Oceania Próxima

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Oceania Próxima (em inglês Near Oceania) é um novo conceito biogeográfico utilizado para designar a parte de Oceania que cobre a ilha de Nova Guiné e os arquipélagos que a rodeiam, como o de Bismarck e o das Ilhas Salomão Segundo esta terminologia, o resto de Oceania denomina-se Oceania Longínqua. Esta nova divisão substituiria a divisão tradicional de Oceania - Melanésia, Micronésia e Polinésia - estabelecida pelo navegador francês Jules Dumont d'Urville por volta de 1830.[1]

História do termo[editar | editar código-fonte]

Os termos Oceania Próxima e Oceania Longínqua foram cinhados em 1973 pelo linguista Andrew Pawley da Australian National University, à raiz de suas investigações sobre as línguas e as culturas papúas e austronesias. Seus trabalhos foram corroborados e ampliados pelo arqueólogo Roger Curtis Green, da Universidade de Auckland (Nova Zelândia), que realizou numerosas escavações na Oceania Próxima desde os anos 1960 e adotou essa subdivisão em 1991.[2] Esta concepção de Oceania viu-se apoiada por outras investigações nos campos da botânica, zoologia, antropologia e biogeografia.

A comunidade científica internacional tende na atualidade a adotar os conceitos de Oceania Próxima e Longínqua, que definem regiões cuja identidade se baseia no estudo das migrações humanas, da fauna e da flora desde a época pré-histórica. Os termos Melanésia, Micronésia e Polinésia, de uso muito estendido tanto entre os povos locais como internacionalmente, ficariam como uma mera indicação geográfica.

Referências

  1. Manfred Kayser. «The Human Genetic History of Oceania: Near and Remote Views of Dispersal». Current Biology. Consultado em 25 de agosto de 2015 
  2. Roger C. Green, Near and Remote Oceania disestablishing "Melanesia" in Culture History, in Man and a Half, Essays on Pacific Anthroplogy and Ethnobiology, Ed. Andrew Pawley, Auckland (Australia), Polynesian Society, 1991, p. 491-502.