Olavo de Medeiros Filho

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Olavo de Medeiros Filho (Caicó, 13 de fevereiro de 1934 - Natal, 03 de julho de 2005) foi um bancário e historiador, atuando principalmente no Rio Grande do Norte[1]. Teve o Seridó como foco principal de estudos.

Vida[editar | editar código-fonte]

Filho de Olavo da Silva Medeiros e Severina Dantas de Medeiros[1]. Atuou como um historiador voltado para temas regionais e destacou-se como um dos mais importantes estudiosos da história colonial no Brasil, ficando lado a lado de nomes como Tavares de Lyra, Câmara Cascudo e Hélio Galvão[2]. Ao todo, é o autor de 28 publicações[3] e contribuiu para a construção da identidade regionalista do Seridó Potiguar. Apesar da sua significante contribuição para a identidade seridoense, suas pesquisas genealógicas realizam uma supervalorização das famílias aparentemente brancas de origem portuguesa, deixando as de origem negra em segundo plano[4].

Medeiros Filho era próximo da aristocracia norte-riograndense, como Dinarte Mariz, um dos senadores biônicos durante a Ditadura Militar e patrocinador da obra Índios do Açu e Seridó[5]. Foi admitido como membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte em 29 de agosto de 1987.

Olavo é considerado um escritor pesquisador. As obras dele revelam as minúcias das pesquisas em livros nacionais e internacionais, em registros de igrejas e cartórios. Ainda em vida o autor se revelou um clássico do Seridó Potiguar.

Obras[editar | editar código-fonte]

Alguns de seus exemplares passaram anos esgotados, até que um dos editores do Sebo Vermelho juntou esforços para publicar reedições de suas obras, entre elas Velhas Famílias do Seridó[6], Índios do Açu e Seridó[5][7] e Terra Natalense[6].

  • Velhas Famílias do Seridó. Brasília: Gráf. do Senado, 1981
  • Velhos inventários do Seridó. Brasília: Graf. do Senado,1983
  • Índios do Açu e Seridó. Brasília: Gráf. do Senado,1984
  • Naufrágios no litoral potiguar. Natal: IHGRN, 1988
  • Caicó, cem Anos Atrás. Brasília: Gráf. do Senado; as plaquetes (pela Coleção Mossoroense,1987/1988)
  • No Rastro dos Flamengos. Fundação José Augusto, 1989
  • Os Antigos Cronistas e os rios Upanema, Apodi e Mossoró
  • Notícia sobre a Fazenda de Monxoró em 1712
  • Os holandeses e a Serra de João do Vale[1]
  • Terra Natalense. Fundação José Augusto, 1991
  • Gênero Natalense. Natal: Sebo Vermelho Edições, 2002

Referências

  1. a b c «Olavo de Medeiros Filho». ihgb.org.br. Consultado em 1 de agosto de 2020 
  2. «Lançamento do livro "Índios do Açu e Seridó"». Portal IFRN. Consultado em 1 de agosto de 2020 
  3. «Livros bordados de Caicó no estande do Sebo Vermelho». Tribuna do Norte. Consultado em 1 de agosto de 2020 
  4. Souza, Suély Gleide Pereira de (6 de novembro de 2017). «Quilombo Boa Vista dos Negros: cultura, escola e cidadania». Consultado em 9 de abril de 2021 
  5. a b FILHO, Olavo de Medeiros (2001). Índios do Açu e Seridó. Natal: Sebo Vermelho Edições. p. 7 
  6. a b «Livro mostra os primeiros anos da terra potiguar». Tribuna do Norte. Consultado em 1 de agosto de 2020 
  7. «Índios do Açu e Seridó, de Olavo de Medeiros». Tribuna do Norte. Consultado em 1 de agosto de 2020