O suicídio de Dorothy Hale

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O suicídio de Dorothy Hale
Autor Frida Kahlo
Data 1939
Técnica tinta a óleo, tela de fibras
Dimensões 60,4 centímetro x 48,6 centímetro
Encomendador Clare Boothe Luce
Localização Phoenix Art Museum

O suicídio de Dorothy Hale é uma pintura com tinta a óleo de Frida Kahlo. A data de criação é 1939. Retrata Dorothy Hale. Está localizada no Museu de Arte de Phoenix.[1]

É considerada uma das obras mais polêmicas e controversas de Kahlo.[2]

Descrição e análise[editar | editar código-fonte]

A pintura retrata, como uma novela gráfica, o suicídio da atriz estadunidense Dorothy Hale, em 1938. Mostra Hale no terraço, caindo para sua morte e também deitada no chão.[3] Foi notado que Kahlo teria se identificado com Hale, já que produziu a obra num período de depressão.[4]

A legenda diz: "Na cidade de Nova York, no vigésimo primeiro dia do mês de outubro, 1938, às seis da manhã, a senhora Dorothy Hale cometeu suicídio ao jogar-se de uma janela muito alta no edifício Hampshire House. Em sua memória [...] este retablo, executado por Frida Kahlo".[5] Baruch even gave her $1,000 with the instructions, "... to buy a dress glamorous enough to capture a husband."[6][7] No trecho que falta estava escrito "A senhora Clare Boothe Luce encomendou".[6]

Contexto e recepção[editar | editar código-fonte]

O quadro foi encomendado pela empresária Clare Boothe Luce, uma admiradora de Kahlo, para homenagear Hale. A ideia de Luce era que o retrato fosse um memorial para a atriz, de quem era amiga. Imaginou provavelmente que Kahlo lhe faria um quadro convencional, que poderia até oferecer à mãe da atriz. Quando Luce viu a obra, em agosto de 1939, "quase desmaiou".[6][7][2] Luce sentiu-se tão ofendida que considerou destruir a obra, mas no lugar pediu a um artista que escondesse a parte da legenda onde seu nome aparecia.[6] O quadro ficou guardado, sem ser exposto, aos cuidados de Frank Crowninshield; foi descoberto anos depois, pelos herdeiros deste e doado anonimamente ao Museu de Arte de Phoenix.[7]

Em 2010, o quadro foi exposto num evento em homenagem a Isamu Noguchi, a quem Luce havia justamente pedido a eliminação de seu nome da legenda.[8]

O quadro de Kahlo inspirou a poesia "What Frida Kahlo Thought of the Suicide of Dorothy Hale, 1939: Frida's Vision; Frida's Painting; Death; Life/Death", de Margarita Luna Robles, em 1996.[9]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. https://www.fridakahlo.org/the-suicide-of-dorothy-hale.jsp
  2. a b «Suicide of Dorothy Hale, El Suicidio de Dorothy Hale, Frida Kahlo, C0260». www.fridakahlofans.com. Consultado em 11 de março de 2018 
  3. Robinson, Hilary. Feminism-Art-Theory: An Anthology, 1968–2000. Blackwell Publishing, 2001.
  4. «The Suicide of Dorothy Hale, 1938 - by Frida Kahlo» 
  5. Andrea Kettenmann (1999). Frida Kahlo: 1907-1954 Pain and Passion. [S.l.]: Taschen. ISBN 3-8228-5983-4 
  6. a b c d Morris, Sylvia (1997). Rage for Fame: The Ascent of Clare Boothe Luce. New York: Random House. ISBN 0-394-57555-5 
  7. a b c Herrera, Hayden (1983). Frida, a biography of Frida Kahlo. San Francisco: Harper & Row. pp. 289–94. ISBN 0-06-091127-1 
  8. Rosenberg, Karen, "Art Review: The Far-Ranging Artistic Alliances That Shaped a Sculptor", The New York Times, December 16, 2010 (December 17, 2010 p. C31 NY ed.); retrieved December 17, 2010.
  9. «What Frida Kahlo Thought of the Suicide of Dorothy Hale, 1939: Frida's Vision; Frida's Painting; Death; Life/Death»