Oscar de Barros Serra Dória

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Oscar de Barros Serra Dória (São José do Rio Preto, 25 de julho de 1917 - São José do Rio Preto, 28 de janeiro de 1989) foi um médico, professor e político brasileiro, que notabilizou-se como um dos fundadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e pela fundação do Hospital das Clínicas daquela cidade (atualmente Hospital de Base), que idealizou, sendo um dos responsáveis por fazer da cidade paulista uma referência nacional na medicina.[1][2]

Membro de diversas instituições profissionais nacionais estrangeiras, Serra Dória foi autor de dezenas de estudos científicos. Membro da Academia de Medicina de São Paulo, em 1976.[1] Desenvolveu uma técnica de operação do megaesôfago, pioneira na sua época.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Hospital de Base, idealizado e fundado por Serra Dória, hoje com seu nome.
Placa em homenagem ao Dr. Oscar de Barros Serra Dória
Placa em homenagem ao Dr. Serra Dória

Estudou nos primeiros anos na cidade natal e, quando alundo do Ginásio São Joaquim, fundou ali o Centro Estudantil Rui Barbosa, que presidiu.[2] Após formar-se pela Faculdade Federal de Medicina de Belo Horizonte em 1944, trabalhou na cidade natal como assistente do tio Cenobelino de Barros Serra entre 1945 e 1953.[1]

Sua técnica para o tratamento do megaesôfago em pacientes com o mal de Chagas, doença bastante comum no país então, é ainda utilizada.[2] É denominada "Técnica de Serra Dória para o tratamento do Megaesôfago Chagásico".[3][4][5]

Foi casado com a mineira de Divinópolis, Maria Silva Dória, com quem teve dois filhos: Ricardo e Marcelo. Especializado em cirurgia geral, realizou mais de quinze mil operações na carreira, além de como professor universitário haver auxiliado na formação de inúmeros profissionais.[2]

Atuou na política local militando inicialmente no Partido Democrata Cristão e, com a instalação da ditadura militar no país, foi um dos fundadores do MDB de Rio Preto. Embora preferisse atuar nos bastidores chegou a ser candidato a vice-prefeito.[2]

Morreu na Santa Casa de Rio Preto, de infarto, em 28 de janeiro de 1989.[2]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Na cidade natal Serra Dória é nome de ruas e escolas.[6]

Em 1999 o Hospital de Base passou se chamar "Hospital de Base Dr. Oscar de Barros Serra Dória".[2]

Referências

  1. a b c Institucional. «Oscar de Barros Serra Dória». Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Consultado em 26 de abril de 2024. Cópia arquivada em 2 de fevereiro de 2019 
  2. a b c d e f g h Fadil, Nany (25 de julho de 2017). «Há cem anos, nascia Oscar Dória, um mestre da nossa medicina». Diário da Região. Consultado em 29 de março de 2024. Cópia arquivada em 30 de março de 2024 
  3. José Luiz Braga de Aquino; Marcelo Said; Eduardo Vidilli Alves Pereira; Bruno Vernaschi; Marcela Bueno de Oliveira. «Tratamento cirúrgico do megaesôfago recidivado». SciELO. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. 34 (34): 5. Cópia arquivada em 29 de março de 2024 
  4. Serra- Doria OB, Silva-Doria OM, Silva-Doria OR. Nova conduta cirúrgica para o tratamento do megaesôfago. An Paul Med Cir. 1970; 97:115-21
  5. Serra-Dória OB. Tratamento cirúrgico do megaesôfago operação de Serra Dória. Rev Goiana Med 1973; 19:185-93.
  6. Institucional (15 de fevereiro de 1990). «Lei 6.704 de 1990». Assembleia Legislativa de S. Paulo. Consultado em 27 de abril de 2024 
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