código-fonte]

Em 1951, apoiado por Adhemar de Barros, concorreu ao cargo de prefeito de Bauru enfrentando e vencendo o futuro prefeito Nicola Avallone Junior (este apoiado por Jânio Quadros).[11] Iniciou a construção do Palácio Municipal das Cerejeiras em 1952, sede da Prefeitura de Bauru, a sua inauguração ocorreu em 1964 durante a sua gestão.[12]

Entre mandatos[editar | editar código-fonte]

Após perder o controle da cidade para o grupo político de Nicola Avallone Junior (Nicolinha), exerceu o mandato de vereador de Bauru por alguns meses até renunciar.[13] Posteriormente passou a trabalhar em um estudo sobre o tamanho dos estados brasileiros, propondo ao congresso a alteração da divisão territorial do Brasil em novos estados.[14] Em 1959 tentou retomar a cadeira de prefeito mas acabou derrotado por Irineu Bastos, apoiado por Nicolinha. Naquele mesmo ano, perdeu uma ação movida por um cidadão contra um reajuste do próprio salário de prefeito efetuado em 1952 e teve de reembolsar os cofres públicos.[15]

Prefeitura de Bauru (2º Mandato)[editar | editar código-fonte]

Em 1963, pelo PSP de Adhemar, concorreu e venceu a eleição para a prefeitura de Bauru com 10149 votos contra 7538 votos de Wilson Costa, da UDN.[16]

Em seu segundo mandato criou a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB) na cidade de Bauru em 1966.[17] Projetou o distrito industrial de Bauru, em parceria com o governo do estado, implantado na gestão seguinte. [18]

Referências

  1. a b c «Galeria de Prefeitos». Memorial dos Municípios. Consultado em 26 de fevereiro de 2020 
  2. a b «Prefeitos de Bauru desde 1896» (PDF). Prefeitura Municipal de Bauru. Consultado em 26 de fevereiro de 2020 
  3. a b Arquivo Histórico Municipal de São Paulo. «Rua Doutor Nuno de Assis». Dicionário de Ruas da cidade de São Paulo. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  4. «Em Presidente Alves:a posse da nova câmara municipal». Correio Paulistano, edição 23202, página 3/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 29 de março de 1928. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  5. «Mala do Interior: Presidente Alves». Correio Paulistano, edição 23357, página 9/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 26 de setembro de 1928. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  6. «Decretos assinados ontem». Correio Paulistano, edição 24273, página 5/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 11 de maio de 1935. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  7. «Atos oficiais: Secretaria da Educação». Correio Paulistano, edição 24257, página 9/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 23 de abril de 1935. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  8. «Ginásio estadual de Bauru». Correio Paulistano, edição 24935, página 37/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 27 de junho de 1937. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  9. «A lei das acumulações». Correio Paulistano, edição 25104, página 5/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  10. «Despachos e audiências no Catete». A Manhã, ano VI, edição 1524, página 4/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 27 de julho de 1946. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  11. «A marcha das apurações no interior». Correio Paulistano, edição 29305, página 16/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 21 de outubro de 1951 
  12. Wanessa Ferrari. «Bauru tem muita história para contar». JCNET. Consultado em 26 de fevereiro de 2020 
  13. «Bauru: renúncia». Correio Paulistano, ano 102, edição 30736, 2º Caderno, página 7/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 14 de junho de 1956. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  14. «Equivalência da área dos estados». Correio da Manhã, ano LVI, edição 19660, página 13/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 30 de abril de 1957. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  15. «Vai ter que repor dinheiro um antigo prefeito de Bauru». Correio da Manhã, ano 105, LVI, edição 31629, página 3/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 12 de maio de 1959. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  16. «Resultados finais do pleito no interior». Diário da Noite (SP), ano XXXVIII,edição 11880, página 8/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 9 de outubro de 1963. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  17. «Entrevista com Gasparini Junior». Vivendo Bauru. 7 de outubro de 2016. Consultado em 26 de fevereiro de 2020 
  18. «Governador despediu-se de Bauru». Diário da Noite (SP), ano XLV, edição 13884, página 3/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 8 de março de 1971. Consultado em 8 de novembro de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
João Pereira Novo

Prefeito de Avaí

1929 a 1930
Sucedido por
Antônio José Andrade

Precedido por
José Silvestre dos Santos

Prefeito de Avaí

1931
Sucedido por
José Silvestre dos Santos

Precedido por
Gentil José de Castro

Prefeito de Avaí

1934 a 1935
Sucedido por
Ercílio Silveira Prado

Precedido por
Octávio Pinheiro Brizola

Prefeito de Bauru

1 de janeiro de 1952 a
1 de janeiro de 1956
Sucedido por
Nicola Avallone Junior

Precedido por
Irineu Bastos

Prefeito de Bauru

1 de janeiro de 1964 a
1 de fevereiro de 1969
Sucedido por
Alcides Franciscato