O Lavadouro

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O Lavadouro
O Lavadouro
Autor Antonio Ferrigno
Data 1903
Gênero pintura histórica
Técnica tinta a óleo
Dimensões 100 centímetro x 150 centímetro
Localização Museu do Ipiranga
Descrição audível da obra no Wikimedia Commons
Recurso audível (info)
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Este áudio foi inserido no verbete em 25 de maio de 2018 e pode não refletir mudanças posteriores (ajuda com áudio).

A pintura histórica O Lavadouro, também chamada de A Lavagem do Café, é uma pintura de Antonio Ferrigno, um dos que melhor retrataram a cultura e as atividades relacionadas a produção de café.[1]

A data de criação é 1903. A obra é do gênero pintura histórica. Está localizada em Museu Paulista. Retrata a Fazenda Santa Gertrudes, onde foi pintada, e a produção de café no Brasil.[2][3]

O lavadouro, representado na imagem, é onde os trabalhadores da fazenda separavam os grãos de impurezas,[4] ou seja, pedras, gravetos, e torrões de terra e separação inicial dos grãos secos, verdes (boais) e maduros (cerejas). Esse local faz parte do roteiro pedagógico de visitação da fazenda retratada na pintura.[5]

Essa pintura integra uma série de realizada por Ferrigno a partir de uma encomenda do proprietário da Fazenda Santa Gertrudes, Eduardo da Silva Prates, o Conde de Prates. A tela, junto com outras cinco pinturas de Ferrigno, intituladas de As seis grandes telas - A Florada, A Colheita, O Lavadouro, O Terreiro, Ensacamento do Café e Café para a Estação, sobre a mesma fazenda, participou com o aval do governo brasileiro da Exposição Universal de Saint Louis, no mesmo ano da criação das pinturas, em que obteve sucesso no objetivo de representar a vida no Brasil e retomaram para exposição em São Paulo, alcançando significativo sucesso de crítica e público.[6] O sucesso da série sobre a fazenda contribuiu para que Ferrigno ficasse conhecido como o "pintor do café".[7]

Esta obra, que faz parte da série de pinturas de Ferrigno sobre as várias etapas do café, foi definida como uma "verdadeira joia", que documenta um período da história brasileira.[8] A obra é considerada um registro da economia cafeeira paulistana, destacando a mão de obra assalariada.[9] Também foi destacado o didatismo da série de Ferrigno.[10]

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. Estado, Agencia (13 de Outubro de 2000). «Exposição recria história do café». Estadão. Consultado em 5 de junho de 2020 
  2. www.duscatolin.com.br, Agência Du.scatolin -. «Imagens». Fazenda Santa Gertrudes. Consultado em 16 de maio de 2018 
  3. Cultural, Instituto Itaú. «Antônio Ferrigno | Enciclopédia Itaú Cultural». Enciclopédia Itaú Cultural 
  4. «Processo Produtivo». Arquitetura do Café. 16 de fevereiro de 2018 
  5. «Roteiro: A Lavagem do Café.». Consultado em 4 de junho de 2020 
  6. «Antônio Ferrigno». Enciclopédia Itaú Cultural. 7 de março de 2017 
  7. Rocha, Alexandre Luiz (17 de outubro de 2008). «Fazenda Santa Gertrudes: modelo de produção cafeeira no oeste paulista. 1895-1930: contribuição de Eduardo Prates à definição de novos parâmetros produtivos». doi:10.11606/T.16.2008.tde-23082010-083624 
  8. Tarasantchi, Ruth Sprung (2002). Pintores paisagistas: São Paulo, 1890 a 1920. [S.l.]: EdUSP. ISBN 9788531405983 
  9. Ferrigno, Antonio (2004). Antonio Ferrigno, 100 Anos Depois: Pinacoteca Do Estado de Sao Paulo, 25 de Junho a 14 de Agosto de 2005 (em inglês). [S.l.]: Pinacoteca do Estado de Sao Paulo 
  10. «Dos Cafezais Nasce um Novo Brasil». Issuu (em inglês)