O Retrato de Laura

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O Retrato de Laura
Informação geral
Formato Telenovela
Gênero Preto e Branco
Criador(es) Ciro Bassini
Idioma original (em português)
Produção
Diretor(es) Mário Bassini
Ítalo Rossi
Tema de abertura "Pra não dizer que não falei das flores", Geraldo Vandré
Tema de encerramento "Pra não dizer que não falei das flores", Geraldo Vandré
Exibição
Emissora original TV Tupi
Transmissão original 14 de outubro de 1969 - dezembro de 1969
Cronologia
Sozinho no Mundo
Um Gosto Amargo de Festa

O Retrato de Laura foi uma telenovela brasileira produzida e exibida pela extinta TV Tupi entre 14 de janeiro e 8 de março de 1969, às 18:30 horas. Foi escrita por Ciro Bassini, baseada no original de Vito Martini, com direção de Mário Bassini e Ítalo Rossi e supervisão de Mário Bassini.

Produção[editar | editar código-fonte]

Com a ascensão da recém-criada Rede Globo, pautada nos textos de capa e espada de Glória Magadan, a Tupi-Rio, que na época era mera exibidora de novelas produzidas em São Paulo, foi perdendo audiência paulatinamente. Em setembro de 1968 a Tupi-Rio resolveu reagir e criou o Departamento de Produção de Telenovelas.[1] Ao longo do ano foi traçado um plano para a produção de novas novelas inspiradas na “novela-verdade” de Beto Rockfeller. O plano consistia no lançamento quase simultâneo de três novelas das 18h30 entre outubro de 1968 e o início de 1969: Retrato de Laura de Ciro Bassini (outubro), Um Gosto Amargo de Festa de Cláudio Cavalcanti (novembro)[2] e Enquanto Houver Estrelas de Mario Brasini (janeiro de 1969).[3]

Retrato de Laura foi selecionada entre dezenas de textos pelo diretor de produção de telenovelas da Tupi-Rio Mário Brasini. A telenovela foi escrita pelo autor Ciro Bassini, experiente autor de radionovelas e telenovelas da Tupi e Record e cujo trabalho principal havia sido a criação da primeira versão de Éramos Seis na Record. Bassini adaptou um texto de Vito Martini e o batizou Retrato de Laura. A direção de Retrato de Laura coube ao próprio Mário Brasini, como forma de demonstrar sua confiança no projeto de produção de telenovelas da Tupi-Rio. Para a produção da telenovela, houve uma grande reforma dos estúdios, reinaugurados com o nome de Telestudios Tupi-Guanabara.[4][5] Durante a seleção do elenco, parte do público ficou curioso sobre quem faria o papel de “Laura”, com a Tupi-Rio recebendo ligações e telegramas dos fãs de telenovela.[6] Em setembro a Tupi-Rio anunciou o elenco encabeçado pelos protagonistas Cláudio Cavalcanti e a recém contratada Diana Morel (como Laura).[3][7][8]

Com a produção iniciada em setembro, a estreia foi agendada para 14 de outubro no Rio de Janeiro[7], 16 de dezembro em Recife[9] e em janeiro de 1969 em São Paulo. A trilha sonora foi entregue ao compositor Lúcio Alves.[10] A produção da novela continuou até a gravação do último capitulo, realizada na segunda semana de outubro.[11]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

"...É a história de uma mulher infeliz, pela saciedade de todos os seus desejos. É a narrativa, dentro dos moldes populares, do fenômeno que hoje assola determinadas sociedades altamente desenvolvidas. ..."
— Mário Brasini sobre o tema da novela Retrato de Laura em entrevista para Carlos Alberto, Tribuna da Imprensa, 28 de agosto de 1968.[12]

Laura é uma jovem órfã criada pela avó milionária Dª Letícia em uma mansão no Rio de Janeiro e torna-se uma mulher muito rica, mimada, cruel e odiada por quase todos ao seu redor. Infeliz, envolve-se com Júlio (dono de uma boate[13] e líder de uma quadrilha de contrabando). As únicas pessoas que gostam de Laura são a avó e Marcelo, seu primo, um pintor famoso que faz secretamente um retrato de Laura, o qual retoca em momentos de solidão. Subitamente Laura desaparece e sua família gasta muitos recursos, porém não a encontra. Apesar de correrem boatos sobre sua morte, a trama gira em torno da pergunta: onde está Laura ?[14]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Stanislaw Ponte Preta (31 de agosto de 1968). «Artes e manhas». O Cruzeiro , ano XL, edição 35, página 36/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 1 de março de 2022 
  2. Cartaz W.M. (15 de setembro de 1968). «Rápidas». O Jornal, ano XLIX, edição 14408, 3º Caderno, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 1 de março de 2022 
  3. a b «Tupi compra a briga». Intervalo, ano VI, edição 299, páginas 50 e 51/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 1968. Consultado em 1 de março de 2022 
  4. «Pelo ar:ondas e vídeo». Correio da Manhã, ano LXVIII, edição 23146, 6º Caderno, última página /republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 22 de setembro de 1968. Consultado em 1 de março de 2022 
  5. Tupi-Rio, Canal 6 (13 de novembro de 1968). «O Retrato de Laura-Anúncio publicitário». Correio da Manhã, ano LXVIII, edição 23190, 3º Caderno, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 1 de março de 2022 
  6. «O retrato de...Laura». O Jornal, ano XLIX, edição 14414, página 6/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 22 de setembro de 1968. Consultado em 1 de março de 2022 
  7. a b «O retrato de Laura». Diário de Notícias, edição 14067, página 10/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 28 de setembro de 1968. Consultado em 1 de março de 2022 
  8. «A "Laura" Diana Morel». O Jornal, ano XLIX, edição 14421, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 1 de outubro de 1968. Consultado em 1 de março de 2022 
  9. «Grande sensação do Nordeste». Diário de Pernambuco, ano 144, edição 293, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 15 de dezembro de 1968. Consultado em 1 de março de 2022 
  10. Carmem Verena (22 de setembro de 1968). «Dinah festeja nova muralha». O Jornal, ano XLIX, edição 14414, Segundo Caderno, página 4/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 1 de março de 2022 
  11. Carlos Alberto (19 de outubro de 1968). «Preto no Branco». Tribuna da Imprensa, ano XIX, edição 5634, 2º Caderno, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 1 de março de 2022 
  12. Carlos Alberto (28 de agosto de 1968). «Preto no Branco». Tribuna da Imprensa, ano XIX, edição 5660, 2º caderno, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 1 de março de 2022 
  13. Tupi-Rio-Canal 6 (23 de outubro de 1968). «"O Retrato de Laura"». O Jornal, ano XLIX, edição 14440, página 9/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 1 de março de 2022 
  14. «O Retrato de Laura». Intervalo, ano VI, edição 303, página 55/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 27 de outubro de 1968. Consultado em 1 de março de 2022 
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